terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Queima de fogos no trapiche...E por que não?

Show pirotécnico no trapiche municipal 31 dez 2017
Queima de fogos no trapiche...E por que não?

O Réveillon de 2017 foi programado para ter a “Festa da Virada” na Praça da Feira Mar, com shows, Praça de Alimentação e queima de fogos. Dias antes da realização do evento, nosso prefeito Zé Paulo achou – para seu bem – exonerar “todos” os cargos comissionados. A Secretaria de Turismo e Cultura ficou acéfala e somente aconteceu o show pirotécnico e a tradicional virado do ano na Ponta da Pita (de inciativa da comunidade).

A virada na Feira Mar foi divulgada nas agências de viagens e os hotéis se prepararam para o evento, então programado e divulgado. Creio que aqueles que vieram participar da festa, não saíram contentes.

No Réveillon de 2018 a prefeitura ignorou nossa proposta e somente apoiou o evento da Ponta da Pita. Acho lastimável a não concretização deste evento, o qual poderia marcar a atual administração e de fato tornar nossa orla central um verdadeiro espaço de eventos e festas. Isso é turismo.

Não aceito ignorar a importância da iniciativa e tentar justificar falta de recursos para sua realização, pois tem-se gasto muito com outro tipo de festa, que não soma para a já cambaleada trade turística da cidade (se é que podemos assim chama-la).

Publico algumas imagens e a peça publicitária do chamamento ao evento.
Ano que vem, último ano desta cambaleada gestão, poderia muito bem se despedir com uma grande festa de virada de ano. A cidade merece...todos gostam, gera divulgação e renda para o município.

Feliz 2020. Tenho dito!

Cartaz do evento
Show pirotécnico.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

VÍTIMA DO BASEADO


“Há muitos anos atrás, Rachid Cecyn tinha uma Aero Willys... Azul de taxi, e era o irmão dele – Foeda - que dirigia o carro, mas só fazia viagem pra Paranaguá... Curitiba não queria se expor. Aí, marcaram uma viagem...Miguel Cecyn e uns amigos...O esquema era ir no navio e pegar droga. Fizeram, mas sem que o motorista soubesse o motivo da viagem. Foeda, foi ao porto, parou o carro e os passageiros – uns quatro ou cinco – a turma da fumaça - pegaram a droga em um pacote e colocaram no carro. Foeda não sabia o que era, e na viagem de retorno, começaram a fumar dentro do veículo, mas como estava chovendo...Uma chuva torrencial, tiveram que fechar os vidros das janelas, e consequentemente a fumaça foi inalada por Foeda.
Antes de chegar em Morretes, Foeda começou a cantar...Queria se jogar no rio, sem saber qual era o motivo de tanta euforia.
Zé Luiz que me contou essa história...E foi verídica.”

Contada por Maneco Gomes


Manoel Gomes no Jekiti, 28/11/2019

Mais uma das nossas histórias populares.
 Venha contar um causo, eu gravo e publico. 
Assim, lentamente vamos reconstruindo nossa memória.
Histórias do Jekiti. Aguarde que vem mais!


Salvaguardar o Iphan é investir no Brasil: alerta ao povo brasileiro em defesa do nosso país


Obra do Iphan em Antonina. Espaço Armazém Macedo.


