quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Planejamento Zero...Vale a pena ler de novo?!?!?!

Imagem meramente ilustrativa

Publicado em 08/12/2011

PLANEJAMENTO ZERO

 

Seja qual for o tipo de empreendimento, do menor estabelecimento comercial à maior empresa de qualquer ramo, o planejamento financeiro é o alicerce de quem realmente quer obter um bom resultado e, principalmente, sucesso no empreendimento.
Não sou do ramo, mas a vida me fez um aprendiz solitário, sendo que desde meus quinze anos de idade – como trabalhador menor e com carteira registrada – me ensinou a gastar menos do que recebia de salário.
Lembro muito bem que, sem nenhuma consciência administrativa, quando recebi meu primeiro salário mandei reformar a fachada da casa onde morava, substituindo as velhas e rotas janelas de madeira por “modernas” estruturas metálicas, comprometendo assim parte do meu pequeno salário por algum tempo.
A reforma da fachada da minha casa foi por mim estabelecida como prioridade. Estratégia para melhorar a aparência daquela moradia que acolhia minha modesta família.
De lá pra cá sempre apliquei esta pequena e infalível fórmula que me garantiu certa tranquilidade financeira, apesar das dificuldades de qualquer trabalhador assalariado.
Em uma empresa pública, as regras devem ser outras, mas acredito que o planejamento estratégico e a definição de prioridades devem ser as tarefas obrigatórias de cada administrador público. Não é possível apenas preencher velhas e viciadas planilhas financeiras e apresentá-las como orçamento de uma comunidade sem ao menos passar por uma análise altamente técnica, ousada e criteriosa.
O que notamos em nossa cidade é a ausência de planejamento estratégico, por parte da administração municipal. Tudo continua sendo feito na base de reajustes inflacionários, sem nenhum parecer técnico qualitativo, sem o estabelecimento de prioridades e – como bom sonhador que sou – nenhuma participação popular.
O planejamento faz parte da Secretaria de Obras e Planejamento, mas parece que por lá não tem ninguém capacitado para discutir com as demais áreas administrativas como dividir o “mísero” recurso arrecadado dos munícipes, priorizá-lo e aplicá-lo com transparência e sabedoria. Imagine que daria até para traçar estratégias para aumentar a arrecadação, desde que se investisse na geração de emprego e renda da população.
Os anos passam, os prefeitos se elegem e simplesmente pagam contas que não sabem do que e por que e continuamos sem saber para onde iremos.
Planejar é possível, mas precisa vontade política e capacidade administrativa.
Não entendo muito da coisa. Mas até o momento nunca precisei passar um “cheque sem fundo”. Tenho dito.

 

 

12/12/2011

VALORES INVERTIDOS


É difícil conviver em uma sociedade quando um cidadão – consciente de seus direitos –tenta defender a vida, a natureza ou a sua própria história e recorre às instituições públicas, tais como Ministério Público, IAP – Instituto Ambiental do Paraná ou até mesmo ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –, órgãos fiscalizadores, no sentido de alertar abusos ou crimes cometidos por algum cidadão ou entidade governamental da cidade. Infelizmente o cidadão é rifado pelos “safados de plantão” e de mocinho passa a ser tratado como bandido. “Bom mesmo” é quem se apropria de recursos públicos, digo, rouba e vira “doutor”, empreendedor e até é convidado para se tornar assessor no “Ministério da Hipocrisia e da Mediocridade”.

Publicada no blog e no livro "Tenho dito" de 2006.

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