domingo, 31 de março de 2013

Antonina...Ontem/Hoje


Armazém Macedo e Filho - Exportador - 1920
Ruína do Casarão 2013
Para os bloguistas ficarem curtindo...enquanto dei uma saída: Montevidéu.

sábado, 30 de março de 2013

Noventa dias...

Foto meramente ilustrativa

E a Antonina de Verdade?
Plano de Governo nenhum. Equipe que não se entende. Desvios de função. Pessoal sem preparo técnico e político. Prepotência em todos os escalões. Falta de metas e ações emergenciais. Centralização doentia. Agressões a funcionários. Ameaças à liberdade de expressão. Serviços públicos deficientes. Base parlamentar frágil. Apoio político partidário inconsistente.
Esses são alguns dos sintomas visíveis que a atual gestão municipal de Antonina, deixou vazar em seus primeiros noventa dias.
Participe da enquête ao lado e deixe sua opinião.
Em breve farei uma avaliação mais contextual do período. A vida continua...e a gente resiste!

quarta-feira, 27 de março de 2013

VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?

PARA ALGUNS ARROGANTES DE PLANTÃO...
 Só não assistam no horário de expediente.

AMEAÇAS, AMEAÇAS, E AMEAÇAS...

Blogueiro antoninense é ameaçado por comissionado da prefeitura:

Veja matéria: http://celsowistuba.blogspot.com.br/2013/03/ameacas-ameacas-e-ameacas.html#comment-form


Minha total solidariedade ao bloguista Celso Wistuba (Tutuca), em defesa da liberdade de expressão.

Marcada pela história

Vivemos em uma cidade marcada por sua história, que ainda pode - e com orgulho – compartilhar com a própria comunidade e seus visitantes boa parte daquilo que a fez importante.
Marcas poderão ser facilmente notadas, através de suas ruas estreitas com calçamento de pedra, seu casario colonial português restaurado, suas festas tradicionais religiosas ou pagãs e em sua tradicional gastronomia.
Apesar deste cheiro de história, muito ainda é preciso se resgatar, como a sua própria memória e identidade.
Seus últimos cinquenta anos foram marcados pelo descaso dos governantes em todas as instâncias. Boa parte de seus habitantes teve que procurar novos caminhos para encontrar seu sustento e desenvolvimento.
Antonina ficou as mínguas. Assistiu calada o fechamento do seu pequeno parque industrial, e mais de uma dezena de atracadouros foi lentamente desaparecendo, por conta de um governo golpista. “Em trinta anos tudo acabou”.
De lá pra cá tudo ficou muito mais difícil, sem produção e geração de renda, sem trabalho para seus moradores a cidade virou quase um dormitório e paraíso dos aposentados, a espera dos filhos visitantes de finais de semana.
Nossos governantes municipais, também foram contagiados com o ar de desânimo e abandono. Não souberam sequer traçar diretrizes desenvolvimentistas para seus governos. Tudo ficou na mesquinhez do não faço porque não vai da certo.
Hoje, a comunidade continua pagando um preço alto, pois ainda não dispõe sequer de bons serviços essenciais de educação e saúde e nenhuma expectativa confiável de geração de renda e emprego.
É difícil, mas dá até para afirmar, que por aqui nada funciona 100%, principalmente quando os serviços são públicos.
Mas o inadmissível mesmo é a falta de informação da nossa própria história. Se você perguntar a data da fundação da cidade, ou nosso hino oficial, muitos irão balbuciar e dificilmente irão responder com precisão.
Certos marcos históricos da cidade, por pura desinformação passam despercebidos não somente pela população, como também por pessoas que deveriam zelar, recuperar e divulgar tal importância. As tais “autoridades constituídas”. Que em sua maioria nem sabe o que e como fazer.
Ser produto deste núcleo de desinformação e descaso é quase que viver no limbo e achar que está no paraíso. Pura ilusão.
Mas o que fazer se tudo tende a prosseguir? Indagam alguns conscientes esperançosos.

Novos protagonistas e os mesmos coadjuvantes procuram dar um novo ar ao velho palco, gasto pelo tempo. Rotas indumentárias e textos decorados e envelhecidos. Merda!
Que se faça, se resgate e se mude. Não mais aguentamos a fala de sempre: “não temos recursos!” Melhor seria ouvir: “não sabemos fazer!”.

