quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ponta do Félix...Enfim foi vendido.

Requião pede apoio da oposição
Publicado em 11/11/2009 celso@gazetadopovo.com.br jornal Gazeta do Povo

Saiu, afinal, a venda do Terminal Ponta do Félix, em Antonina. Confirma-se a informação antecipada por esta coluna quanto ao comprador – a empresa paranaense Equiplan/Fortesolo. Valor da operação: R$ 72 milhões. O negócio foi confirmado ontem à tarde por meio de um comunicado oficial do Previ – fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, sócio majoritário do empreendimento – publicado no site da Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo.
A batida do martelo enfureceu o governador Roberto Requião que, ontem pela manhã, na “escolinha”, acusou o presidente da Fundação Copel (outro fundo acionista do terminal), Edilson Bertoldo, de ser o responsável pelo fracasso do seu plano de reestatizar o porto. Na semana passada, Requião dera ordem à Appa para que comprasse a parte ofertada pelo Previ.
Tão enfurecido que sugeriu à Assembleia a criação de uma CPI para investigar a atuação de Bertoldo ao longo das negociações, que, segundo ele, ao agir supostamente como lobista de um outro grupo privado, a Standard Logística, teria precipitado a venda para a Equiplan. Requião chegou a pedir a ajuda da bancada de oposição para que a CPI fosse logo requerida e instalada.
A oposição achou muita graça no pedido do governador, porque faz tempo que a bancada recomenda investigar não somente a questão do Porto de Antonina, mas toda a desastrada gestão da Appa durante os sete anos que quase levou Paranaguá, o principal porto graneleiro do país, ao colapso. Mais “pé no chão”, o líder situacionista, deputado Luiz Carlos Romanelli, percebeu que convocar uma CPI seria um “tiro no pé”. E sugeriu, que as investigações se restrinjam à Comissão de Fiscalização, presidida e controlada pelo PMDB. No que foi apoiado pelo prudente e conciliador presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus.
De fato, uma CPI poderia ser nitroglicerina, fazendo explodir os tantos casos estranhos que marcaram a administração de Eduardo Requião, irmão do governador, nos portos de Paranaguá e Antonina. Não valeria a pena ressuscitar problemas que hoje se encontram quase adormecidos, como os do terminal de álcool que não funciona, terminal de fertilizantes que está parado, a estranha compra da draga tendo como intermediária uma empresa que já deu prejuízos ao estado, dragagem que não foi feita a tempo e reduziu a movimentação – e assim por diante. Melhor não fazer muito barulho.

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