segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Recado das urnas

O resultado de uma eleição sempre reflete o que a comunidade pensa de seus governantes.
No âmbito local também podemos aprender com o recado que foi dado nas urnas.
A vitória dos candidatos da oposição Serra e Beto Richa, reflete muito bem o sentimento do antoninense, que sempre se sentiu distanciado do processo de desenvolvimento presente em todo o país.
O quase fechamento do nosso único Terminal Portuário em 2008 e o descaso total por parte do Governador, contribuiu com a rejeição dos candidatos da situação. O povo apostou na mudança e votou na oposição.
Já nas eleições proporcionais a leitura é bem outra. Apesar do prefeito Canduca (PPS) não apoiar abertamente nenhum candidato majoritário, sabe-se que seus secretários trabalharam com afinco para as candidaturas proporcionais, as quais foram as mais votadas, quer na esfera federal como estadual. A “máquina” funcionou a favor dos deputados André Zacharow (PMDB), Angelo Vanhoni (PT) e André Vargas (PT) deputados federais; Alexandre Curi (PMDB) Anibeli (PMDB) estaduais.
O conservadorismo imperou dentro da administração municipal e a tal fidelidade partidária passou longe dos gabinetes machadianos, salvaguardando parte do pessoal filiado ao PT. Em um colegiado de mais de 15 mil votos, o candidato mais votado para deputado federal teve apenas 13% da votação (Zacharow) e estadual 7,9% (Alexandre Curi). É muito pouco, ou seja, continuamos significando nada ou quase nada politicamente.

Quanto aos candidatos regionais, o candidato a deputado estadual mais votado foi Alceuzinho Maron (PPS) com 6,7% - 775 votos, segundo no computo geral. O eleitorado demonstrou também mudança, pois começou a valorizar candidatos da região, apesar do pouco percentual. Caso o Canduca – e também os secretários filiados - tivesse apoiado o candidato do seu partido (PPS), e não rifasse seu grupo, certamente teríamos elegido um representante na Assembléia Legislativa e poderíamos contar com um legítimo apoio do governador eleito.
A pulverização dos votos foi o grande malefício do nosso processo eleitoral. Exercitado pela maioria das lideranças, contamina e cega parte do eleitorado menos esclarecido. Fidelidade partidária e justiça são dois ingredientes que precisam ser resgatados, pois se realmente fossem respeitados, acredito que seria outro o resultado.
Que aprendemos...Aprendemos. Agora vamos ao segundo turno, que é uma outra história.

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