As entidades abaixo subscritas denunciam, por meio deste, o processo de desmonte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em curso desde 2016 e agravado hoje com um brutal corte orçamentário, com a nomeação de pessoal desqualificado para suas superintendências regionais e um cenário de incertezas sobre o perfil do futuro dirigente da autarquia.
Há mais de oito décadas, o Iphan se manteve como o carro chefe da política de Patrimônio Cultural em nosso país. O Instituto não apenas trabalhou continuadamente em todos os momentos na construção de nossa ideia de nação. Por meio das políticas de preservação, o Instituto dinamiza a economia das áreas em que atua, resgatando cidades históricas do ostracismo, diversificando e qualificando as atividades produtivas envolvidas na conservação dos bens tombados, preservando e difundindo nossos saberes e fazeres, criando atrativos e fomentando o turismo.
O projeto de desmonte do Iphan é subordinado ao projeto de destruição das políticas culturais de conjunto. Tal ataque às nossas instituições veio à tona em maio de 2016 quando se tentou extinguir o Ministério da Cultura e o próprio Iphan, por meio da criação de uma Secretaria de Patrimônio paralela. Na ocasião, a sociedade civil, por meio de suas organizações, se mobilizou contra o golpe, em defesa de nossa Cultura e do Patrimônio Nacional, obtendo uma vitória parcial.
Mas os ataques à nossa cultura voltam a recrudescer no atual governo. A pretexto de combater um suposto “marxismo cultural” – uma lamentável contradição em termos –, forças externas se aliam a setores retrógrados interessados na mera manutenção do privilégio de poucos com vistas a combater nossa cultura de conjunto e a destruir nossa memória e nosso patrimônio em particular.
Na prática, o Governo Federal hoje vem empreendendo uma política de desmonte velado ao Iphan: por meio de um corte da ordem de 72% em seu orçamento; por meio de sua subordinação à pasta do Turismo, numa inversão total de valores; por meio da nomeação de superintendentes sem experiência ou formação na área de patrimônio em estados importantes para nossa memória como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul ou Paraná, meramente por sua filiação política a partidos da base do governo; por meio, enfim, da ameaça de nomeação de uma cúpula nacional do órgão – incluindo sua presidência – sem experiência ou qualificação na área de Patrimônio, seguindo uma agenda de destruição das instituições nacionais.
Há dois dias, foi exonerada a presidente Kátia Bogéa, à frente da autarquia desde 2016 e servidora aposentada do órgão, com subsequente nomeação de Luciana Féres – arquiteta com experiência na área de patrimônio – e anulação desta mesma nomeação poucas horas depois. Esse processo claudicante evidencia as pressões pela desarticulação do Iphan e sua entrega ao obscurantismo.
Trata-se de uma política de desmonte. Mas destruir nosso patrimônio nacional e sua principal instituição reguladora é destruir a construção histórica de nossa ideia de nação: um trabalho de décadas hoje ameaçado.
O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, formado em outubro de 2019 como uma resposta a tais ataques, alerta a toda a nação para tal ação , conclamando todas as organizações populares a mobilizarem-se em defesa de nossa cultura e de nosso Instituto de Patrimônio Histórico e Nacional na mesma medida em que a atual Administração intensifica seus ataques. Não apenas pela preservação de nossa memória, mas também porque salvaguardar o Iphan é investir no Brasil.
Brasília, 14 de dezembro de 2019.
Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro

- Aba – Associação Brasileira de Antropologia
- Abap – Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas
- Abea – Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura
- ABGC – Associação Brasileira de Gestão Cultural
- Anpuh – Associação Nacional de História
- Anparq – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo
- Anpocs – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais
- Anpege – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia
- Anpur – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional
- Aneac – Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal
- Icomos Brasil – Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios
- FNA – Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas
- Fenea – Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo
- IAB-DN – Instituto dos Arquitetos do Brasil
- Docomomo Brasil – Seção Brasileira do Comitê Internacional para a Documentação e Conservação de Edifícios, Sítios e Conjuntos do Movimento Moderno

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O turismo no litoral do Paraná – Desperdício do potencial?



Ex-secretário de Turismo de Antonina fala sobre o nosso potencial turístico desperdiçado
Publicado no Jornal Água Verde/Curitiba. 03/12/2019

Atividade comercial sazonal, o turismo merece atenção especial dos governantes e administradores para melhorar a qualidade de vida das populações litorâneas. Entretanto, não é o que vem acontecendo nos últimos tempos em nosso litoral: praias poluídas e trapiches abandonados não são atrativos para turistas e populações do nosso litoral.
Para falar sobre o turismo no litoral entrevistamos o professor universitário Eduardo Nascimento, mais conhecido em Antonina como Eduardo Bó, ex-secretário de Turismo daquela cidade nos anos de 2005 e 2017. Idealizador – ao lado da professora Márcia Fontoura – do tradicional Festival de Inverno de Antonina, que neste ano completa 30 anos.
Ex-morador do bairro Água Verde, em Curitiba, é autor de sete livros e produz um blog na cidade de Antonina.
O professor Eduardo reside na casa em que nasceu, construída pelos bisavós, no centro da cidade de Antonina.



terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Show no Armazém Macedo

No próximo sábado, 07 dezembro,19h, tem mais música no Armazém Macedo
promovido pela Empresa Biapó, contratada pelo Iphan e responsável pela obra. 
Desta vez o show estará a cargo do BRASIL IN TRIO.
Se faz necessário a participação da comunidade nos eventos, pois agora já estão 
sendo realizados no espaço em reforma. Maneira pela qual, nos antoninenses, iremos tomando conhecimento da importância da obra, para o desenvolvimento da 
nossa cultura e do turismo local, caso seja bem administrada.
Vamos nos preparando, pois o investimento por parte do Governo Federal, 
via Iphan está sendo farto. Agora é transformar tudo em vida, arte e geração de renda.
Até sábado!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

ELEIÇÕES 2020...QUEM SE HABILITA?

Imagem meramente ilustrativa.

Faltando pouco menos de um ano para as eleições municipais, previstas a serem realizadas a 04 de outubro, a movimentação de prováveis candidaturas, já agita os ânimos locais.
O atual prefeito Zé Paulo, que desde seu primeiro dia de mandato, trabalha pensando tão somente na reeleição, aposta em sua performance de “cara obreiro” como carro chefe de sua campanha. E há de se reconhecer, que das últimas gestões – lamentáveis - esta seja a que menos ruim se apresenta.
Mas não custa nada voltar um pouco a história eleitoral recente, que nenhum dos gestores conseguiram se reeleger, nem Kleber, nem Canduca e muito menos o João Domero. Aliás, os dois últimos, devido seus altos índices de rejeição, sequer conseguiram apoio para se candidatar. Após o advento da reeleição, somente a Mônica conseguiu tal façanha, se elegendo em 1996, e reeleita em 2000. Mas, a própria, nas últimas eleições não convenceu o eleitorado e acumula três derrotas consecutivas.

O que tudo indica é que novamente teremos um embate, entre o atual prefeito Zé Paulo e a ex-prefeita e eterna candidata Munira Peluzo- Mônica. Uma verdadeira batalha no “tapetão judiciário” travada pelas duas pré-candidaturas, poderá mudar totalmente o rumo da eleição. No caso Mônica por ter suas contas rejeitadas pela Câmara de Vereadores e no caso Zé Paulo, por estar respondendo por vários processos de improbidade administrativa, denunciados pelo MP, que se julgados, poderá absolve-lo, como também poderá condená-lo e afasta-lo do embate.
No momento estas são as duas prováveis pré-candidaturas. Mas ainda poderemos contar com candidatos que concorreram as eleições de 2014... Mas, não creio que atinjam seus objetivos. A não ser que haja novidades.

O que dá pra perceber é que a comunidade está ávida à uma NOVA candidatura. Alguém com credibilidade – quando digo credibilidade, é que tenha um considerável leque de realizações na comunidade- com ideias novas e principalmente com compromisso com a cidade. Que possa constituir um grupo competente e especializado nas áreas da administração pública. Eleições aqui se ganha em 90 dias...Quem se habilita?

No âmbito das eleições proporcionais, para eleger vereadores, a novidade é que não haverá mais coligações partidárias. Cada partido deverá eleger seus candidatos, ficando as coligações somente para as eleições majoritárias, ou seja, pra prefeito e vice.

A dança nem começou, mas é bom preparar os tamancos e a rabeca, pois haverá muito barulho e ranger de dentes. Vamos aguardar.