Como exemplo do descaso com nossa história, mostro um conjunto de fotos referentes ao marco da construção da Estrada da Graciosa (1873). Antes tínhamos um portal, que em nome do desenvolvimento foi demolido em 1967. No mesmo local foi construído um mural contendo duas placas comemorativas. O referido mural está totalmente abandonado, poucas pessoas sabem do que se trata, nem mesmo nossos estudantes. E no final do ano passado o pessoal da prefeitura abriu uma enorme fenda, na justificativa de dar maior evasão para as águas da chuva. Esperamos que a atual administração dê o verdadeiro valor ao monumento e imediatamente o recupere.
  

Portal da Graciosa 1959
Mural da Graciosa 2010
Mural da Graciosa 27.03.2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

APÓS NOVENTA DIAS...


Publicado em 31/03/2009 e no livro "Tenho Dito" 2012

APÓS NOVENTA DIAS, MORIBUNDA CONTINUA VIVA

 

era de se esperar. Passados noventa dias, a atual equipe responsável em salvar a moribunda do estado em que se encontra há mais de trinta anos não conseguiu, até o momento, visíveis melhorias. Os familiares mais chegados e confiantes já começam a se preocupar.
“O quadro apresentado é pior do que se pensava”, argumenta o chefe da equipe, após análise criteriosa do prontuário e do resultado obtido através de ressonância magnética. Foram constatados problemas principalmente de acefalia, somados ainda à prisão de ventre, infecção nos artérias, artrites, pressão alta, diabetes e um alto grau de hemorroidas, doença altamente hereditária. Não há sinal do fígado no exame e a polícia foi avisada, pois há indícios de tráfico de órgãos.
O coração ainda bate, mais ainda funciona devido à medicação contínua de “esperançadina” fornecida pelos familiares, de quatro em quatro anos.
A aparência da paciente não é das melhores, pois espanta todo o visitante mal avisado, coisa que não parece preocupar a maioria de seus familiares, que já se acostumou com aquela condição. Também é de lamentar o estado de locomoção. Infelizmente consegue apenas fazer suas necessidades fisiológicas e retorna para seus aposentos. Passos para frente somente serão possíveis com ajuda de pessoal especializado e após muita terapia e vontade compartilhada: paciente, corpo clínico e familiares.
Até a equipe nomeada para dar uma maquiagem e deixar a paciente em melhores condições ainda não conseguiu êxito. Uma hora falta pigmento, outra falta água... E o mais desanimador é que até os encarregados fazem corpo mole e dizem que não trabalham se não receberem horas extras.
Após este breve diagnóstico, os familiares já começaram a se reunir e vão dar mais um prazo para a atual equipe clínica tentar tirar a moribunda da UTI (Unidade de Tentativa Inútil) e fazer com que a paciente, lentamente, possa achar seu caminho de recuperação, voltar a andar e conviver com seus familiares.
Apesar do seu estado calamitoso, é bom ressaltar que a paciente ainda continua VIVA.
VIVA a paciente.

P.S. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Em VALE A PENA LER DE NOVO!



quarta-feira, 20 de março de 2013

Memória Fotográfica

Construção do Trapiche Municipal - 1920
Imagem restaurada
Autor desconhecido


podem copiar a vontade!

SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO...Vale a pena ler de novo


Publicado em 10/09/2006 e no livro "Tenho Dito"
SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO

