quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2011 ESTÁ ACABANDO!



















Estamos prestes a encerrar mais um ano e o momento nos faz refletir sobre o que fizemos ou deixamos de fazer. Primeiramente a avaliação deve passar pelas ações pessoais e depois pela vida em comunidade.


Dois mil e onze posso considerar um ano altamente produtivo. No campo profissional foquei na edição de meu livro fotográfico “Carnaval de Antonina-35 anos de cumplicidade” que graças ao apoio de amigos e empresários teve seu primeiro lançamento no dia 20 de setembro no MON - Museu Oscar Niemeyer/Curitiba. Tudo foi realizado conforme planejado e com um resultado altamente satisfatório, ou seja, todos ganharam: eu como registrador incansável de um evento cultural, que viu sua obra publicada. E a comunidade que conta agora com um registro visual de um pequeno fragmento de sua história.
A família sempre esteve presente em tudo, apoiando e participante do caminhar de desafios. Em outubro reuni amigos e familiares para comemorar meu modesto, mas dignos sessenta anos de idade.
No momento solitário – algo que não abro mão – em novembro fiz uma rápida viagem ao Chile, me presenteando pelo trabalho realizado.

No papel comunitário do exercício da cidadania, continuei editando meu Blog e cobrando das autoridades de plantão, um melhor tratamento para nossa cidade. O fatídico 11 de Março ficou muito bem registrado em minhas lentes e memória, aumentando ainda mais nosso estado de angustia e abandono. Tentei quando na realização de uma Audiência Pública para a reconstrução da cidade - realizada na Câmara dos Vereadores - a criação de uma Comissão Comunitária, onde pudéssemos exercer controle social da questão e da reconstrução. Mas foi tudo em vão. Nossos mandatários continuam inoperantes, autoritários e covardes.
Em julho fomos surpreendidos pelo Tombamento Histórico e Paisagístico da cidade pelo Iphan, mas, mais uma vez me coloquei a disposição da instituição para a normatização da lei, ação que até o momento não aconteceu.
O ano também foi de pequenas mudanças de comportamento. Ao completar sessenta anos mudei não somente a cara da home Palavra do Bó - como também o tratamento das questões ali colocadas. O blog continua antoninense, verdadeiro e menos “pauleira”.
No frigir das datas, imagino que novamente procurei cumprir meu papel como cidadão deste pequeno recanto planetário. Defendendo meus ideais sem molestar ninguém e acreditar que o dia seguinte poderá ser sempre melhor que o anterior, desde que sejamos verdadeiros, dignos, mas com uma leve pitada de tolerância.
Dois mil e onze foi muito bom... Obrigado!

P.S. Há ia me esquecendo. Na semana passada, fui surpreendido com um vídeo, envolvendo o meu nome, postado por uns irresponsáveis na rede. Como “picuinhas” não valem a pena falar, encaminhei para a justiça resolver.  Que se faça valer!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Na Ilha do Mel


Peguei a família e fui pra Ilha do Mel, fugir um pouco do murmurinho festivo. Natureza, sol, família, amigos e muita PAZ...Os encantos da ilha.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Eu não sou Papai Noel

Eu não sou Papai Noel,
Mas que tenho um saco bem grande...Tenho!
Vivo me decepcionando a cada ano com os nossos políticos,
Que de dois em dois aparecem enchendo o nosso saco.
E somos novamente enganados.
Que saco!

Quando tento defender alguma coisa na minha cidade...
Tenho que ter saco – e dos grandes - para aguentar pessoas insuportáveis,
Que me abordam e cobram explicações das minhas coerentes posições.
Que saco!

Agora um grupo insignificante de desafetos fortuitos...
Encenou mais uma...Que me deixou preocupado.
E desta vez em pleno clima de Natal...
Que saco...Meu!
Mas o Papai Noel que mora em mim...
Reagiu e apelou para a justiça.
Porque eu não sou Papai Noel...
E meu saco não é de brinquedo!
Que saco!