Calendário eleitoral
04 de maio 2020 – prazo para os eleitores transferirem ou retirarem seus títulos;
20 de julho a 05 de agosto – período para realização da convenções partidárias;
31 de agosto – início da propaganda eleitoral;
03 de outubro – último dia para divulgação de propaganda política em jornal e internet;
04 de outubro – Dia das eleições.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Divã do Jekiti...A mala de Joubert.

O advogado, amigo e frequentador assíduo, Valnei Pinheiro da Veiga – que não tem apelido, uma raridade na cidade, apareceu no Jekiti com uma mala tipo 007 e nos contou que a tal raridade pertenceu ao ex-prefeito Joubert Gonzaga Vieira:

“Dia desses, passando defronte à casa do Doutor Joubert (falecido recentemente) deparei com uma mala...meio ‘encostada’ na calçada. Falei com a sua esposa e ela me presenteou. Esta mala, além de Joubert - segundo vestígios, também pertenceu ao Desembargador Antonio Loyola Vieira, seu filho, e com ela ele viajou a França...pois no seu interior encontrei um ticket de passagem da Air France. Recebi a mala, mandei dar uma bela limpeza...E pra mim não tem dinheiro que pague, o seu valor estimativo." 

Valnei, Beto de Abreu e Manoel Camargo...e a mala de Joubert.
Esta é mais uma das historias do Jekiti.
Aguardem que vem mais.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

TREM...MEMÓRIA FOTOGRÁFICA.


Enquanto aguardamos o retorno do trem de passageiro a Antonina, anunciado para o dia 20 de dezembro de 2019,  que será recepcionado com Estação Reformada e todas as festividades de praxe. 
Revendo meu acervo, encontrei uma “jóia” lembrança... a imagem de um trem..Que chegou – também na Estação Ferroviária, mas em plena atividade funcional, as 13h30min do dia 06 de novembro de 2005.

Na época, então Secretário de Turismo da gestão, interagimos em conjunto com a ABPF-PR, na pessoa do senhor Carlos (portuga), para que este equipamento fosse reformado, assim como um pequeno vagão jardineira, o qual pretendíamos com sua modéstia e calma chegada, presentear a cidade, bem no dia do seu aniversário. E isso ocorreu!
Enquanto as autoridades participavam do palanque assistindo o desfile festivo, esteva em Morretes, junto ao pessoal da ABPF, preparando o trem para sua primeira viagem. Cuja chegada foi anunciada ao prefeito, sobre o presente que havíamos recebido.

Após rigorosa vistoria dos equipamentos e da linha pela ANTT, a linha foi liberada no início de 2006 e funcionou até 2008, com passeios nos finais de semana, operacionalizado por uma automotriz alemã. O referido equipamento, serviu de suporte técnico, necessário a operacionalidade da linha.
Coisas da história.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Seis de novembro, comemorando o quê?



Desde criança fomos ensinados que no dia seis de novembro a gente comemora o aniversário da cidade. E assim ficou. Mas é aniversário do quê?
Bem...outra coisa que aprendemos, é que seria a Emancipação Política de Paranaguá...O mais correto seria nossa autonomia política, conquistada com a instalação da Villa Antonina em substituição a Freguesia de Nossa Senhora do Pilar da Graciosa, instancia de caráter político religioso.

Conta nossa história... Segundo Ermelino de Leão ¹, que “a instalação da Villa se deu com uma certa demora por parte do Senhor Ouvidor Branco, de Paranaguá, pois a portaria com a criação da Villa, Cadeia e Câmara Municipal, foi emitida pelo governador da Capitania Geral de São Paulo, Antonio Manoel de Melo Castro e Mendonça, em 29 de agosto de 1797.” E a sua instalação somente dois meses e alguns dias após.
E prossegue: “Reunidos em local mais próprio da freguesia do Pilar, o Dr Ouvidor Branco, o escrivão da Ouvidoria, Capitão de Ordenanças José Morato do Canto, as pessoas principais da terra e o povo, deu-se começo a cerimônia, em consequência a ordem do Governador da Capitania de São Paulo...e erigia a Villa Antonina, em memória do príncipe Antônio (filho de D.João VI e Carlota Joaquina).”