O que a gente percebe é que as “coisas” continuam como antes. Tudo abandonado.
Durante os finais de semana, não se encontra sequer um Secretário Municipal andando pelas nossas ruas. O prefeito nem pensar. Com isso, o “cheiro” de abandono do centro da cidade – e dos bairros também – fica muito visível. Calçadas esburacadas, luminárias quebradas, placas de sinalização amassadas, bancos das praças pichados, cavaletes jogados em qualquer canto... etc... etc... etc.
Nesta última sexta-feira – que não deveria ser folga para os nossos servidores públicos, pois aqui não foi feriado – presenciei uma “bela” cena, própria de uma cidade desgovernada.
Na praça da Feira-Mar, lá pelas 11h da manhã, estacionada bem ao lado da Lanchonete do Djalma (Dna. Nica), um moto-home com placa de Irati arma sua tenda para a calçada da praça, descarrega seus equipamentos de piquenique, mesas, cadeiras, duas churrasqueiras e até chopeira e faz daquele espaço sua área de lazer. “Uma maravilha!”.
Pergunto-me: e pode? É claro que não. Existem áreas apropriadas para a instalação deste tipo de equipamento. Os protagonistas e proprietários do tal moto-home, se ao menos soubessem o que seria respeito, jamais iriam usar aquele espaço para o seu lazer. Mas pergunto novamente. A quem recorrer? À polícia? À Secretaria de Turismo da cidade? Ou novamente me expor e tentar argumentar aos “nobres” visitantes que, por favor, levantem sua “barraca” e se mandem? Confesso que já fiz isso milhares de vezes, mas cansei. E assim ficou. Todos os que presenciaram aquela cena ficaram indignados, mas também ignoraram qualquer reação. Confesso que me senti omisso, pois a vontade que tive era de expulsá-los dali. Pergunto novamente. Onde estão nossas autoridades? De quem é a função de fazer se cumprir a Lei Orgânica do município, ou é caso de polícia? Para um policial atuar deve também estar monitorado de autorização e conhecimento. Quem deveria autorizar? É triste. Espero que haja uma reação das autoridades e que cumpram pelas funções que são pagas. Ou teremos que começar a fazer justiça com nossas próprias mãos. É uma lástima... E por aí afora.

segunda-feira, 18 de março de 2013

IPTU 2013


Todo começo de ano vou até a prefeitura para pegar o carnê do IPTU. Hoje lembrei que estamos em março e fui até lá. No guichê da tributação fui atendido e me causou surpresa que o primeiro vencimento, para quem paga à vista com desconto de 10% já havia vencido na última sexta-feira, 15. Como “reles” mortal e pagador de tributos de toda natureza não fiquei sabendo do prazo para quitação do IPTU Antoninense, creio que nem a maioria da comunidade e principalmente aquela pequena parcela que paga – somos apenas 25% dos proprietários legalmente registrados que pagam o tal imposto -  era sabedora dos prazos. Não faz tanto tempo que a prefeitura entregava os carnê em casa, facilitando assim a vida dos contribuintes. Uma pergunta: será que não tem pessoal disponível para fazer tal tarefa? A atendente me falou que a Secretaria de Comunicação havia anunciado nas emissoras de radio local. Mas cá entre nós, qual é o percentual de moradores que ouve nossas rádios? 10%...20%?????
Bem, outra coisa que questiono todos os anos é porque continuo pagando tal imposto, se os serviços mínimos municipais quando são realizados não satisfazem nossas necessidades?
A coleta de lixo não é mais diária, a capinação é precária e as calçadas não são conservadas. Quanto aos outros serviços, como iluminação pública e abastecimento de água, são outras taxas que também pagamos em separado.
Mas, para que possamos cobrar os tais serviços, também temos que em primeiro cumprir com os nossos deveres de cidadão pagando os tais impostos.
Vou quitar antes do próximo vencimento, para que eu possa continuar cobrando atitudes que venham melhorar as condições da cidade. E tenho dito!

Em tempo
Outra coisa que já era para ter sido proposto e aprovado pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, é a isenção de IPTU para as propriedades residenciais do setor histórico, após o tombamento da cidade pelo Iphan. Este gesto seria um incentivo fiscal para aqueles proprietários que preservam seus imóveis. Ainda se faz necessário, vamos lá vereadores.

Memória fotográfica

Antonina Antiga, Rua XV de Novembro em três momentos,
Década de 20 (1920).





sexta-feira, 15 de março de 2013

Urubus

Perguntaram-me como era voltar a morar em Antonina? Pensei...pensei e respondi:
“ Pescar um bagrinho por dia até que é fácil, difícil mesmo é aguentar os urubus”.



