quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

VALE A PENA LER DE NOVO

OS LIVROS DO PARANÁ (1)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de dezembro de 1980 - jornal O Estado do Paraná.

A professora Cassiana Lúcia Lacerda Carolo tinha razões de sobra para estar feliz na manhã de ontem, quando José Cândido de Carvalho e Roberto Parreiras, diretores presidente e executivo da Funarte, mais o governador Ney Braga inauguraram o escritório local daquela instituição cultural. Afinal, paralelamente ao evento, que representa a implantação local das atividades da fundação Nacional das Artes, criadas por Ney, há 5 anos, quando no Ministério da Educação e Cultura, ocorria também o lançamento de quatro dos doze títulos que mostram o interesse em se dar maior apoio ao setor editorial. A Obra Reunida de Emílio de Menezes, "O Dezenove de Dezembro"; ano II, 1855, "Antonina dos meus dias", de Eduardo Nascimento e "O Jasmim", 1857, representam importantes contribuições para que se conheça melhor as coisas do nosso Estado, de memória tão frágil em todos os sentidos. Seis outros livros, incluindo duas teses universitárias e a reedição do "Álbum do Paraná", não ficaram prontos a tempo, mas até o final do ano serão entregues. Mesmo a edição do segundo volume de "O Dezenove de Dezembro" só teve alguns exemplares concluídos para o lançamento, devendo a totalidade da tiragem - mil unidades - ser entregue na próxima semana.

...Para não ficar apenas no passado, também saiu agora "Antonina dos Meus Dias", de Eduardo Nascimento. Com belas fotografias de sua cidade, Eduardo Nascimento realizou um álbum onde transmite "a Antonina de todos os dias, de todos os tempos", na definição de Cleto de Assis, secretário da Comunicação Social, Capelista por adoção. E que, no prefácio, faz um apelo "Quem quiser ver nas fotos de Eduardo um libelo em preto e branco contra a falta de atenção sofrida, durante muito tempo, por Antonina, qual assim veja. Mas, por favor, em nome de todos os antoninenses ali nascidos e em nome de todos os que compreendem e querem bem aquela terra, não se preocupem com o futuro de progresso de Antonina. A cidade da capela de N.S. do Pilar quer apenas um trabalho digno para seus filhos. Quer poder conservar o pouco que ainda existe no seu passado ilustre, de onde vem a tradição já quase esquecida de festas e de cardápios, do pouco de folclore colonial que o Paraná guardou".

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