Completa ainda...” Após a cerimônia, passou o Ouvidor a designar os locais onde seriam construídos a Casa de Câmara e Cadeia e também o Pelourinho “símbolo da justiça”, que consistia em um robusto tronco, com argolas e correntes de ferro.
Findo os atos formais, foi então decretada a instalação da Villa e seu desmembramento, cujos limites estipulados na lei, viriam desde a Ilha do Teixeira até aos cumes da serra que o separavam de Curitiba, ficando incluso os povoados de Morretes e Porto de Cima.

Realmente um ato louvável de se comemorar, a conquista de uma autonomia política, administrativa, cuja economia dependeria do trabalho da Câmara, de seu Ouvidor e da pequena população. Isso é 1797. O pequeno povoado ficou em festa, tendo a Igreja Matriz como ponto alto das comemorações.

Interessante recapitular sua primeira eleição para escolha de “pelouros” – pessoas que deveriam votar e escolher os camaristas. Segundo consta, foram escolhidos: Manoel Vieira Espiga (17 votos), Tenente Joaquim da Silva Pereira (13 votos), Antonio Gonçalves Cordeiro (13 votos), Manoel Jose Alvares (14 votos), Joaquim Antonio da Cruz (11 votos) e o Capitão Luiz Gomes de Medeiros (11 votos).

Nossa rica história de altos e baixos momentos políticos e econômicos nos faz refletir sobre o que devemos comemorar.
Será que a nossa decadência econômica marcada a ferro na segunda metade do século passado, nos beneficiou?  Será que a nossa estagnada paisagem ungida de ruínas com alma de decadência se transforma em objeto de grandiosidade e orgulho? Mas pra onde iremos?

Nossas crianças amanhã irão desfilar pela avenida saudando os políticos de plantão, em comemoração à vida – que já é uma grande causa.
Antonina estará completando 222 anos de sua criação como vila. O momento é de encantamento com o visual rememorado de vários monumentos importantes na cidade. É muito bom. Faz muito tempo cuja data não tínhamos quase nada a comemorar, mas creio, que ainda é pouco...Muito pouco!

A cidade da história, Patrimônio Nacional, pede e merece muito mais que ter seu vestido roto recuperado. Merece dar condições de renda e emprego para sua comunidade, tratar melhor suas crianças e idosos – que mantem a maior parte da renda do município, tratar seus esgoto e dragar sua baía. Ser tratada com respeito pelos políticos... Melhorar seu sistema de distribuição de água e energia elétrica...fora outras “coisitas” mais...Que aqui não vem a caso.
Precisamos aprender a planejar, coisa que nenhum governo até este momento fez...
E plantar flores.    Viva Antonina...em seu aniversário. Viva!

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¹Ermelino de Leão, “Antonina Homens e Fatos, 1918.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Litoral vai ganhar passeio turístico de trem entre Morretes e Antonina

Imagem arquivo do blog (eduardo nascimento)
 "Ainda na temporada de verão 2019/2020 o Litoral do Paraná deve receber mais um atrativo. É uma linha turística de 16 quilômetros entre Morretes e Antonina. Na quarta-feira (23) o governo do Paraná e a empresa Rumo Logística formalizaram um protocolo de intenções que vai permitir que o trecho seja totalmente revitalizado e volte a receber passageiros."

"A revitalização será custeada pela Rumo com coordenação da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), entidade sem fins lucrativos que promove a conservação do patrimônio histórico ferroviário brasileiro. A entidade será responsável pela operação do passeio turístico. Ainda não há definição sobre o passeio ou valores de tarifa."

"A última vez que a linha férrea transportou passageiros foi na década de 1990. O percurso é em meio à Mata Atlântica e liga as duas cidade históricas."

Jornal Gazeta do Povo - Gilson Garrett Jr.24/10/2019 13:53
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/curitiba/lazer/passeio-trem-morretes-antonina-parana/    Copyright © 2019, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.