terça-feira, 12 de março de 2013

Velha Morada


Velha Morada

Uma velha e histórica residência é colocada a venda através de leilão. Vários pretendentes manifestam suas intenções em adquiri-la, pois sua maioria se diz apaixonada por ela e garante sua 
restauração caso a transação venha a ser concretizada.
A situação do referido imóvel não é dos mais animadores. Por se tratar de uma construção 
antiga irá precisar de uma reforma quase que total.
Sua fachada foi descaracterizada devido à falta de interesse de seus últimos proprietários e das intempéries. Chove muito dentro, precisando urgentemente de uma reforma na estrutura do seu telhado. A área apesar de protegida se encontra com muito lixo e o mato toma conta de tudo.
Anos atrás, devido as fortes chuvas na região aconteceram alguns alagamentos e deslizamentos de terra, afetando consideravelmente a propriedade.
Seus centenários jardins também precisam de reformas, pois seu último proprietário em um ato de pura ignorância, mandou cortar dezenas de árvores.
Apesar de antiga, há instalações elétricas e hidráulicas, mas quase sempre são interrompidas quando ameaçadas por simples manifestações da natureza. Também não está ligada a rede de tratamento de esgoto, utiliza fossas que são despejadas diretamente ao mar.

No dia do leilão, o menos pretensioso dá um lance inesperado e adquire o imóvel.
Dia seguinte ninguém acredita tal façanha, nem mesmo o pretendente comprador, que dali em diante vai ter que mostrar a seus familiares e amigos, o por que desta tão aguerrida empreitada.
Mais de sessenta dias se passaram entre o dia do leilão e a verdadeira entrega da chave da morada, devido aos procedimentos legais de transferência e registro do imóvel.
Familiares e amigos como também vizinhos do local estão esperançosos e atentos para a entrega da documentação e das chaves do referido imóvel para o novo proprietário. E acreditam que, considerando tal disposição na disputa do processo, tenha aproveitado os dias subseqüentes ao leilão, para contratar equipe competente e planejar ações prioritárias para no mínimo melhorar seu aspecto de limpeza e conservação.
No dia primeiro de janeiro lhe foi entregue as chaves da propriedade, onde junto com seus amigos e familiares puderam tomar posse do referido e histórico imóvel.
Muitos dias já se passaram e o que mais a comunidade vem notando, é um entra e sai de pessoas. Mas até o momento não deu para notar nenhuma melhora daquela velha e histórica residência.
Houve-se que o atual proprietário tem reclamado muito dos antigos empregados, que eram os responsáveis pela manutenção do imóvel. E no lugar de um bom diálogo e um convite para que eles possam participar da sua recuperação, o que se percebe é uma ação de “caça as bruxas”.
Pela importância histórica da velha morada, muitos são os interessados em deslumbrar com as ações prometidas e verdadeiras para a sua reforma. O que não dá para ouvir, são as desculpas vãs
que alegam impossibilidades das mais adversas.
Quem adquire uma velha moradia, precisa saber tudo aquilo que será necessário para recupera-la.
Ou será que o tal novo proprietário não sabia?

Em tempo de Conclave...

 ANJOS E DEMÔNIOS. 
Para quem ainda não assistiu, vale a pena conferir e rever seus conceitos. 
Em qualquer locadora de vídeo.

Dois anos de espera castigam o Litoral

Das 88 casas em construção em Antonina, 18 estão em fase de conclusão. A previsão é de que todas estejam prontas até julho

Gazeta do Povo - Publicado em 11/03/2013 | KATIA BREMBATTI

Famílias continuam em abrigos nas cidades atingidas pela enchente. A maioria das casas não está pronta e pontes não foram reconstruídas
Podiam ser cicatrizes, mas ainda são feridas abertas. Pas­­sados dois anos da tragédia que fez água e lama invadirem casas no Litoral do Paraná, as marcas da enxurrada ainda afetam a vida de muita gente. Apesar dos R$ 24 milhões já investidos, famílias continuam em abrigos e pontes não foram refeitas. Moradores de Antonina, Morretes, Paranaguá e Gua­­ratuba aprenderam a conviver com as consequências da grande enchente.
Para quem vivia em um amplo sobrado de mais 100­­ metros quadrados, em An­­tonina, a família do garçom Magno Azevedo se vê apertada em uma casa de dois quartos, dividida com outra família. A chuva continua sendo um pesadelo. A cada pancada, a água escorre por paredes, focos de luz e janelas.
           