Eduardo Nascimento
22/12/2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Natal

Apesar de não mais curtir o tal Natal...
Não posso negar que continuo gostando de determinadas ações.
Alegra-me ver as casas e a cidade enfeitada de luzes...
O Respeito dos religiosos – por mais que não sou –
Referenciando a data e até – vou confessar,
Ver o movimento do comércio da cidade aumentar,
Repartindo seus lucros com os trabalhadores.

Presentear também é algo muito bom,
Mas não me deixo levar pela maneira mercantilista da comemoração.
Adoro quando me sinto atraído a materializar meus sentimentos...
Presenteando alguém que me completa de alguma maneira.

Não curto mais este tipo de Natal...
Mas me envolvo com outras emoções na data.
Encontro-me...Com certeza!


21/12/2011
Eduardo Nascimento

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

LAURA NOS DEIXOU

Dona Laura Veiga de Camargo nos deixou na noite de ontem,18 dez. em pleno domingo final de primavera, indício de verão. Lentamente nos disse adeus e deixando um grande vazio entre nós todos que a amávamos.
Meus sentimentos aos filhos e familiares em especial ao "velho" amigo Geraldo Leão e aos demais Alexandre e Rafael Camargo. Seu corpo foi sepultado no dia de hoje no Cemitério Bom Jesus do Saivá.
Deixo uma pequena escrita da valsa que ela mais adorava quando falava Antonina, sua eterna paixão:

VALSA DE ANTONINA
Música de F.Roberto    Letra de E.Camargo Penteado

Engastada jóia simples pequenina
Na orla do mar, que com graça a emoldura
É a terra encantada a gentil Antonina
Onde a natureza esplende em formosura.


Olho para o sul o quadro é majestoso
Olho para o norte e sinto o mesmo encanto
Nascente ou poente o sol é vigoroso
Enchendo de luz bem viva este recanto.


Deixo do meu peito sem nenhum trabalho
Partirem as frases as quais agasalho
Em singelas rimas, feitas com calor.


Com calor afirmo, e sendo assim sincero.
Dou valia aos versos e com eles quero
Contar-te Antonina, todo o teu primor.



PT vai apoiar candidato de oposição em Antonina

O Partido dos Trabalhadores de Antonina decidiu no sábado (17) deixar formalmente de apoiar a administração do prefeito Carlos Augusto Machado “Canduca” (PPS). 
A decisão foi tomada em Encontro Municipal, segundo nota assinada pelo presidente do diretório Municipal, Luiz Antonio de Souza, e encaminhada ao Correio do Litoral.com pela vereadora Margarete Nascimento “Marga”.
“A saída do PT da base de apoio ao Governo Canduca não significa que o partido fará oposição sistemática a esse governo”, afirma Souza. O prefeito vai tentar a reeleição.
A nota informa que a decisão foi “quase unânime” entre os presentes ao encontro. “Agora a Comissão Executiva do PT vai abrir prazo para o registro das pré-candidaturas a prefeito ou prefeita”, informa Souza.
“O PT agora também vai iniciar  conversa com outros partidos de Antonina para formar uma grande frente para eleições de 2012”. A Comissão Executiva deve se reunir nos próximos dias e orientar as ações do seu mandato na câmara.

Do Correio do Litoral

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Prestação de Contas

Relatório final do Projeto do Livro
Carnaval de Anto nina-35 anos de Cumplicidade
http://carnavaldeantonina35anos.blogspot.com/2011/12/relatorio-final.html

O analfabeto político


O ANALFABETO POLÍTICO
Bertold Brecht

O pior analfabeto
... É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
...Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política,
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.

Bertolt Brecht (1898-1956) - foi dramaturgo, poeta e encenador alemão no século XX

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

VALE A PENA LER DE NOVO

Publicado no blog em 25 de novembro de 2003 e no livro “Crônicas da Capela” 2006.
NON TEM...TUDO BENDIDO P’RA MORRETES!

