terça-feira, 28 de agosto de 2012

QUEM QUER O APOIO DE CANDUCA?

Será que o tombo a Canduca foi tão violento, a ponto dele não se levantar e oferecer a máquina política a sua disposição em apoio a uma candidatura?
Se continuar fazendo-se de vítima e hibernar forem seus álibis para um futuro retorno, poderá com isso mais uma vez dar um tiro em seu próprio pé, ao ignorar o processo.
No andar da carruagem, o apoio à candidatura Mônica sepultaria em definitivo outras pretensões e declararia abertamente guerra ao de seu grupo dissidente, representado pela candidatura Zé Paulo.
Mas na eleição anterior o Canduca era oposição a Mônica... soa em meus ouvidos. Mas na eleição de 2004 teve o apoio da sua administração...outra voz confirma.
Acredito que o apoio Canduca a Mônica há essa hora seria de bom tamanho e até poderia considerar gratidão, vingança ou traição. Dependendo do ponto de vista do eleitor.
Já as outras candidaturas gostariam do seu apoio? 
Como em política não existe ética e sim interesse imediato e de pura vingança, não é nenhuma surpresa o desejo das demais candidaturas pelo seu apoio, João e Jeff aguardam um aceno. A não ser a do Zé Paulo, pela sua própria natureza.
O que ninguém pode é achar que o Canduca está totalmente morto. E que não representa milhares de votos decisivos no atual quadro sucessório. Situação bem diferente, caso ele fosse o candidato à reeleição. Mas quem quer o apoio de Canduca?

Greve dos docentes


31 de agosto não é o prazo final para o orçamento
Para o Comando Local de greve dos docentes da UFPR, a discussão sobre a data de 31 de agosto, divulgada como data limite para envio do Orçamento para o Congresso, é uma armadilha do governo para forçar o fim das negociações com os servidores públicos federais.
No entendimento dos docentes o governo federal possui mecanismos para fazer alterações no orçamento após esta data. Além disso, o Congresso aprovou em 2011 uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga para até 2015 a Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite que o governo possa remanejar livremente até 20% dos recursos do Orçamento.

domingo, 26 de agosto de 2012

No dia 26 de agosto de 2010...a Feira-Mar acordou assim:

Vídeo inédito, gravado em 26 de agosto de 2010.

Veja as postagens:

Devastação na Feira-Mar
As pobres exóticas

A cara dos candidatos


Marketing Político

Em tempo de eleições, os candidatos usam e abusam da imagem para aparecer ao seu eleitorado. Com o advento da info-imagem, os marketeiros usam e abusam dos programas de edição. Às vezes apenas para melhorar tecnicamente a fotografia, mas em sua maioria para mascarar os vestígios do tempo e transformar em irreal.
Aproprie-me de algumas imagens dos candidatos a prefeito de Antonina, disponíveis publicamente no site do TRE e inseridas em suas propagandas.
Não sei se irá servir para alguma coisa, mas é muito bom perceber a imagem do cidadão em seu dia-a-dia, em comparação ao projeto candidato. Boa leitura.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

