terça-feira, 19 de janeiro de 2010

"...Naturalmente ele diz tá tudo bem!"

foto impresso EcoParaná

Nosso mercado municipal - que de mercado só tem o nome - após oito anos de reforma, foi entregue ao público em novembro de 2007. Naquela tão comentada e polêmica reinauguração em que o nosso destemperado e bocudo governador, xingou meia cidade de viados e gayes. A obra tecnicamente é um descaso: nada funciona a contento.

Vendo o Guia Turístico da temporada de 2009 - que 2010 ainda não saiu - constatei uma página dedicada a Eco Paraná, empresa responsável pelo então falido projeto “Caminhos do Mar” e também encarregada pela reforma do mercado, onde uma bela foto, com pérgula e tudo, ilustra as realizações daquela instituição.

O problema é que no primeiro “ventinho” a pérgula que decorava a fachada de um dos imóveis locado pelo restaurante Cantinho de Antonina, despencou. A empresa responsável foi avisada e em lugar de providenciar o conserto da peça avariada, retirou também a outra que decorava outro estabelecimento. O que ficou claro, foi à maneira irresponsável com que as pérgulas foram instaladas – buchas – e o material de péssima qualidade.

Isso se passou há mais de um ano, e até o momento ninguém encontra uma solução para o problema. Um dos locadores do imóvel já apresentou proposta para construção de um avanço em substituição as pérgulas, mas ninguém se posiciona.

O que mais me entristece, é que na última visita do nosso “nobre” governador – para entregar ônibus escolares – alguém cobrou do “ilustre” os reparos no mercado. E tudo não passou de mais um xingamento direcionado agora ao empresário “caxoteiro do Ceasa”.
Um xingamento aqui, outro ali...E a gente continua dando risada da própria desgraça. (precisamos resgatar nossos valores e voltar a ter vergonha na cara)

Agora é a vez do Trapiche, cuja reforma foi entregue pela construtora há mais de um mês e continua interditado a espera da boa vontade do “destemperado” em vir inaugurar. E ninguém fala nada: nem prefeito, nem pescadores, nem empresários, nem moradores dos ilhéus...Ninguém!

Os “gaivotas” - pessoal que vende peixe enfrente ao mercado – tiveram suas bancas demolidas na promessa de em 90 dias terem um novo espaço. A construção também está pronta a espera de uma grande inauguração (é uma piada)...E ninguém reclama.

Como dizia aquele samba enredo da Escola da Ponta da Pita (autoria de Wilson Paulista): “... e você pergunta pra esse povo, naturalmente ele diz ta tudo bem”.

Bem...”Vou me embora pra Passárgada...”

2 comentários:

  1. lembro-me muito bem desse enredo...

    era uma vez
    o cine teatro, a indústria, o matarazo
    e a estação
    e vinha o trem

    hoje tudo é passado
    já era o porto também
    e pergunta para o povo
    NATURALMENTE ELE DIZ TÁ TUDO BEM
    nessa terra tão bonita que o tempo marcou
    como é linda a nossa pita
    natureza que ficou no encanto

    encanto de beleza natural
    protege a ecologia
    e a pesca artesanal

    velho mercado foi embora
    como o estádio municipal

    NÃO ADORMEÇA MINHA GENTE
    SENÃO VAI ACABAR O CARNAVAL

    VAMOS LUTAR,
    ATÉ O FIM
    INICIANDO UMA NOVA ERA
    MÃE DE DEUS OLHE POR MIM
    SOU O FILHA DA ESPERANÇA
    QUE ESPERA!

    É minha gente... vamos acordar...
    porque senão, não vai ser o carnaval que vai acabar....nossa cidade vai ficar esquecida pelas autoridades... e aí sim....o que faremos?

    o turismo está se afastando da nossa cidade...
    morretes está dando de 10 a 0 em Antonina...
    até carnaval estão querendo fazer este ano.
    Logo estarão com o carnaval melhor que o nosso...
    porque estrura para receber turistas eles são melhores.

    Vamos lutar junto e gritar nunma só voz
    QUEREMOS UMA ANTONINA DECENTE, DECOROSA, DIGNA.

    NÃO PODEMOS CAIR NO ESQUECIMENTO.

    Um grande abraço.

    Caroline Goto

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  2. No sabado levei meu irmão e cunhada para um passeio de barco pela baia.Barco do meu amigo Julinho. Marquei para as 15:00 no Trapiche. Cheguei no horario combinado, mas o acesso ao trapiche estava fechado. Ja estava quase desistindo, quando fui informado que havia um vigia atras dos tapumes. Para nossa sorte chamei o vigilante e expliquei que iriamos fazer um passeio, educadamente abriu a porta de acesso e permitiu a nossa entrada.
    Como fazem os proprietarios de barcos de passeio para sobreviver nessa época? Como fazem os turistas para poder contratar os passeios??
    e aonde embarcar???
    Enqunto aguardam a data para inauguraçao do trapiche, é bom pensar em uma alternativa que facilite a vida desses empreendedores, que por sinal o passeio foi lindo, o barco equipado com acessorios de segurança, bóias, coletes,sinalizadores, enfim proporcionando segurança aos usuarios.

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