Os 100 mil metros quadrados do terminal público de Barão de Teffé servirão de apoio à construção de plataformas offshore na unidade de Pontal do Paraná
Publicado em 14/07/2012 Gazeta do Povo| PEDRO BRODBECK
A Techint Engenharia e
Construção S/A, multinacional italiana de construção de estruturas para
exploração offshore, acaba de receber a licença de instalação do Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) para atuar no terminal público de Barão do Teffé, no
Porto de Antonina. Segundo o diretor-gerente de desenvolvimento de negócios da
empresa no Brasil, Luis Guilherme Sá, no entanto, ainda faltam outras
liberações, como o aval da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
“Daqui um mês, quando tudo estiver regularizado, vamos tratar do plano para
esta área”, prevê o executivo, sem revelar mais nenhum detalhe da atuação da
empresa em Antonina.
Por enquanto, a expectativa é de que a
área de 100 mil metros quadrados cedida pela Administração dos Portos de Paranaguá
e Antonina (Appa) dentro do terminal público de Barão de Teffé seja utilizada
como estrutura de apoio à unidade de Pontal do Paraná, onde a Techint investiu
R$ 300 milhões para ampliar suas instalações de 160 mil para 200 mil metros
quadrados.
Na época em que teve a ampliação em Pontal
aprovada, a licença ambiental da unidade foi contestada pelo Ministério Público
Federal e Ministério Público do Paraná. Na oportunidade, os MPs contestaram a
não exigência de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima). O imbróglio, no
entanto, se resolveu favorável à empresa italiana.
A Techint tem um contrato com a OSX para a
construção de duas plataformas que serão usadas na extração do pré-sal no Rio
de Janeiro.
Para o diretor-técnico da Appa, Paulinho
Dalmaz, o Porto de Antonina precisa de investimentos como estes, alternativos à
atividade portuária. “Estes terminais precisam voltar a operar intensamente e
esta área, em especial, tem uma excelente vocação para atividades offshore”,
afirma Dalmaz.
A expectativa da prefeitura de Antonina é
de que sejam criados cerca de mil postos de trabalho. Ao todo, o projeto de
produção das duas plataformas da OSX prevê que sejam criados 2,5 mil empregos
diretos e 7,5 mil indiretos no litoral paranaense.
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