Quando criança ouvia falar que em certa época existiu em Antonina um comerciante libanês, dono de loja de armarinhos, que sempre respondia aos seus fregueses: “ non tem... tudo bendido p’ra Morretes !” quando não estava disposto a atendê-los,  deixando seu mau humor  tomar conta do negócio.                                                                                           

Iberê Mathias, em seu livro de contos sobre a cidade:  O tesouro da tia Rita, reforça a existência da figura folclórica do libanês Naun Abdalla, que por volta dos anos 30 se estabelece por aqui: “Estabelecido na Rua XV de Novembro, com comércio de calçados, tecidos, armarinhos e aviamentos diversos...tinha o hábito de sentar-se em uma cadeira de balanço que ficava entre um velho balcão e as prateleiras de sua loja. Em seu colo um gato mourisco. Ao acariciar aquele bichano, fugia de seus momentos de dissabores para com a vida.”

Mas tudo não passava de um jogo-de-cena para despistar o freguês e deixar a vida passar sem muita preocupação. No dia seguinte -como conta Iberê - já de bem com a vida, atendia a todos os seus fregueses com cortesia e palavras amenas. O velho Naun viveu muito tempo por aqui, fez da cidade a sua maneira de viver e nos deixou um legado de história e de dedicação por Antonina.

Non tem...tudo bendido p’ra Morretes! Até parece que o velho Naun era vidente, pois a maneira lúdica que arrumou para se desculpar e não atender os seus fregueses criou também um vocábulo usado até os nossos dias quando queremos falar de alguma coisa que perdemos ou estamos prestes a perder.                                                                        Sem nenhuma intenção em criticar os nossos progressistas vizinhos, hoje presenciamos uma inversão de desenvolvimento, principalmente na área do turismo gastronômico, de aventura, cultural e ecológico. Antonina padece e presencia esta fuga, enquanto os “compradores” do libanês Naum se organizaram e com competência melhoraram a sua cidade, em todos os sentidos.

A “nossa” prefeita, que até tem descendência árabe, parece querer parodiar o seu compatriota Naun. A única diferença é que ela não fala...Mas leva tudo p’ra lá.    A residência oficial é lá, por aqui somente ficou a “Casa da Pedirranha” utilizada para atender a clientela em véspera de eleição. Encontrá-la durante a noite, feriados e finais de semanas só em Morretes. A família também reside por lá. O Secretário Municipal de Finanças, o homem que veio para “acertar” as contas também é de lá. Dois advogados, pai e filha que dão assessoria jurídica, também são da gema. O  engenheiro florestal não deixou fugir a regra, e também se desloca diariamente 14 km para fazer seu expediente por aqui. A construtora que vence a maior parte das concorrências e constrói para a prefeitura, não poderia ser de outra parte...é de Morretes é claro. Mais...Alguns fornecedores de mercadorias que compõe a merenda escolar, gráfica...Etc...Etc...Etc. Ou seja, por aqui não fica mais nada... “Tudo bendido p’ra Morretes”.

Quero isentar de qualquer culpa os referidos profissionais, pois foram convidados pela alcaide para exercer as suas funções. O que nos revolta é o absoluto descaso com os nossos valores, principalmente os éticos e a total falta de valorização e oportunidade aos nossos trabalhadores.  De duas, uma: ou não confia nas pessoas da nossa cidade ou “confia” demais nos escolhidos.

