Sintonia é o
estado de dois sistemas suscetíveis de emitir e receber oscilações de
frequência. Nossa cidade emite várias frequências, uma delas é sua importância
histórica e seus presentes vestígios hoje reconhecidos – para poucos sintonizados
– pelo sistema oficial como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra é a
freqüência do abandono, mais ativada e utilizada pela maioria desacreditada da
população. Incorporada as suas convicções e de seus representantes e gestores.
Na contra mão da
melhor freqüência temos vivenciado todo o descaso dos últimos governantes, que
desconectados de todo e qualquer sistema que venha resultar em benefícios
pró-cidade, passam e acumulam problemas sociais. Mas montanhas de benesses
pessoais.
A falta de um
projeto-cidade somente poderá ser sintoma do diminuto grau de capacidade dos
nossos gestores ou simplesmente do mau-caratismo, em voga no mundo político
nacional nas últimas décadas.
Meritocracia,
sistema em que os mais dotados ou aptos são escolhidos e promovidos conforme
seus progressos e consecuções, faz parte somente do dicionário.
Na política o que
mais importa é fazer parte do bando de puxa-saquismo, dos acertos aviltantes,
da sacanagem e do comprometimento com o continuísmo ao descaso.
Nada muda.
Somente as moscas.
Triste é estar
conectado em outro sistema e pouco poder fazer para mudar a sintonia. Pior
ainda é perceber que a mudança somente será possível dentro de paradigmas raros
e quase inexistentes na outra face.
Mas, como nem
tudo está perdido, podemos deslumbrar algumas saídas conectivas para iniciar
pontuais mudanças, que deverão conter alguns ingredientes essenciais: vontade e
capacidade política; corpo técnico competente e efetiva participação popular.
Do contrário
iremos continuar fora do sistema, por mais quatro anos.
Tenho dito!
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