Prevenção
Após enchente, estudos foram feitos para evitar nova tragédia na região
O deslizamento de morros e o desmoronamento de casas mataram quatro pessoas no Litoral paranaense em 11 de março de 2011. As cidades de Morretes, Antonina, Paranaguá e Guaratuba foram atingidas. Depois do desastre, foram feitos estudos sobre áreas de risco e levantamentos para indicar áreas preferenciais de atuação em caso de emergência, como ruas que mais alagam e morros mais suscetíveis.
Após a enchente, o número de estações pluviométricas – que monitoram o volume das chuvas – aumentou de 14 para 20. Além disso, duas comunidades receberam treinamento de evacuação. Estudos sobre a viabilidade da ocupação na comunidade rural de Floresta também foram feitos, mas o governo estadual ainda não tomou uma decisão final sobre a situação. Pelo menos 78 famílias manifestaram a vontade de continuar na área rural.
Escola
Recentemente, a Gazeta do Povo mostrou a situação de estudantes que, sem transporte escolar por causa da falta de pontes, precisam caminhar sete quilômetros – atravessando pequenos córregos – para chegar à escola em Paranaguá.
Adaptação
Confira a história de algumas pessoas que ainda vivem as consequências da enchente:
Floresta
O agricultor Nagib Capeta não pretende sair do distrito de Floresta, em Morretes. “Estão dando a Floresta como desativada. Estamos sem direito de fazer empréstimo em banco”, conta. Ele diz que a saída para o asfalto enche em dias de chuva e que a dragagem feita no rio foi insuficiente. “Tiraram a areia e jogaram para cima do barranco. Quando chove, volta tudo”, resume.
Morro Inglês
A professora Liliane Celestino Andreoli é moradora de Morro Inglês, em Paranaguá. “Onde eu moro não existe ponte. Em dia de chuva não dá para passar”, afirma. Nos outros dias, as pessoas precisam passar por um curso d’água. “A gente vai se adaptando. É um lugar que a gente gosta. A minha família vive aqui há mais de 100 anos.”

Antonina
O servidor público Gilberto Cardoso, 36 anos, continua morando com a família em um abrigo improvisado em Antonina. “Graças a Deus, não perdemos ninguém na enchente”, conforma-se. Quando foi morar na casa de três cômodos, que é dividida com outra família, não imaginou que ainda estaria ali dois anos depois. “Aqui eu não posso mexer em nada. A casa não é minha”, comenta.

Dinheiro 
R$ 43,3 milhões foram destinados pelos governos federal (R$ 21,2 mi) e estadual (R$ 22,1 mi) para a recuperação do Litoral paranaense. Confira como o montante é usado:
Obras concluídas
• Recuperação das rodovias PR-340 e PR-408: R$ 17,5 milhões
• Estabilização de taludes: R$ 1,7 milhão
• Reforma de abrigos temporários: R$ 97 mil
• Reforma nas redes de água, esgoto e energia: R$ 510 mil
• Terraplanagem e drenagem em Paranaguá: R$ 1,4 milhão
• Recuperação, limpeza e canalização de rios: R$ 2,7 milhões
Em execução
• Construção de 223 casas: R$ 9,3 milhões
Em fase de licitação
• Construção de 19 pontes: R$ 10 milhões