100 DIAS DE GREVE NAS FEDERAIS


Completando 100 dias de greve, docentes entregam contraproposta à Presidência

Nesta sexta-feira (24), data que marca os 100 dias de greve nas Instituições Federais de Ensino, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN protocolou na Presidência da República a contraproposta elaborada pelos docentes e referendada nas assembléias.
O documento foi entregue ao chefe de gabinete da Secretaria Geral da República, Manoel Messias de Souza Ribeiro, que se comprometeu em buscar canal de interlocução junto ao Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, no intuito de obter uma resposta ao movimento grevista em relação à contraproposta.
"Até o momento, o MEC e o Planejamento não se dispuseram a nos receber para conversar sobre a contraproposta. Tudo o que temos ouvido do governo é através da imprensa. Além de intransigente, é uma atitude desrespeitosa com os professores federais deste país", disse Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN.
Mais que a busca por melhores salários, os docentes lutam pela reestruturação da carreira docente, além da melhoria nas condições de trabalho e ensino. Entre os problemas de infraestrutura enfrentados pelos professores estão a falta de estrutura física, como laboratórios, bibliotecas, salas de aulas e até mesmo material básico de higiene, além de obras abandonadas, algumas há mais de dois anos. Além disso, houve um aumento considerável no número de alunos sem a contrapartida da realização de concurso público para a contratação de docentes e técnicos.
O descaso do governo federal com a Educação Superior já pode ser notado na demora em iniciar as negociações com os docentes. A primeira reunião de negociação só ocorreu quando a greve estava prestes a completar dois meses.
"A extensão da nossa greve é responsabilidade única do governo, que vem 'empurrando com a barriga' a reestruturação da carreira desde o ano passado e descumpriu todos os prazos por ele mesmo estabelecido. Deflagramos greve em 17 de maio, após várias tentativas de interlocução junto ao MEC e Planejamento, e só fomos chamados para negociação em meados de julho", denuncia Marinalva.
Alardeada como um grande reajuste de até 45% no salário dos professores, a proposta apresentada no dia 13 de julho é revestida de armadilhas, que intensificam a desestruturação da carreira e, descontada a inflação do período, acarretam perdas salariais para a maioria da categoria docente.
Por esses motivos, Assembléias Gerais realizadas por todo o Brasil votaram pela rejeição da proposta dos ministérios do Planejamento e da Educação (MEC). Frente ao forte "não" unânime, o governo apresentou uma segunda proposta, que nada mais é do que um "remendo" da primeira, mas anunciada pelo MEC como uma "ampliação do reajuste", o que também foi rechaçado pelos docentes.
Numa atitude autoritária e antissindical, o governo escolheu então por assinar acordo com uma entidade que não tem representatividade junto à categoria e, no dia 1 de agosto, suspendeu as negociações.
Desde então, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN vem cobrando a reabertura de negociações e nesta semana apresentou uma contraproposta ao governo, reafirmando a sua disponibilidade de negociação.
"Essa é mais uma demonstração de que seguimos dispostos a negociar e estamos inclusive abrindo mão de reajustes salariais em nome da reestruturação da nossa carreira com base em conceitos definidos", explica Marinalva.
A modificação reduz os valores da malha salarial, aceitando o piso e teto propostos pelo governo, e também reduz os degraus entre níveis remuneratórios de 5% para 4%, preservando a natureza do trabalho acadêmico, conforme a proposta de carreira docente do ANDES-SN. As assembléias de base aprovaram também a implantação escalonada da contraproposta.

Fonte: ANDES-SN

N.E.Blog: sou professor sindicalizado e apoio o movimento.

Propaganda política

Espaço democrático.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A volta do trem

Trem em manobra no novo trecho da Av. Conde Matarazzo.
Imagem inédita.
É muito bom rever o pessoal ferroviário trabalhando na recuperação do nosso ramal, e novamente sentir a presença do trem. Para quem viveu intensamente até os anos setenta, com as linhas de cargas e passageiros em plena atividade, a recuperação da nossa malha ferroviária nos remete a histórias fascinantes e a esperança de que possamos em breve ter definitivamente sua presença, movimentando cargas para o nosso porto e até passageiros, quem sabe?
Trabalhadores da ALL recuperando o ramal.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Obras na Conde Matarazzo

A Avenida Conde Matarazzo está em obras e os transtornos são enormes pra toda comunidade, principalmente para os estudantes que usam aquela via de acesso as suas escolas. A calçada principal está sendo totalmente destruída para dar lugar ao novo projeto.
Infelizmente as árvores ali existentes – em toda avenida mais de trinta – estão sendo sacrificadas em nome das tais melhorias. Esperamos que o projeto também contemple o paisagismo e sejam replantadas mudas compensatórias – levará dez anos para ter a sombra necessária –  e no futuro possa suavizar nossa tórrida temperatura durante os dias de verão.
Para relembrar, na Praça Feira-Mar, em 2010 foram cortadas mais de 40 árvores, na justificativa de melhorias e que os exemplares não eram nativos. Até o momento nenhuma muda de árvore nativa foi plantada e simplesmente construíram um alambrado e uma calçada - meia boca.
Será que o prefeito quer fazer jus ao seu nome Machado?