O legislativo – se a maioria não fosse subserviente – deveria investigar com mais profundidade as contas da atual gestão, principalmente as licitações para construção de obras, que sempre cheira carta marcada. É preciso restituir tudo aquilo que esta gestão deixou escapar para o ralo do velho Nhundiaquara (que deságua em nossa baía), e resgatar as nossas coisas. E aquilo que acharmos que não vale mais a pena, não iremos vender e nem mandar para Morretes, iremos “deletar”, para não contaminar os nossos bons vizinhos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Valores invertidos

É difícil conviver em uma sociedade quando um cidadão – consciente de seus direitos –tenta defender a vida, a natureza ou a sua própria história e recorre as instituições públicas, tais como Ministério Público, IAP_ Instituto Ambiental do Paraná ou até mesmo ao Iphan_Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - órgãos fiscalizadores, no sentido de alertar abusos ou crimes cometidos por algum  cidadão ou entidade governamental da cidade. Infelizmente o cidadão é rifado pelos “safados de plantão” e de mocinho passa a ser tratado como bandido. “Bom mesmo” é quem se apropria de recursos públicos, digo rouba e vira “doutor”... Empreendedor e até é convidado para se tornar assessor no “Ministério da Hipocrisia e da Mediocridade.”
Credo!

CARANGUEJADA DO EROS






No último sábado, 10, aconteceu a 13ª Caranguejada do Garzuzi, oferecida pelo amigo e empresário Eros – leia-se Dhuan Comércio Exterior. Mais uma vez as instalações do Restaurante do Recanto Cacatú ficaram tomadas pelos funcionários e amigos do Garzuzi para comemorar mais um ano de sucesso e convivência. Para mim foi mais um momento descontraído para rever amigos, saborear um bom caranguejo e botar a conversa em dia.
Parabéns Eros por mais esse acontecimento e obrigado mais uma vez por ter lembrado do velho amigo. Ano que vêm estaremos lá. Boas festas para todos!
Alguns momentos registrados.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PLANEJAMENTO ZERO

Seja qual for o tipo de empreendimento, do menor estabelecimento comercial ou a maior empresa de qualquer ramo, o planejamento financeiro é o alicerce de quem realmente quer obter um bom resultado e principalmente sucesso no empreendimento.
Não sou do ramo, mas a vida me fez um aprendiz solitário, sendo que desde meus quinze anos de idade - como trabalhador menor e com carteira registrada – me ensinou a gastar menos do que recebia de salário.
Lembro muito bem que sem nenhuma consciência administrativa, quando recebi meu primeiro salário mandei reformar a fachada da casa onde morava, substituindo as velhas e rotas janelas de madeira por “modernas” estruturas metálicas. Comprometendo assim parte do meu pequeno salário por algum tempo.
A reforma da fachada da minha casa foi por mim estabelecida como prioridade. Estratégia para melhorar a aparência daquela moradia que acolhia minha modesta família.
De lá pra cá sempre apliquei esta pequena e infalível fórmula que me garantiu certa tranquilidade financeira, apesar das dificuldades de qualquer trabalhador assalariado.
Em uma empresa pública as regras devem ser outras, mas acredito que o planejamento estratégico e a definição de prioridades devem ser as tarefas obrigatórias de cada administrador público. Não é possível apenas preencher velhas e viciadas planilhas financeiras e apresenta-las como orçamento de uma comunidade, sem ao menos passar por uma análise altamente técnica, ousada e criteriosa.
O que notamos em nossa cidade é a ausência de planejamento estratégico, por parte da administração municipal. Tudo continua sendo feito na base de reajustes inflacionários, sem nenhum parecer técnico qualitativo, sem estabelecimento de prioridades e como bom sonhador que sou – nenhuma participação popular.
O planejamento faz parte da Secretaria de Obras e Planejamento, mas parece que por lá não tem ninguém capacitado para discutir com as demais áreas administrativas, como dividir o “mísero” recurso arrecadado dos munícipes, prioriza-los e aplica-los com transparência e sabedoria. Imagine que daria até para traçar estratégias para aumentar a arrecadação, desde que se investissem na geração de emprego e renda da população.
Os anos passam os prefeitos se elegem e simplesmente pagam contas que não sabem do que e porque, e continuamos sem saber para onde iremos.
Planejar é possível, mas precisa vontade política e capacidade administrativa.
Não entendo muito da coisa. Mas até o momento nunca precisei passar um “cheque sem fundo”. Tenho dito.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Burrice é uma ciência...

