terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fora de sintonia


Sintonia é o estado de dois sistemas suscetíveis de emitir e receber oscilações de frequência. Nossa cidade emite várias frequências, uma delas é sua importância histórica e seus presentes vestígios hoje reconhecidos – para poucos sintonizados – pelo sistema oficial como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra é a freqüência do abandono, mais ativada e utilizada pela maioria desacreditada da população. Incorporada as suas convicções e de seus representantes e gestores.

Na contra mão da melhor freqüência temos vivenciado todo o descaso dos últimos governantes, que desconectados de todo e qualquer sistema que venha resultar em benefícios pró-cidade, passam e acumulam problemas sociais. Mas montanhas de benesses pessoais.
A falta de um projeto-cidade somente poderá ser sintoma do diminuto grau de capacidade dos nossos gestores ou simplesmente do mau-caratismo, em voga no mundo político nacional nas últimas décadas.
Meritocracia, sistema em que os mais dotados ou aptos são escolhidos e promovidos conforme seus progressos e consecuções, faz parte somente do dicionário.
Na política o que mais importa é fazer parte do bando de puxa-saquismo, dos acertos aviltantes, da sacanagem e do comprometimento com o continuísmo ao descaso.
Nada muda. Somente as moscas.
Triste é estar conectado em outro sistema e pouco poder fazer para mudar a sintonia. Pior ainda é perceber que a mudança somente será possível dentro de paradigmas raros e quase inexistentes na outra face.
Mas, como nem tudo está perdido, podemos deslumbrar algumas saídas conectivas para iniciar pontuais mudanças, que deverão conter alguns ingredientes essenciais: vontade e capacidade política; corpo técnico competente e efetiva participação popular.
Do contrário iremos continuar fora do sistema, por mais quatro anos.
Tenho dito!




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