Calçadas sendo destruídas

Árvore cortada

Simples registro.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

de leve


“Em terra de mudo, gago é considerado tagarela.” 

Ainda não terminaram?


O calçamento da Rua Marquez do Herval, que foi iniciado lá por meados de outubro de 2010. Será que o Canduca não irá conseguir entregar sequer uma obra com recursos próprios de sua administração? Nem uma calçadinha?







Acompanhe a novela:
Início da reforma:
Como estava antes da reforma:
http://palavradobo.blogspot.com.br/2010/07/abandonoas-imagens-falam-por-si.html


O que muitos candidatos deveriam falar. Em Vale a pena ler de novo.

Publicado em 05/09/2008 e no livro "Tenho Dito" 2012.
“DISCURSO COERENTE”
(o que muitos candidatos deveriam falar)

Se eu for eleito, vou transformar a prefeitura em minha casa.
Vou aumentar consideravelmente a renda de toda a minha família...
Nem que eu tenha que criar novas Secretarias, para não ser chamado de ilegal.
Os problemas da população não me interessam...
Somente quando chegar perto da reeleição é que eu vou pensar em fazer alguma coisa. 
alguns amigos vou dar-lhes oportunidade de trabalho, mas por favor, não queiram levar a sério, porque não estamos aqui para resolver os problemas da cidade e sim os nossos.
Quem começar a reclamar demais e me encher o saco... demito.
Meu departamento de compras será ocupado por pessoa experiente em desvio de verbas... PhD em maracutaia, que saiba muito bem desviar recursos para o caixa dois da administração.
Empresário da cidade que se dispuser a comentar qualquer assunto que me diga respeito, risco do nosso rol de fornecedores... E mando a tropa de choque fiscalizar a sua firma.
Quanto ao tratamento que vou dar ao legislativo, todos já sabem. Emprego um parente de cada edil e a turma toda vai continuar dizendo amém. Quem manda aqui sou eu.
Saúde, Educação, Segurança, Saneamento Básico, Cultura, Esporte e Turismo... São coisas que a gente fala para se eleger... Depois a gente ocupa todos os cargos disponíveis, com qualquer pessoa, somente para preencher as vagas.
As festas da cidade... Que saco! Vou ter que arrumar dinheiro para gastar com besteira. Quem quiser festa que financie a sua.
Arrumar as ruas e calçadas dos bairros é coisa que vou fazer somente no final da minha gestão... Na tentativa de me reeleger ou eleger meu sucessor.
Sei que a cidade precisa resolver o problema do lixão e do esgoto... Mas como até agora ninguém fez nada, não sou eu que irei gastar com obras que ninguém vai ver.
Espero que algum dia um imbecil se eleja e faça alguma coisa.
O porto é da turma do Governador... Não adianta encher o saco, pois todos sabem como o homem reage. Para que porto aqui, se ali em Paranaguá tem um bem grande? É mais fácil colocar um ônibus à disposição dos trabalhadores. Viajar faz bem.
Progresso também é coisa que a turma espera há muito tempo... Que besteira. Imagine a nossa cidade cheia de gente, carros, emprego. Pra quê? Isso somente vai me dar mais dor de cabeça e vou ter que aguentar ainda mais reclamação.
Bem... no final do meu mandato vou estar tranquilo. Muita grana no bolso, muitos imóveis e vou tirar umas férias e tentar voltar daqui a quatro anos. Para começar tudo de novo.
Êta povinho bom.