Ah..Velho, Sábio e Eterno Baiano Brasileiro Rui Barbosa, que há quase um século lamentáva:
"De tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderosos nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto" E completa:
"Há tantos burros mandando/em homem de inteligência, que às vezes, fico pensando/que burrice é uma ciência"

VALE A PENA LER DE NOVO

Publicado em 10 de dezembro de  2002   e no livro "Crônicas da Cidade" 2006
RELLEN SALU BERGHT... O POETA DE ANTONINA.




Heitor Vieira, mais conhecido como Rellen Salu Berght, de nome complicado e difícil de escrever, é uma das figuras populares da nossa cidade e de inegável importância para a nossa contemporaneidade cultural.   Heitor, digo Rellen - como faz questão de ser chamado - nasceu por aqui mesmo, no bairro do Batel aos 28 dias do mês de maio do ano de 1931. Filho de Francisca  e Irineu Vieira, comerciante, escolheu o nome de Heitor em homenagem ao prefeito da cidade, o Engenheiro Heitor Soares Gomes. Mas como ele mesmo conta, a sua mãe não se contentou com aquele nome e nos primeiros dias de vida apresentou o novo herdeiro a um assíduo freqüentador do seu empório, o escravo Fanor, que ao olhar a criança disse: ele  vai se chamar Rellen Salu Berght. E assim se cumpriu.

Rellen, poeta, compositor é um dos maiores contadores de histórias da nossa cidade, alfaiate de profissão, trabalha em seu próprio domicílio. Mas é durante o carnaval que vive e revive os seus maiores momentos de glória. Salu-berght se transforma na figura discreta e central do evento, pois quase sempre tem um ou dois sambas-enredos de sua autoria sendo versados na avenida, por uma ou mais Escolas de Samba da cidade.     Com passagens como autor de peças teatrais lá pelos anos 70, quando incentivado por Gerson Machado, no Grupo de Teatro Amador do Clube Primavera, encena inúmeras peças de sua autoria como: A mulher que eu pedi a Deus;  Bastante Vingado e Lágrimas de Mãe, entre outras.                                                                                                     Como compositor carnavalesco, faz sua primeira criação para a Escola de Samba Batuqueiros da Caixa Dágua, em 1975. Que por ironia do destino o tema da Escola foi “ Homenagem a Heitor Soares Gomes”. No mesmo ano compõe para a Escola de Samba do Batel o samba enredo “Homens e Fatos de Antonina”. Daí seguem outros grandes sucessos como “O Trem” e “Rainha das Cachoeiras”.  Em 1980 muda de camisa e veste a azul e branca da Escola de Samba Filhos da Capela e compõe o samba enredo “Fonte da Carioca”; em 82 “A lenda do bosque encantado”; em 83 arrasa na avenida com o seu maior sucesso “Carnaval sonho e nobreza” ...Sonhei que era carnaval, festa do povo...Que bom seria sonhar tudo de novo. Em 84 levanta o “caneco” do tricampeonato pela Escola de Samba Filhos da Capela com o samba enredo “Astro Rei”. Outros sambas e marchinhas alegraram muitos carnavais da nossa cidade, todos saídos da fértil criatividade dos versos do grande compositor da nossa cidade, mas foram os das décadas de 70 e 80 os mais importantes da carreira do compositor. Rellen também gosta de dedilhar suas poesias, fala sempre da sua amada e das coisas da nossa cidade.  Seus versos simples  quase sempre rimados,  nos remetem à momentos da nossa história e nos despertam para uma reflexão.

Rellen é o nosso maior poeta vivo.  E quando indagado fala que sente falta dos grandes carnavais da nossa cidade, que se tornaram apenas lembranças. Também cobra uma maior atenção por parte das autoridades que estão deixando a nossa história morrer, quando questiona a falta de promoção de eventos que possam reunir as pessoas, os artistas e as nossas crianças em uma troca de experiência cultural.
Rellen é um dos poucos protagonistas da história viva da nossa tão querida Antonina.


