segunda-feira, 2 de maio de 2011

Esperar o quê?

A simplicidade da nossa sociedade, para não dizer a falta de politização, nos faz acreditar que a cada eleição municipal encontraremos uma pessoa que no mínimo cumpra sua Proposta de Campanha e faça uma administração participativa. Mas quando o sujeito passa de candidato para eleito e ainda empossado, parece que há uma metamorfose. 
Aquele que falava manso acolhia as idéias e acenava para as pessoas, se envolve em uma redoma encantada e se acha dono de tudo e faz o que bem entende com o dinheiro dos contribuintes.
Mas é preciso reconhecer que também temos parte de culpa por tudo isso.
Elegemos pessoas e as deixamos e permitimos livres vôos. Nem ao menos os segmentos organizados – que são poucos e na maioria subservientes e covardes – cobram atitudes dos governantes, que possam melhorar a própria performance da administração e em consequência as melhorias tão aguardadas.
Mas o que esperar de uma administração que sequer soube ser constituída por pessoas competentes em suas áreas? O que esperar de uma administração que até o momento não soube realizar um seminário interno para apresentar aos secretários as diretrizes do Plano Diretor da cidade ou de um Plano de Governo? O que esperar de um prefeito se sequer tem um Plano de Governo, se nem ao menos faz reuniões periódicas com seu secretariado para que possa acompanhar as ações de cada secretaria?
A maioria das Secretarias sequer tem metas de produção e raramente você irá encontrar um organograma ou cronograma das ações que estão sendo desenvolvidas.
Cobrar das secretarias um organograma das ações, no primeiro momento parece uma ofensa ao interlocutor de plantão. O que a gente sabe e sente é que a “coisa” vai acontecendo no empurra...Empurra das panças.
O que decepciona o mais humilde e informado eleitor é a falta de participação da sociedade nos Conselhos Comunitários. Os dois únicos que existem – por exigência do sistema nacional – são os da Educação e o da Saúde. Pois sem eles o município não conseguiria obter os recursos federais para as áreas. E os outros? Cultura, Turismo, Meio Ambiente, Esportes, Pesca, Patrimônio Histórico, Segurança, Assistência Social, etc.
Em uma cidade pequena onde quase todos se conhecem, com poucos recursos devido a falta de produção e trabalho, não é admissível ainda ter governante se achando auto suficiente. Os Conselhos além de poder contar com "legítimos" representantes da comunidade são canais democráticos e certamente indicarão caminhos alternativos e facilitadores para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Mas se os caras tem medo de gente. A gente continua com medo de votar nos caras. Então...Vamos esperar o quê?
Se quiser melhorar é você quem deve mudar. De comportamento ou de cidade.

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