OBS. Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Em tempo


Procissão da Padroeira/Acervo - década de 50
Apesar de não mais frequentar nenhuma religião, respeito a fé das pessoas e a história dos nossos primeiros povoadores, que tiveram na religião um de seus alicerces para a construção da cidade em que vivemos.
Por isso acompanho quase que frequentemente – há mais de trinta anos – as festas da nossa cidade desde a mais pagã até as religiosas.
Meu olhar fotográfico vem registrando ao longo do tempo sentimentos e comportamentos deste evento. Posso até afirmar que o tempo me proporcionou um olhar bem crítico – no sentido da análise – sobre vários prismas.
Quanto ao aspecto religioso da festa nunca dou meus pitacos, pois é uma praia que reservo aos entendidos e envolvidos com suas crenças e estratégias.
Já outros aspectos, principalmente quando ultrapassam os limites territoriais dos promotores, sempre mando um recado e infelizmente o que mais tenho criado é uma total antipatia as minhas idéias. Bem fazer o que?
Considero a procissão o momento visualmente mais rico da cerimônia. São milhares de pessoas com seus mais diversos sentimentos e desejos, caminhando em conjunto e isolados ao mesmo tempo.
Os mais devotos - que rodeiam imagens e sacerdotes, fazem questão de carregar o andor, os personagens quase sempre são os mesmos dos últimos dez...vinte anos. Os famosos carregadores-de-santo.
O que sempre muda é a presença dos políticos e candidatos em tempo de eleições, que fazem da cerimônia religiosa uma vitrine para seu eleitorado. Pura hipocrisia.
No primeiro ano do mandatário é marcante a presença de vários secretários na procissão, sinalizando para a platéia um ar de coesão e grupo. Depois, com o desgaste natural da administração, vai acontecendo um certo esvaziamento e o prefeito quase que solitário acompanha a corte, como mera obrigação representativa.
Quando os interesses mudam, os partidários que antes participavam da mesma “caminhada de fé”, hoje se separaram, pois não mais “comungam” os mesmos interesses. E cada um monta seu grupo.
Interessante também é sentir o “milagre” da aparição. Em um passe de mágica “velhas raposas” sumidas do nosso cenário cotidiano, aparecem para espanto de todos e usam a manifestação religiosa para novamente se apresentar ao eleitorado desejado.
O ressureição desses seres não tem nada a ver com milagre. É pura reação proporcionada pela má gestão dos seus sucessores e a total descrença em nós mesmos.

Após a passagem de mais esta “calorosa festa”, para encerrar foi realizada pelos promotores um “bingão” em plena praça pública, com distribuição de prêmios à comunidade sonhadora, crédula e muitas vezes ingênua.
Já os políticos - agora caindo na real - deverão colocar carga máxima em suas campanhas eleitorais, na tentativa de nos convencer que suas propostas são as melhores para nossa cidade e que possamos contar com uma gestão nova e participativa, comprometida com as reformas que tanto queremos e ainda não aprendemos a fazer.
Tenho dito.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Festa da Padroeira...Vale a pena ler de novo

Festa da Padroeira - foto 1982

E A FESTA DA PADROEIRA...
Publicado em 20 de agosto de 2003 e no livro “Crônicas da Capela” 2006.

Mais uma vez Antonina prestou homenagem a sua padroeira no dia 15 de agosto. A festa religiosa foi um sucesso, milhares de romeiros nos visitaram durante o dia 15, se estendendo por todo o final da semana. A programação religiosa teve o seu auge na procissão, com o seu trajeto todo enfeitado por conjuntos de balões azuis, oferecidos por seus moradores. Acredito que, em número de pessoas, esta foi uma das maiores festas dos últimos anos. O comércio local e os barraqueiros também puderam melhorar os seus faturamentos, e os fiéis renovaram a sua fé na santa padroeira N.SRA. do Pilar.