segunda-feira, 11 de março de 2013

O 11 DE MARÇO


Publicado em 11/04/2011 e no livro "Tenho Dito" 2012.
O 11 DE MARÇO
O dia 11 de março de 2011 será marcado pelos episódios naturais ocorridos em nossa cidade. A bela “deitada-à-beira-do-mar”, como dizia o poeta, acordou assustada com as notícias nunca divulgadas de enchentes e deslizamentos de morros em seu ventre e entorno, causados pela quantidade de chuva torrencial que se abatia.
No dia anterior, a natureza já havia traçado um desenho do que estava para acontecer, quando começou chover em quantidade e volume nunca vistos, descendo dos morros, alagando os pontos mais baixos e dando o primeiro indício com o deslizamento no Morro do Bom Brinquedo, no coração da cidade.
Mas foi na noite do dia 10, quinta-feira, e amanhecer do dia 11, sexta, que presenciamos o maior volume de chuva aqui registrado.
A quantidade e a força da água foram tão intensas que os telhados das casas indicavam que todos iriam desabar. As centenárias telhas de algumas casas históricas não resistiam a tal quantidade de água e gotejavam por inteiro, causando pânico aos moradores. As luzes se apagaram, os telefones ficaram mudos e o abastecimento de água potável foi interrompido.
Mas foi em torno das 14h que começamos a perceber a verdadeira consequência das intensas chuvas, quando aconteceram os deslizamentos no bairro das Laranjeiras. Dois morros no seu entorno não suportaram tanta água, deslizaram e levaram árvores, pedras e lama, soterrando grande parte das moradias e fazendo uma vítima fatal. Em outras localidades também aconteciam deslizamentos, como na Graciosa de Cima, no Bairro da Caixa D’Água, Buraco da Onça e no km 4. Somente não houve mais vítimas fatais nos soterramentos devido ao trabalho dos policiais do Corpo de Bombeiros, que, aos primeiros sinais, retiraram os moradores. As ruas centrais se transformaram em verdadeiros rios e todas as casas abaixo do nível das ruas foram tomadas pelas águas. Bairros inteiros foram alagados.
Fomos todos vítimas, independente de grau de perda. A noite foi longa, mais ainda para os desabrigados que perderam tudo e para centenas de desalojados que foram acolhidos em igrejas e escolas municipais. O momento era indescritível de pura tristeza, choro, pânico e desalento. Ninguém acreditava que tudo aquilo estava acontecendo conosco, pois estávamos acostumados a ver este tipo de cenário somente pela televisão. Em outras comunidades.
As autoridades constituídas começaram imediatamente suas tarefas de abrigar as pessoas, cadastrá-las e coletar doações para minimizar o sofrimento. A Defesa Civil fez sua parte e a maioria da comunidade não mediu esforços para ajudar. Um enorme mutirão aconteceu. Parecia que estávamos em guerra. Som de helicóptero tangia nosso amargo silêncio e dezenas de veículos cruzavam nosso olhar, carregando móveis, mantimentos e distribuindo água potável para a população. Autoridades de todos os escalões nos visitaram e viramos noticiário nacional.
O dia 11 de março das tão cantadas chuvas nos pegou de maneira diferente, de surpresa, sem estarmos preparados, apesar de “termos consciência” da natureza do nosso hábitat e da fragilidade do nosso solo. A natureza reagiu e mandou seu recado. Espero que tenhamos ouvido, visto e refletido para agirmos com mais sabedoria e respeito. Nossa cidade não é mais a mesma depois do dia 11 de março de 2011.

 

quinta-feira, 7 de março de 2013

A chuva cai


A chuva forte cai no telhado
Na rua caminha pela calçada
Em direção ao mar

As centenárias telhas
Já não aguentam tão forte pancada
De dentro configuram
Imagens imagináveis e sonoras

Não somente os sons da chuva
Mas das batidas nas platibandas
Calhas, janelas e portais.

A chuva cai lá fora.

Amanhã vai ter sol...
Novamente.

Eduardo Nascimento
04 mar 2010

segunda-feira, 4 de março de 2013

Valores invertidos

Publicado em 12/12/2011 e no Livro "Tenho Dito" 2012
VALORES INVERTIDOS
É difícil conviver em uma sociedade quando um cidadão – consciente de seus direitos –tenta defender a vida, a natureza ou a sua própria história e recorre às instituições públicas, tais como Ministério Público, IAP – Instituto Ambiental do Paraná ou até mesmo ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –, órgãos fiscalizadores, no sentido de alertar abusos ou crimes cometidos por algum cidadão ou entidade governamental da cidade. Infelizmente o cidadão é rifado pelos “safados de plantão” e de mocinho passa a ser tratado como bandido. “Bom mesmo” é quem se apropria de recursos públicos, digo, rouba e vira “doutor”, empreendedor e até é convidado para se tornar assessor no “Ministério da Hipocrisia e da Mediocridade”.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Memória Fotográfica

Antonina...Beira-Mar 1978
Ruínas do Posto de Puericultura Condessa Mariangela Matarazzo (foto de 2006)

Dicas de cinema

 Assisti ontem. Fantástico! A jovem atriz Quvenzhané Wallis foi indicada para o Oscar de Melhor Atriz...mas não ganhou a estatueta. Mais um motivo para ver sua impecável atuação. A história é de uma menina de seis anos que vive com o pai as margens de um rio em uma comunidade pobre. Um dia seu pai descobre que está muito doente e começa a ensinar a filha como sobreviver em sua ausência.
Nos cinemas mais próximos!