Antonina, berço de homens ilustres.
Escritores, pintores e poetas;
Seus monumentos,
Relíquias de uma geração,
Que foram construídos
Na época de sua evolução;
Igrejas, Fonte da Carioca e Theatro Municipal
Velho portão.
Que a linda avenida enfeitava...
Um dia foi destruído,
Jamais será esquecido...
Antigo Mercado.
Antes de ser derrubado,
Pelas ondas do mar foi beijado.
Antonina, banhada pelas águas temperadas
Nem doce e nem salgada.
Molhando o corpo da mulata capelista
Quando banha-se lá na Pita.
Praça Coronel Macedo.
Onde os pássaros despertam bem cedo;
E na Feira Mar.
Que maravilha as noites de luar...

Quando Deus criou Antonina.
A sete chaves a cópia ele escondeu.
 Lugar igual a este
Ainda não apareceu...
Fundada por Manoel de Valle Porto.
Luso viajante, que aqui chegou.
Antonina jóia pequenina.
Que a Virgem Santa abençoou...

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

Pavimentação da Av. Conde Matarazzo (1940)

Pavimentação da Av. Thiago Peixoto (1940)



























N. do Bloguista: Incrível que iniciavam e concluíam as obras...coisas do século passado!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DE NOVO?

Quando a gente viaja independentemente do destino, no retorno quase sempre revê seu repertório de valores e sente imensamente uma vontade de interferir em alguma coisa, no pequeno mundo que nos cerca.
De volta para casa quase sempre encontramos poucas mudanças ou quase nada.
Necessariamente não precisamos esperar muito de uma pequena cidade, mas se faz necessária uma boa aparência, limpeza, capinação. Logradouros bonitos e bem conservados pelo poder público, ou seja, lá por quem for.
Nossa pequena cidade é bela pelos seus casarios históricos e pela sua paisagem que vai da baía até as altas montanhas da Serra do Mar. Tem um recorte invejável e um potencial turístico disponível. Mas infelizmente a cegueira dos nossos governantes e o estado de letargia da maioria da nossa população, continua ninando a deitada-a-beira-do-mar sob a tutela divina do abandono e da falta de expectativa sócio-econômica.
Estamos perto de encerrar mais um ano. E pouco ou quase nada podemos apreciar como avanços sociais.
No ano que vem o assunto principal estará focado nas eleições municipais. Os que estão no poder inventarão uma nova desculpa para nos enganar de novo. Os novos candidatos, irão disponibilizar discursos prometendo as melhorias que tanto merecemos. Mas quem realmente está preocupado com a cidade? Quem realmente quer trabalhar em sintonia com a sociedade para encontrar caminhos ao nosso desenvolvimento?
O que notamos no momento são grupos políticos se articulando para concorrer às eleições e ganhar o poder. Mas para fazer o que, como e com quem?
E vai começar tudo de novo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Em Santiago