A Banda Filarmônica Antoninense fez alvorada festiva, tocou na missa das 10 h e participou da procissão, tudo como manda a tradição. Só faltou a retreta na praça, mas a gente sabe que o pessoal não é de ferro. A festa da noite foi abrilhantada pelo belíssimo coral Asa Branca de Paranaguá. E às 9h da noite aconteceu o tradicional show pirotécnico.O Parque de diversões alegrava as nossas crianças e os espirituosos. Os impulsivos consumistas gastavam seu rico dinheirinho nas barracas de bugigangas e inutilidades piratas made in Paraguai. Cocadas e muita degustação preenchiam os prazeres.

O barreado, prato tradicional da região também foi servido nos restaurantes e nas barracas de alimentos. Os turistas aproveitaram o que foi ofertado, dentro do possível.  Mas, poderíamos explorar muito mais a potencialidade da nossa mais importante festa religiosa e captar mais recursos para o município.  

Já é tempo de se repensar o lado comercial do evento, pois a parte religiosa a igreja  sabe muito bem fazer.     Não é possível continuarmos  sem nenhum planejamento estratégico, voltado para melhorar o atendimento dos visitantes e na transformação da festa em fonte de renda para a nossa comunidade, investindo em  serviços, na produção de bens como artesanato, produtos naturais e na gastronomia. A criação de novos espaços para que possamos comercializar os nossos produtos se faz necessário. Uma nova dinâmica conceitual e visual poderá proporcionar um maior fluxo de pessoas e de arrecadação, complementado com uma boa dose de programação cultural.

Assim poderemos melhorar sensivelmente a qualidade dos nossos eventos, e colocar a nossa cidade na rota dos bons passeios e lugares agradáveis do nosso Estado. Leia mais: http://palavradobo.blogspot.com.br/2009/08/memoria.html 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ouça os candidatos

Ouça o que os candidatos a prefeito de Antonina tem a dizer:

ZÉ PAULO

MÔNICA

JOÃO DOMERO

JEFERSON FONSECA
http://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/candidatos/antonina/jeferson-fonseca/


Festa de novo


É muito bom viver em uma cidade que tem muitas festas, mas não é nada agradável quando os responsáveis não sabem impor limites e fazem do espaço público uma “privada”.
Vivemos em uma sociedade organizada e diversificada em seus costumes, crenças e valores e o poder público tem a obrigação de limitar o uso e a exploração dos locais considerados de uso comum – de todos.
Temos que impor limites de uso desses espaços, com segurança, higiene e principalmente informação à comunidade e aos visitantes. Proporcionar áreas para estacionamento e outras cositas mais. Já estou cansado de ser repetitivo e ninguém, até o momento - teve a capacidade de sentar com a comunidade para discutir uma ocupação mais racional e organizada para as nossas festas, enquanto não se planejar e construir um Centro de Eventos na cidade. Principalmente agora que nos tornamos Patrimônio Histórico Nacional.
E sarava!

sábado, 11 de agosto de 2012

LÁ NO POSTO IPIRANGA

Precisar de um serviço público em Antonina é padecer no paraíso.
Se o serviço for municipal já é um enorme sofrimento, parece que ninguém se responsabiliza por nada e repassam a tarefa para um outro quase sempre ausente e irresponsável. Agora se o serviço público for de âmbito estadual ou federal, estamos lascados, temos que se deslocar a Paranaguá.

