terça-feira, 8 de setembro de 2015

A LÍNGUA BENDITA – Histórias e Estórias XXIV

A LÍNGUA BENDITA

Em março de 1995 um grupo de frequentadores do “velho Jekiti” resolveu tornar as manhãs dos sábados mais agradáveis, então instituíram a “Língua Bendita”, tendo como sede o Óbitos Bar, do casal amigo Irene/Chiquinho.
Todos os sábados, os então Cavalheiros da Língua Bendita se reuniam para comentar as últimas notícias e fofocas do mundinho politiqueiro da cidade, ler e definir a pauta do Boletim Informativo, o Veneno, que era esperado ansiosamente pelo pequeno e seleto grupo.

O Veneno numero zero.

O tal “Veneno” em seu número zero, de 05 de março de 1995, traz a seguinte matéria:
Depois do cheiro insuportável do carnaval, estamos lançando algo mais no ar antoninense, O VENENO. Aqui, os cavalheiros da Língua Bendita – instituição aberta ao exercício da democracia, que dentro de poucos dias estará se instalando em sua venerável sede, no Óbitos Bar – encontrarão um espaço para registrar as suas venenosas fofocas e desastrosas previsões sobre nossos políticos e personalidades. Mas não se preocupe. Se você não tem o rabo preso e não anda fazendo cagada com o dinheiro público, pode ficar tranquilo, a Língua vai te tratar muito bem, e desde já você está convidado à participar das inúmeras reuniões que se realizam aos sábados e domingos, das 10 às 12 horas. Um baita espaço para desintoxicar o fígado e falar da vida alheia, depois de uma semana de muito trabalho.”


Como tudo na cidade tem vida curta – a não ser a cara de abandono - principalmente quando se trata de espaço de idéias e falação. A tal e até prestigiada “Língua Bendita” não deixou de seguir a regra. Por se tratar de local público, o comerciante do local começou a receber “recadinhos” do alcaide de plantão, prefeito Pereirinha, por ter dado guarida aos então senhores “cavalheiros”.
O último registro do “Veneno” é de 13 de maio do mesmo ano, ou seja, a idéia nem sequer criou corpo e imediatamente foi descartada.
Algumas “picadinhas” do ultimo informativo: “A Língua recebeu cópia de informação do ex-prefeito Leopoldino, sobre as portas do Theatro Municipal. Justifica, mas não convence mandar construir uma porta somente para enfeite...”. “Os frequentadores da Língua foram batizados com a denominação de Linguados...”. “Ônibus de turismo, vem para Antonina para guspir e vai almoçar em Morretes...”. “Irene quando sai de casa para abrir o Óbitos Bar, Chiquinho acorda e diz pra ela não abrir a boca durante a reunião da Língua”.

Foram considerados sócios fundadores da “Língua Bendita”: Joca, Cleon, Celso Vieira, Chiquinho, Eduardo Bó, Savarin, Benito Montalto, Sabico, Marinho, Edgard Peixe Frito, Maneco e Zezinho Camões.



Mais um pequeno registro sem a mínima importância para o nosso mundinho.
E Tenho Dito.

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