quinta-feira, 5 de julho de 2012

SEI LÁ O QUE.


De todas as bocas benditas ou maledicentes da cidade se escuta a seguinte frase: “Passaram a rasteira no Canduca”.
A expressão certamente deverá incorporar nosso vocabulário histórico eleitoral, pois nunca na história deste país um prefeito em sua plenitude se viu refém de seus aliados e sentiu “seu tapete” partidário ser puxado.
Após as realizações das convenções partidárias, temos um panorama do cardápio político que será nos apresentado durante a campanha que em breve se inicia.
Os ex-aliados apostaram nas candidaturas de Zé Paulo (PMDB) prefeito e Vanda (PT) vice. Mas ainda teremos Munira e Paulinho (PSDB); Jefferson e Mura Mura (DEM) e João D’Homero e Wilsinho (PSC).
Realmente o prefeito Carlos Augusto Machado – Canduca, não conseguiu apoio do seu partido PSD, que referendou a proposta de se coligar à candidatura majoritária com Zé Paulo/Vanda (PMDB-PT).
Os então chamados de ex-aliados, dissidentes ou traíras – conforme o ponto de leitura feito pelo eleitorado e apoiadores – confessam que apoiar o atual prefeito em sua reeleição seria um suicídio pré-anunciado. Primeiro que as pesquisas realizadas indicavam uma altíssima desaprovação a sua administração e as possibilidades de recuperação se tornavam quase que impossíveis. Depois, que em nenhum momento o prefeito convocou seus aliados, para discutir uma provável reeleição. E finalmente que não eram atendidos em suas reivindicações políticas. Daí as causas que motivaram uma mudança de rumo e de personagens.
Do lado do prefeito candidato preterido – acabrunhado pela situação – e frente à nova situação, na fatídica segunda-feira 2 de julho, saiu a “caça as bruxas” e exonerou todas as pessoas e parentes ligados ao grupo político que o deixou “sem escada e com o pincel na mão”. Agora, tenta compor seu quadro administrativo para poder tocar seus últimos meses à frente da prefeitura.
Tudo indica que a ação - considerada por ele como traição - deverá ter revés, e não será surpresa se no andar da carruagem, as abóboras tomarem forma da candidatura tida como a mais viável eleitoralmente, e Dona Munira* receba suas benesses... Credo.
Bem...É ele mesmo, o responsável por sua ressurreição, pois se tivesse primado por uma administração competente, respeitosa e participativa, teria certamente garantido sua reeleição. E ponto final.


* Após o registro das candidaturas, muitas serão impugnadas pelos partidos políticos concorrentes. A mais provável é a da ex-prefeita Munira Peluso. É aguardar os pareceres do Ministério Público e Juizado Eleitoral.

Um comentário:

  1. Eduardo,

    Devemos antes de tudo ser realistas nos nossos posicionamentos por isso volto a tocar na questão do achismo e da interpretação conveniente devido é claro o momento eleitoral que vivemos.

    Eu parto do seguinte raciocínio... O Prefeito Canduca quando colocado á prova da urna na sua última candidatura à vereador, e esse número está com certeza registrado nos arquivos eleitorais,atingiu coisa de 100 a 120 votos aproximadamente. Então concluímos que; esses eram os votos que o Prefeito possuía na sua bagagem. Quando Canduca foi colocado á prova já como "candidato a prefeito" em 2004, e aí já com um grupo de pessoas comprometidas com a sua eleição, ele Canduca, atingiu uma boa votação e ficou em segundo lugar no pleito.

    Já em 2008, com esse grupo de pessoas muito mais fortalecido, o então candidato Canduca veio a ganhar as eleições.
    Logo perguntamos; Quem deveria ser grato a quem? Quem deveria ter compromisso com quem? Creio eu que, quem deveria pagar essa "dívida" de gratidão e dentro de um critério sério trazer essas pessoas comprometidas para o seu governo, era ele Canduca. “Ele” tinha essa “dívida” com o grupo político. Do jeito que as pessoas colocam a situação hoje, e é claro com o óbvio objetivo eleitoreiro, fica parecendo que Canduca ,”quando” colocou dentro do governo algumas dessas pessoas que trabalharam para fazê-lo prefeito, estava fazendo um grande favor a essas pessoas.

    Não, ele somente estava pagando uma dívida. Favor ele fez quando ele colocou dentro do seu governo pessoas que trabalharam “contra” ele, e em muitas vezes esse “pessoal do contra” foi mais bem recebido do que quem trabalhou a favor. Isso sim é trairagem.

    Outra falta grave do prefeito foi não procurar em momento algum o seu grupo político, para numa conversa franca, discutir e debater a gestão que se finda, colocar na balança os erros e acertos e deliberar sobre uma eventual nova gestão. Ao contrário, o grupo político foi quem procurou o prefeito para provocar essa situação e essa resposta contundente por parte dele prefeito, que fique bem claro, nunca aconteceu.
    Por isso, sugiro a mudança na sua afirmação “folclórica”; pois nunca na história deste país um prefeito em sua plenitude se viu refém de seus aliados e sentiu “seu tapete” partidário ser puxado.
    Que pode tranquilamente ser substituída por uma visão mais real da situação ; “ nunca na história deste país” pessoas que em momento algum se sentiram submissas por estarem em cargos “legitimamente” conquistados, tiveram a coragem de não se tornarem reféns da falta de decisão de um prefeito e tiveram antes de tudo atitude de chamar a responsabilidade para si e trilhar um caminho com as suas próprias pernas.
    É só escolher entre a realidade e o folclore ou entre o achismo e os fatos.
    Como dizem por aí; É tudo uma questão de ponto de vista.
    Um abraço.

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