Acabo de adquirir um novo veículo e retornando a residir aqui na terrinha, resolvi emplaca-lo na cidade. Ontem fui até o posto do Detran local, situado em umas das dependências da prefeitura, mas encontrei-o com as portas fechadas.
Um servidor por mim indagado me informou que o único funcionário do Detran está em férias e o posto não abrirá. Repassou-me um número de telefone do responsável para que eu pudesse fazer um contato e assim procedi, que de imediato confirmou seu estado de licença merecida.
E daí eu com isso? Me indaguei enraivecido pela situação, pois muito bem poderia ter saído da concessionária com o carro emplacado em Curitiba, mas minha consciência cidadão foi maior e resolvi deixar para aqui fazer. Mas como?
O funcionário em férias ainda foi gentil informando sobre a documentação que deverei encaminhar pessoalmente ao Detran de Paranaguá.
Então lembrei daquela propagandapor sinal muito criativa – do Posto Ipiranga, onde um caminhoneiro pede informações e o informante somente responde: ...lá no Posto Ipiranga!
Aqui é meio parecido.
Se você precisar de um documento do Ministério do Trabalho, é lá no Posto Ipiranga, digo, é lá em Paranaguá. Um exame de vista para carteira de motorista: é lá em Paranaguá.
Tirar um Passaporte é lá em Paranaguá. Guias e certidões do INSS é... lá em Paranaguá.
Resolver problemas com a Receita Federal é em Paranaguá. E por aí afora.
Pior mesmo é o estado letárgico dos nossos políticos que deveriam reivindicar junto às autoridades competentes o retorno e a permanência destes serviços em nossa cidade, mas o que eles fazem mesmo é tirar vantagem eleitoral desta situação, prestando seus favores clientelistas para os menos favorecidos e lá vão eles...até Paranaguá.
Mas quem realmente perde com a situação? Primeiramente nos mortais cidadãos e depois o município que deixa de arrecadar impostos oriundos destes serviços. Fora outros benefícios indiretos.
Segunda-feira irei a Paranaguá tentar emplacar o carro de Antonina. Espero que também não tenha que pedir informações e ter como resposta: lá no Posto Ipiranga.
Porque aqui a gente só escuta: lá em Paranaguá. E tenho dito.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Greve nas Federais continua


DENÚNCIA DE ATO ANTISINDICAL: GOVERNO DILMA ENCENA UMA FARSA E SE NEGA A NEGOCIAR COM OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO.

A educação é central para o desenvolvimento humano de um país, contribuindo com o processo de desenvolvimento político-econômico, artístico-cultural, científico-tecnológico. Trata-se, portanto, de campo privilegiado de disputas por projetos de formação antagônicos: um que a transforma em mercadoria e objeto de lucro e outro que a defende como bem público e direito de todos.
Neste embate de projetos, dentre as estratégias de luta historicamente consagradas, o direito de greve dos trabalhadores representa um instrumento legítimo e necessário para fazer frente às tentativas de diferentes governos, ligado aos interesses do capital, em desrespeitar a educação pública de qualidade como um patrimônio da sociedade, reduzindo direito dos trabalhadores e impondo perdas de garantias sociais.
No Brasil, um dos campos desta disputa se expressa na lógica em que se assenta a expansão precarizada da educação pública, em especial no que se refere às Instituições Federais de Ensino. O projeto do governo Dilma, iniciado no governo Lula, de ampliação do número de vagas sem os meios necessários, somada a um processo orquestrado de desestruturação da carreira docente, levou os professores de 61 IFE a deflagrarem o maior movimento paredista da história do ANDES Sindicato Nacional.
Diante da força do movimento, o governo instalou a mesa de negociação com as entidades docentes. Contudo, o que parecia ser a expressão democrática da relação entre governo e professores, foi unilateralmente interrompido. O governo Dilma, sem atender as reivindicações da categoria, forjou um falso consenso, escolhendo uma entidade, o Proifes, criada e alimentada pela própria lógica política do governo, para assinar um simulacro de acordo que consubstancia um flagrante ato antisindical. Fere a autonomia sindical, na medida em que a única entidade signatária não tem legitimidade – sua posição foi derrotada nas Assembleias de base, inclusive nas IFE onde detém a direção do sindicato - para assinar o acordo, que não atende a melhoria da qualidade da educação, das condições de trabalho, nem valoriza a carreira docente, conforme consta da pauta do movimento em greve. Além disto, o conteúdo deste acordo representa um claro ataque à autonomia universitária e aprofunda ainda mais a desestruturação da carreira. Ao ser assinado com uma entidade sem mandato para tal, que ataca o direito de greve e negocia a revelia da categoria, configura um flagrante golpe aos princípios básicos da negociação e do respeito à organização sindical.
Diante disso, o CNG/ANDES-SN ao tempo em que reafirma sua defesa intransigente à democracia sindical, com respeito às decisões pela base, exige que as negociações sejam reabertas e conclama entidades e trabalhadores a repudiarem a forma como o governo, com ajuda de entidades como o Proifes, tem atacado o direito de greve.
A greve continua pela reabertura efetiva de negociações!
Fonte: ANDES-SN
Nota do Editor do Blog: Não costumo publicar matérias mais abrangentes e procuro centrar informações e opiniões sobre minha cidade. Mas acho e devo, como cidadão brasileiro, professor universitário e sindicalizado no Andes, repassar informações sobre o movimento.