Nota do Edt do Blog: Entre 2005 e 2007 a linha ferroviária Antonina-Morretes foi operada pela ABPF-PR, em parceria com a PMA. Infelizmente, por falta de recursos, demanda e interesses dos parceiros, o equipamento virou sucata e foi retornado as oficinas da ABPF. Agora, novo momento, esperamos que as parcerias sejam duradouras e não apenas politiqueiras. Nossas cidades merecem...o Paraná merece.

Em 2011 os equipamentos retornaram as oficinas da ABPF-PR.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Show no Armazém Macedo


MPPR ajuíza Inquérito Civil contra Prefeitura de Antonina...


Para apurar destinação de recursos públicos a eventos religiosos.

No final do mês passado, o Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Antonina, determinou a instauração de Inquérito Civil, contra a Prefeitura e o Prefeito José Paulo Vieira Azim, o Zé Paulo, para apurar suposta inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 26/2018, que instituiu, no calendário municipal de eventos, a festa religiosa “Adora Antonina”. Além disto, o procedimento tem o objetivo de apurar possível ilegalidade da destinação de recursos públicos na promoção de cultos evangélicos e atos de improbidade administrativa em dois processos de dispensa de licitação do município, ao subvencionar festa de cunho religioso com promoção pessoal do prefeito.

De acordo com o Promotor Substituto Rafael Pereira, a Prefeitura subvencionou o “Adora Antonina”, nos dias 29 a 31 de março, por meio dos processos de Dispensa de Licitação nº 005 e 006/2019, que gastou mais de R$ 83 mil na contratação de empresas especializadas no fornecimento de infraestrutura, para realização de eventos em 2019. Ele aponta, ainda, que a festa, além de ser custeada pelo município, também foi utilizada para a promoção pessoal de Zé Paulo. Ademais, o Promotor informa que o município possui a Lei nº 026/2018, a qual autoriza, contrário à Constituição Federal, subvenção do município à igreja.

O MPPR requisitou, com as advertências das leis de improbidade e da Ação Civil Pública, para que no prazo de dez dias, o qual finda nesta terça-feira (08), a Prefeitura encaminhe cópia digitalizada dos procedimentos licitatórios nº 005 e 006/2019, bem como os documentos de empenho e de liquidação oriundos dos respectivos processos. O órgão oficiou, ainda, a Câmara de Vereadores, para que, até terça-feira, encaminhe cópia digitalizada do processo legislativo envolvendo a Lei nº 026/2018.

Lei beneficia igreja evangélica
A lei, de autoria do Prefeito, foi aprovada pela Câmara e sancionada por Zé Paulo em junho de 2018. O Artigo 2º decreta que “ficará a cargo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, em conjunto com a Igreja Assembleia de Deus de Antonina, a organização do Adora Antonina”. Além disto, determina que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, além de dar ampla publicidade à festa religiosa, cederá local apropriado para a sua realização.
A localização é definida pela Secretaria de Cultura e Turismo, mas os organizadores poderão instalar e comercializar stands e locar aos interessados, além da praça de alimentação. “As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta de dotações próprias do orçamento, suplementadas se necessário”, diz a legislação.

Fonte: 11.10.2019 às 18:16:46  Redação JB Litoral

N.Edt.do Blog:  Uma das insatisfações, pela qual me fez não aceitar retornar a Secretaria de Turismo e Cultura, foi a discordância da realização de eventos sendo aprovados pelo Gabinete, sem o aval da Secretaria, com recursos da pasta e sendo convidado a aprovar as despesas, das quais as recusei. Isso em 2017. Se existem irregularidades – conforme declara o MP, não foi por falta de aviso, quando o assessorava.


quinta-feira, 5 de setembro de 2019

FÓRUM DE CICLOMOBILIDADE DE ANTONINA

Antonina está entre as principais cidades brasileiras, onde a bicicleta é um dos principais veículos de transporte. Nossa população é ávida pela bicicleta e se faz necessário levantar questões e propor soluções para melhorar a convivência dos ciclistas e suas bikes com a cidade. Sendo uma cidade de características singulares - tombamento paisagístico e área de preservação ambiental, seu tratamente requer olhares técnicos especializados.
Entre os dias 19 a 22 de setembro, estaremos praticando e discutindo 
Ciclomobilidade em nossa cidade. 
Uma maneira democrática de formatar propostas e ações.
Venha participar dos passeios e das conversas.