Passei alguns dias no Chile e escolhi o país da América Latina para conhecer seus costumes e vivenciar com a comunidade que tem o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do continente. Claro que o tempo foi mínimo e a forma de viagem não permitiram tantas observações. No roteiro visitei a capital Santiago, o litoral Valparaíso e Vina Del Mar e as Cordilheiras dos Andes, especificamente Valle Nevado e Colorado.
Ao chegar de aeronave a paisagem já é extremamente deslumbrante, com as Cordilheiras tomando conta da paisagem, uma pequena faixa de terra e mais o litoral banhado pelo Pacífico. Em Santiago como sempre o momento é político e alguma manifestação esta acontecendo: primeiro os estudantes reivindicando escola universitária pública e gratuita. E depois esposas reivindicando leis que possam punir maridos agressores.
Pela localização central do poder executivo – Palácio da Moneda e seus ministérios – Santiago parece sempre como uma bomba nacionalista toda embandeirada.
No Mercado Central encontramos várias opções gastronômicas, tendo os frutos do mar como carro chefe. Peixes e a famosa Centolla – um caranguejo gigante – foram às opções escolhidas pelo grupo.
Uma visita a vinícola Concha e Toro é como uma obrigação. Lá se podem degustar variações de vinhos e aproveitar para reabastecer as nossas adegas pessoais.
O litoral também fez parte da estadia, pois é ir ao Chile e não ver o Pacífico é como ir ao Rio e não presenciar Copacabana. Visitamos Valparaíso – cidade portuária e sede do Congresso Chileno – e Vina Del Mar, balneário mais famosos. A água é gélida, mas temos que no mínimo colocar os pés no Pacífico.
Na noite uma das opções foi o Bairro Cultural da Bela Vista com seus bares, restaurantes, teatros e casas de show.
Poderia ficar falando muitas horas sobre as impressões vivenciadas no Chile, mas para não se tornar cansativo paro por aqui.
Pretendo retornar, atraído principalmente pelo carinho do povo chileno e para complementar alguns desejos, como visitar Valle Nevado em sua plenitude.
Aproveito para agradecer as companhias dos novos amigos de viagem: Wellington, Marcelo, Cleusa e o filho (?) e a guia Brenda.
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena” FP

Algumas fotos pessoais:

Manifesto Estudantil



Escultura viva-Mineiro

Peixaria no Mercado Central de Santiago
Parreira em Concha e Toro
Em Valparaíso
Com os pés no Pacífico - Vina del Mar
Em Valle Nevado
Cordilheira dos Andes-Valle Nevado

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A gente roda...

A gente roda...roda e quase sempre volta ao mesmo lugar de origem. Mas diferente.
Estive viajando na ultima semana, presente pelo bom desempenho do ano que se finda. Fui a Santiago/Chile e durante os últimos dez dias jurei me desligar da rede. Programei um roteiro altamente turístico, com guia e passeios normais para um cidadão disposto a relaxar e curtir o lugar e seus atrativos. Mas sem incômodos.
Durante a semana vou tentar relatar algumas vivencias chilenas. Abraço! Depois a gente conversa.

domingo, 20 de novembro de 2011

Em tempo...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

74 hotéis paranaenses foram qualificados pela Fifa para a Copa 2014

Camboa Capela Antonina. Arquivo perfil FB.

17/11/2011 | 20:13 | GAZETA DO POVO

A Fifa qualificou 74 hotéis do Paraná para receber turistas durante a Copa do Mundo de 2014. Em todo o país, quase 700 estabelecimentos foram credenciados pela equipe do Match Hospitality, que é responsável pelo contato com a rede hoteleira. Os hotéis classificados têm padrão entre três e cinco estrelas.
No Paraná, a maior parte dos estabelecimentos selecionados está em Curitiba, onde 49 hotéis foram credenciados. As outras cidades que tiveram estabelecimentos credenciados foram Foz do Iguaçu (13), Ponta Grossa (3), Guaratuba (2), Londrina (1), Paranaguá (1), São José dos Pinhais (1), Quatro Barras (1), Antonina (1),Pinhais (1) e Campo Largo (1).
O secretário estadual para assuntos da Copa 2014, Mário Celso Cunha, ressaltou que a lista ainda não está fechada e que hotéis interessados no credenciamento ainda podem solicitar a vistoria para a Fifa.
Confira a relação dos hotéis credenciados no Paraná:

