A
ausência da candidatura Canduca a reeleição é algo que ainda não foi muito bem
digerida pelo eleitorado antoninense. “Pois nunca na história desta cidade”...
nenhum prefeito com sua garantida candidatura a reeleição, ficou sem partido
para concorrer.
Quem
acompanhou o andar desastroso da atual administração, já vislumbrava com um
resultado não muito satisfatório para o atual alcaide, mas jamais imaginaria
tão maquiavélico final.
Vamos
relembrar alguns momentos interessantes.
Nas primeiras ações em 2007, o então cidadão Canduca
filiado ao PPS, já andava namorando o pessoal do PT, partido do qual foi
convidado para se filiar e sair candidato. Mas, por se sentir em um terreno
alheio, preferiu se manter no seu curral onde teria garantido sua candidatura.
Estratégia “perfeita” conforme sua visão pessoal e personalista, confirmada com
a escolha de seu vice – também do PPS/chapa branca – em uma candidatura
majoritária coligada com outros tantos partidos: PT, PRTB, PcdoB...
Na
campanha de 2010, onde os interesses tomam corpos bem mais consistentes, o
prefeito não apoiou os candidatos de seu partido e fez campanha para “seus
adversários”.
O
namoro com o Partido dos Trabalhadores estava muito bem costurado, pois verbas
federais desciam a serra nas caronas dos deputados André Vargas e Ângelo
Vanhoni. Que viraram seus “padrinhos celestiais”. Pô... dois?
Por
outro lado, o PPS estadual saia à caça aos prefeitos traidores e nosso alcaide
encabeçava a extensa lista das cabeças a serem cortadas. Mas...no último
momento – um anjo parentesco deve ter aparecido – foi poupado e deixaram
o homem permanecer no trono.
Sua situação partidária ficou extremamente desagradável,
por um lado os companheiros traídos e por outro o prefeito traíra. Sua vontade
era mudar com tudo para o partidão PT, que abriu suas portas e o cofre para sua
administração, mas a legislação não permite mudança de partido, a não ser para
uma nova agremiação, no caso do PSD. E lá foi ele se filiar, levando boa parte
de seu estafe político, achando que estava garantindo mais uma vez seu espaço e
sua provável candidatura à reeleição.
Nas
ruas era notória a total desaprovação de sua administração, sendo no período
pré-eleitoral confirmada pelas demais pesquisas realizadas.
Suas
pretensões à reeleição começaram a desabar quando o PT local, da base de apoio,
decidiu se retirar do governo e ainda suspendeu de suas fileiras aqueles que
continuaram ocupando cargo na administração municipal. A surpresa foi tanta,
que nem os “padrinhos federais” aceitaram tal decisão, no primeiro
momento. Mas depois apoiaram.
No
andar da carruagem, já era perceptível sua indisposição a reeleição, pois
vários indícios apontavam para uma certeira derrota nas urnas, e seus aliados
aguardavam sua sinalização, mas, como é de seu feitio “empurrar tudo com a
barriga” , menosprezou o fator e no último momento se viu sozinho à frente
de um grupo articulado para alçar novos vôos. Claro sem ele como piloto.
Hoje
não é candidato e perambula pela cidade a procura das tais obras que pretende finalizar,
para deixar algum legado material.
Entre
traídos e traíras, estão os eleitores que em 2008 acreditaram que seria
possível mudar a maneira de governar nossa pequena cidade. Pois o então
candidato Canduca prometia uma administração comprometida com os interesses da
sociedade, tendo como sustentação à participação popular, através dos
conselhos. E considerados avanços nos mais diversos setores geradores de renda
e emprego. Como nada disso aconteceu, lhe restou somente o papel de principal protagonista
da ação.
Tenho
dito.