Ontem a cidade festejou seu aniversário, considerando
o 6 de novembro de 1797 quando deixou de ser somente uma comunidade
religiosa e se tornou politicamente Vila Antonina, que depois virou cidade. Ao
completar seus 216 anos de autonomia política, ouvimos e acompanhamos algumas
postagens nas redes sociais – e até no palanque oficial - que de fundação
completamos 299 anos e ano que vem comemoraríamos nossos 300 anos.
Como um modesto cidadão – pois não sou historiador –
tenho lido nos alfarrábios escritos pelo historiador Ermelino de Leão*, que o 12
de setembro de 1714 se refere à
data da autorização para construção da capela de Nossa Senhora do Pilar, pelo
então bispo de Rio de Janeiro, D.Francisco de São Jerônimo. Em terras doadas
por Valle Porto, que aqui se estabeleceu por volta de 1712.
É bom deixar bem claro que oficialmente nossa cidade não tem
data de fundação e nem mesmo hino oficial. Temos datas e hinos para todos
aqueles que a quiserem mais velha ou mais nova. Mas nenhum gestor teve a
capacidade cognitiva de promover e oficializar tal e importante lei.
Na então gestão do prefeito Canduca foi nomeada comissão
para discutir e propor a data de fundação e o hino oficial, e dentro do prazo
estabelecido foram concluídos os trabalhos e emitido os pareceres. Mas sua
displicência e descaso – marcas da gestão – foram mais eficientes e nada
foi encaminhado para que realmente possamos comemorar com conhecimento, uma
data que tanto proclamamos...E “não temos”.
12 de setembro de
1714 – início da construção da igreja
6 de novembro de
1797 – elevação a Villa Antonina (fundação).
E Tenho Dito!
* Leão, Ermelino Agostinho de. Homens e Fatos de
Antonina. 1918.
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