VALE A PENA LER DE NOVO...BARRACAS COMO PARÂMETRO


Publicado em 10/08/2010 e no livro "Tenho Dito" 2012.

BARRACAS COMO PARÂMETRO


Um dos critérios de avaliação que a maioria dos festivos antoninenses se utiliza para dizer se a Festa de Agosto foi boa ou não é a quantidade de barracas instaladas pela cidade. Se estiver cheia de barracas – para eles – a festa foi boa.
Queiramos ou não, esse ainda é um dos instrumentos utilizados para que o inconsciente coletivo julgue a performance da festa.
Temos que reconhecer que o argumento tem um certo sentido. A montagem de barracas altera o cotidiano e dá um certo ar de movimento e mudança de comportamento. Ingredientes necessários para se criar um clima festivo.
Claro que tem que ter barracas se o objetivo da festa for também comercial, pois é através deste tipo de equipamento, que podemos vender e comprar as coisas dos nossos desejos.
De uma simples maçã do amor, até um automóvel.
Na maioria das cidades que conheço, quando a população faz suas festas, o lado comercial também é feito pela própria comunidade. Ela comemora, festeja e comercializa seus produtos. Ou seja, a movimentação de dinheiro permanece na cidade. A cidade ganha com sua festa... Todos ganham.
As barracas são exploradas pelas pessoas da comunidade, onde, além de terem um novo espaço para mostrar seus produtos, também poderão comercializá-los. Estranho não entra.
Em épocas anteriores já houve tentativa – não tão bem-sucedida de se liberar espaços em barracas para comerciantes locais. Mas, comprovadamente, parece que não temos o perfil de barraqueiro. E poucos aceitaram o desafio da mudança.
Acho que se faz necessário tentar novamente incutir na comunidade a necessidade de utilizar nossas festas como meio de geração de renda. Não é possível, em um município pobre, continuarmos perdendo dinheiro pelo ralo, quando podemos muito bem transformar nossos eventos em acontecimentos lucrativos para o município.
Precisamos planejar junto com a comunidade e principalmente com os segmentos organizados e transformar nossas festas em eventos altamente lucrativos para todos.
Repensar nossos eventos é ter um novo e criativo olhar sobre a cidade. Fazer disso uma festa. Com muita alegria e lucro.
Ou simplesmente, vamos continuar achando que é o número de barracas – dos outros que qualifica nossas festas.

 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

meus defeitos...


