Cá entre nós

Que a vitória em 07 de outubro da candidatura do João Domero/Wilsinho mexeu com o brio de muita gente mexeu. Os perdedores tentam encontrar as mais diversas desculpas para justificar tamanha façanha. Enquanto no lado vitorioso aparecem apoiadores oportunistas tentando colher pra si tal mérito.

O que realmente aconteceu, nem um cientista político teria condições de prever, nem ao menos de justificar tamanha decisão eleitoral.

Mas, como não deixo de dar meus pitacos, uma semana antes das eleições divulguei um rascunho do possível resultado – e que ninguém acreditou – através de uma enquete, onde apareceu João em primeiro lugar.

Creio que a candidatura que nem mesmo nela acreditava. Sem projeto, sem partido forte e coligação, sem apoio parlamentar e de governos. Sem recursos humanos e financeiros e o pior sem nenhuma proposta para a cidade...aliás quase sem nada, começou a crescer - sem querer desrespeitar o méritos pessoais de João e Wilsinho - devido mais a desqualificação dos concorrentes, do que seus próprios méritos políticos.  O eleitor se sentiu um jogador em pacau-de-bico e por eliminação foi descartando: “essa não... esse também não. Esse nem pensar. E sobrou João como possibilidade de baixo risco. Tão é verdadeira que o próprio Canduca debandou pro lado dele e levou toda a desmilinguída corte”.

Agora após dez dias do referendo, acho que ainda não caiu a ficha na cabeça do prefeito eleito, de tal grandeza da tarefa que lhe espera.

Especulação

Mas o momento é de especulação, principalmente quando sabemos - e foi muito bem dito no palanque - que a candidatura não tinha nenhum projeto pronto para a cidade. Indício nada animador e preocupante, pois o que será feito em nossa cidade a partir de primeiro de janeiro de 2013 e por quem, ninguém sabe.

Sentimos que existe uma enorme vontade por parte dos eleitos em fazer alguma coisa. Mas há uma barreira enorme entre vontade e capacidade. Eis a questão.

Bem, sempre me reporte aos valores existentes em nossa cidade e comparo o momento com a euforia de um pequeno agricultor que aqui quer plantar frutas e recebeu centenas de mudas de mangueira. Que mangueira aqui cresce, da boa sombra e floresce, todos sabem. Mas não dá frutos. Conforme o ano e a temperatura, às vezes aparecem algumas minguadas mangas. Ótimo. No mínimo espero bela árvore e boa sombra. Se der frutos iremos sair no lucro.

Vamos aguardar o andar da carruagem até que as abóboras se ajeitem, para então traçar expectativas. Espero no mínimo que sejamos tratados com respeito e dignidade e que a Verdade prevaleça. Tenho dito.