CURITIBA : Lancaster, Bristol, Rayon, Bourbon, Deville, Crowne, Bristol Executive, Master Express, San Juan, Rochelle, Promenade, Bristol Saint Emilion, Paraná Suíte, Guaíra Palace, Granville, Slaviero Slim, Slaviero Suíte, Slaviero Palace, Nikko, Alfarregia Plaza, Blue Tree Powers, Caravelle, Flat Petras, Vernon Palace, Bristol Embassador, San Juan, Condor e Centro Europeu, Rockfeller Slaviero, Dunamys, Slaviero Alto da XV, Mercure Parque Barigui, Íbis Centro Cívico, Bristol Centro Cívico, Pestana, Quality, Lizon, Radisson, Íbis, Mercure, Full Jazz Slaviero, Bourbon, Slaviero Executive, Bristol Brasil 500, Mercure Golden, Mercure Apartments, Victoria Villa, Harbor e Four Points By Sheraton.
FOZ DO IGUAÇU: Cataratas, Suíça Hotel, Galli, Tarobá Express, Panorama, Iguassu Resort, Bourbon Cataratas, Turrance Green, Rafain Palace, Nadai Confort, Recanto Park, Harbor Colonial e Continental Inn.
PONTA GROSSA: Planalto, Vila Velha e Slaviero Executive.
GUARATUBA: Spazio Marine e Villa Real.
LONDRINA: Confort Suítes.
ANTONINA: Camboa Capela.
PARANAGUÁ: Camboa Resort.
CAMPO LARGO: Hotel Campo Largo.
PINHAIS: Slaviero Executive.
QUATRO BARRAS: Harbor Self Graciosa.
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS: Bristol Dom Ricardo.



Discutindo ANTONINA

Tenho recebido inúmeros convites – abertos à sociedade – para participar de reuniões cujo objetivo é discutir nossa cidade e “traçar novos rumos” para seu desenvolvimento. Sou favorável à participação neste tipo de reunião, pois jamais fugi do assunto quando ele é focado no nosso desenvolvimento. Mas ultimamente tenho me ausentado.
O problema é que vivemos em um período pré-eleitoral e grupos interessados em participar do processo usam deste artifício para mais uma vez gerar expectativas pra comunidade. Acho que precisamos sim discutir sempre o nosso momento em sociedade e os rumos que devemos tomar, rever conceitos e traçar novas estratégias, mas não podemos nos deixar levar por “cantos de sereias” totalmente inoportunos, pois seus organizadores – como tudo indica - desconhecem o Plano Diretor da cidade, onde as possibilidades técnicas, políticas e financeiras foram discutidas e contempladas, e se cumpridas pelo executivo municipal, garantirão os avanços sociais e econômicos que a nossa comunidade necessita, para os próximos vinte anos. Simplesmente iniciar do ZERO uma nova discussão é ignorar a existência da lei, não me convence e me preocupa.
O Conselho de Autoridade Portuária de Antonina do mesmo modo insiste em gastar seu tempo – e recursos – na tentativa de juntar argumentos para propor uma nova discussão, também objetivando deslumbrar com novos horizontes para a nossa cidade. Não creio que encontrarão algo além do já contemplado em nosso PD.
Para simplesmente não ficar no achismo discursivo e contraditório proponho as entidades e interessados na promoção deste tipo de encontro, que iniciem suas pautas discutindo o Plano Diretor da cidade e a nova Lei do Tombamento. Construam um corpo técnico e político, e cobrem do poder executivo as políticas e ações previstas e aprovadas nas referidas leis. Que se levadas a sério, com certeza retomarão os caminhos do nosso desenvolvimento. Também façam nosso legislativo propor e aprovar leis complementares e suas normalizações.
Ai sim valerá a pena reiniciar algo novo, com sustentação legal e viabilidade. O resto não passará de mais um simples evento em busca de causas hipotético. Tenho dito!


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CHUVA


Obrigado Jaime!

Botanobó

Com arte e fotografia...
Luz e tenacidade,
Descortino a beleza
de nossa  querida cidade

Mudá-la é a minha sina
Com lente e teclado
Antonina, bela menina
É o meu legado

Sou responsável pelo que falo...
Não pelo que você entende,
Luto, não me calo
Pelo bem de nossa gente.

Tento, tento mudá-la,
Os que me critícam, tenho dó
Antonina, posso abraçá-la
aínda dizem:bota no bó...

Sargento Jaime
http://sargentojaime.blogspot.com/2011/11/botanobo.html