CIDADE EM ALERTA


Assalto à mão armada, assalto a banco, assalto a jovens e muita droga rolando a luz do dia, é a realidade que vivemos hoje em Antonina. Nossas autoridades fingem que não sabem de nada e o policiamento diminuto não dá conta em fazer um trabalho ostensivo e muito menos investigativo.
Nossa calma Antonina ficou no passado e nossa juventude está exposta às vontades e estratégias do tráfico.
No último final de semana, um jovem acompanhado de sua namorada foi surpreendido ao sair de um bailão, por dois assaltantes mascarados. Felizmente somente levaram seu celular.
Ontem, em pleno entardecer e bem no centro da cidade, a caixa de uma panificadora foi surpreendida por dois assaltantes, de arma em punho. Hoje uma agência bancária teve um de seus caixas automáticos arrombado.
É preciso fazer alguma coisa, antes que a população apele para o pior, se arme e passe a viver amedrontada, em nossa então “pacata” cidade. Socorro!

domingo, 5 de agosto de 2012

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS X


Foto da imagem original 1980 do
 Senhor Bom Jesus do Saivá
O roubo da imagem

Na calada da madrugada do dia vinte e nove de janeiro do ano de mil e novecentos e oitenta e quatro, foi roubada a imagem original do Senhor Bom Jesus do Saivá do altar de sua igreja em Antonina. A população católica e devota ao santo se sentiu consternada com a notícia e mais ainda ao constatar o vazio em seu altar.
Toda a polícia investigativa do Paraná, sob as orientações do antoninense o delegado Claus Luiz Berg, se colocou a campo para investigar e tentar recuperar tão importante ícone histórico e religioso.
Nesse período o vazio religioso tomou conta daquela comunidade, causando a necessidade de se mandar esculpir outra imagem, que pudesse preencher em partes a devoção contida por aquele símbolo.
O referido templo, por se tratar de um bem arquitetônico tombado e protegido por lei, coube a SEEC, através da Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, a condução dos trabalhos de recuperação da imagem original, chegando até a ponto de encomendar uma outra em substituição.
Na ocasião - funcionário daquela entidade, fui incumbido de contatar com um santeiro para encomendar tal importante tarefa. Portador de uma fotografia e de dados referente às características da imagem original, o santeiro Lafaete Rocha, da cidade da Lapa aceitou tal desafio, e em pouco mais de trinta dias me entregou a encomenda.

A imagem
A réplica encomendada não parecia nada com a original. Era algum centímetro maior e a madeira de cor escura e sem pintura, bem diferente da original - referencia imagética da comunidade. A encomenda foi feita visando as comemorações da festa no dia 06 de agosto daquele ano e não haveria tempo disponível para que o santeiro pudesse fazer uma outra imagem, mais próxima da original. Resolvemos então entregar a imagem à comunidade.
Feito um novo manto, e reconhecida pelo pároco, no dia 28 de julho do mesmo ano, a nova imagem foi recebida com festa em sua nova morada, a Igreja do Senhor Bom Jesus do Saivá de Antonina.
A alegria foi contagiante pelos devotos, mas não deixaram de comentar sobre suas diferenças: o novo santo era moreno e com pernas alongadas - bem diferente do original.
Motivos causadores de murmurinhos e insatisfações das mais diversas.
O Senhor Bom Jesus do Saivá - do santeiro lapeano Lafaete, passou a ocupar o nicho principal do altar de sua igreja e o povo católico o acolheu com fé e respeito.

A volta do original
Claus Luiz Berg*, nos conta que no dia 18 de julho de 1985, a imagem original foi recuperada pela Polícia Civil, na residência de um colecionador de raridades, na cidade de Carangola-MG. E logo após, no dia 28 de julho de 1985 - início das novenas em sua comemoração, retornou ao seu santuário.
Hoje as duas imagens permanecem na igreja. A original está guardada a sete chaves e a outra – do Lafaete – saúda os devotos em seu nicho e nas procissões comemorativas.

Eduardo Nascimento - 05 ago 12

* Berg, Claus Luiz. “Antonina a vovó do Paraná”, 2003, pág.55.



De quem é a culpa?

De um candidato a vereador no Jekiti:
"Pô me pediram até para pagar o IPVA do carro deles...ai já é demais".

No jogo democrático do toma-lá-dá-cá.