sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Vote em Eduardo Bó ....Histórias e Estórias XXV

Vote em Eduardo Bó ....Histórias e Estórias XXV

No ano de 1996 me candidatei a prefeito municipal de Antonina, pela legenda do Partido dos Trabalhadores. O desafio em experimentar tal processo, fazia parte natural do nosso comportamento como cidadão e militante da cidade.
Desde menino, sempre fizemos parte de “grupos políticos”, ligados a instituições sociais, estudantis e até religiosa. Sempre lidamos com pessoas, chegando até a fazer parte de uma Chapa estudantil pretendente ao Grêmio Estudantil Romildo Pereira, no antigo Ginásio Estadual Vale Porto, isso lá pelos anos de 1966, início do Regime Militar. A chapa encabeçada pelo jovem Juarez Tosi não saiu vitoriosa.

Processo natural
Apesar de nunca ter mudado de domicílio eleitoral na “velha capela” – algo enraizado nos antoninense - e já estar estabelecido profissionalmente, pois exercia o magistério superior na Universidade Federal do Paraná, onde pudemos – junto há um grupo de sonhadores – realizar algumas conquistas, tais como o Festival de Inverno da UFPR realizado em Antonina em 1991. E após ter recebido várias homenagens, por parte da comunidade e dos Poderes Constituídos, sentimos preparados para um novo desafio: candidatura a prefeito da cidade.

Processo partidário
Filiado ao Partidos dos Trabalhadores desde 1992, enfrentamos todas as dificuldades, brigas e intrigas internas até finalmente ter homologado a candidatura em maio de 1996. Inicialmente os correligionários mais antigos não viam a candidatura com “bons olhos” e queriam novamente se coligar com outro partido, sem candidatura própria.Mas conseguimos apoio da maioria e fomos vitoriosos nessa etapa.

A campanha
Nos apresentamos como uma nova opção, sem os mesmos vícios tradicionais. Abominamos o clientelismo e o assistencialismo encravados pelos velhos hábitos eleitoreiros. Apresentamos uma chapa de candidatos de vereadores em sintonia com a chapa majoritária, ao Programa de Governo e do partido.
Durante o processo de maturação da candidatura, realizamos diversas reuniões com as comunidades organizadas e dos bairros. Elementos que nos subsidiou para a elaboração do primeiro Plano de Gestão, até então proposto por uma candidatura.
Com gastos financeiros totalmente limitados, apelamos para a criatividade dos amigos contribuintes: um emprestou a casa para o comitê, outro fez as fotos e a comunicação visual. Alguém confeccionou as camisetas e outro imprimiu a imagem. A amiga maestrina me presenteou com um jingle. Emprestaram-me carros, equipamentos de som. Doaram-me combustível...E até dinheiro, tudo dentro da legislação prevista.
Realizamos mais de vinte e cinco comícios pelos bairros da cidade, durante os noventa dias de campanha.

“Por amor a Antonina vote em Eduardo Bó”

Pela primeira vez na história política recente, participamos da realização de um debate no Theatro Municipal. Momento impar em que fomos bem avaliados.
Apesar de termos uma estrutura limitada, mas racionalmente funcional - pois tudo que se fez necessário para o momento não deixou de ser realizado - montamos uma equipe de frente, com coordenador de campanha, tesoureiro, coordenador de infra-estrutura, comícios, divulgação, psicóloga, fiscais, fotógrafo, motoristas e até fogueteiro.

Foram os seguintes candidatos a vereador: Darci do Rosário, Gibe Araponga, Gláucia Guanandi, Ilizionel, Lorena Dias, Luis Hamilton, Mario Nunes, Mario Galinha, Matheus Pinheiro, Nelson do PT, Newton Cavalo Branco e Onides Xerife.
Candidato a prefeito: Eduardo Bó e vice Maneco Camargo.

Participaram do pleito os seguintes candidatos: Eduardo Bó, Maneco Gomes, Mônica Peluso, Wilson Clio, Ítalo Tanaka, Rubens Camargo e Prof. Zezo. 

O resultado
Como a teoria não nos deixa mentir, que tudo que é novo e diferente inicialmente não é acolhido pela comunidade. O resultado de uma candidatura de cara e proposta nova, não foi aceita pela maioria, e conseguimos conquistar apenas 5% do eleitorado, totalizando 575 votos. E viva a democracia, onde nos é permitido sonhar. Expor nossas idéias e convicções para que cada cidadão possa se manifestar nas urnas.
E tenho dito!



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