Obra vai dobrar capacidade do terminal no Porto de Antonina


Começa uma nova fase de expansão dos Terminais Portuários da Ponta do Felix (TPPF), localizados no Porto de Antonina. O investimento é de cerca de R$ 150 milhões para modernização e ampliação da infraestrutura existente. Está em andamento a construção de um novo armazém para fertilizantes – em área 17 mil metros quadrados – com capacidade para 120 mil toneladas de produto, interligado por correias transportadoras com os berços operacionais.

Também é esperada a construção de um conjunto de silos verticais, para grãos, farelo e cereais. Além disso, o projeto de desenvolvimento da estrutura portuária prevê a expansão do cais de atracação em 170 metros. Apenas nos primeiros seis meses de 2019, o terminal de Antonina aumentou em 43% a sua movimentação de cargas, passando de 343 mil entre janeiro e julho de 2018, para 493 mil no mesmo período deste ano. A expectativa do TPPF para este ano é movimentar cerca de 1,7 milhão de toneladas de fertilizante, farelo de soja, cereais, açúcar ensacado e cargas gerais.


Antonina ganha “vaquinha turbinada” para projeto que empodera restauro do Centro Histórico


Projeto que prevê capacitação de mão de obra para restauro é um dos selecionados do primeiro programa de matchfunding do BNDES, que funciona em parceria com financiamento coletivo"

Jornal Gazeta do Povo 
por Aléxia Saraiva
04/09/2019

Ícone da arquitetura colonial paranaense, Antonina poderá ganhar, em 2020, oficinas de preservação e restauro do patrimônio histórico que vão capacitar mão de obra para trabalhar na cidade. O projeto, criado pela ONG Confraria das Cidades em parceria com os arquitetos Ana Luisa Furquin e Rodrigo José Gomes, é um dos primeiros a participar do novo programa de financiamento do BNDES para patrimônio

O programa funciona em parceria com a Benfeitoria, site de financiamento coletivo: o BNDES aporta R$ 2 a cada R$ 1 arrecadado via crowdfunding até que a meta mínima de cada selecionado seja atingida. O fundo de R$ 4 milhões é destinado a campanhas orçadas entre R$ 30 mil e R$ 300 mil que tenham como objetivo criar um legado para o patrimônio cultural brasileiro.

No caso de Antonina, o projeto tem meta mínima de R$ 105 mil. O financiamento funciona no modelo “tudo ou nada”: se a meta for atingida, o dinheiro é repassado para o projeto. Caso contrário, ele não acontece. “É um programa cujo curador final é o público. Se não tem interesse coletivo, não há aporte“, explica Tati Leite, cofundadora da Benfeitoria."


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Divã do Jekiti. O dia que comprei meu primeiro sapato branco.

Final de expediente matutino no Jekiti. Valnei Pinheiro da Veiga, se levanta pra despedida e pede a atenção dos presentes para olhar o seu sapato “novo”, e ainda tem a felicidade de afirmar: “Comprei usado e paguei vintão!”
Marcus Porvilha atento, imediatamente retrucou: “Compadre não fale usado...Amaciado, é melhor! Com a nossa idade é melhor comprar sapatos já amaciados.”
O tal sapato de vinte reais, fez Porvinha relembrar um episódio, o qual vamos tentar relatar.

O DIA QUE COMPREI MEU PRIMEIRO SAPATO BRANCO

     “Valnei, olhando teu sapato usado, eu pedi pra você falar amaciado... Por que um dia que eu vi um sapato branco...E procurei por Curitiba toda – não sei se não fui a São Paulo – tipo ‘Mocassim’. Estou aqui conversando no Jekiti e quando vejo, Cascalho passa com aquele sapato, do meu sonho nos pés. E me pergunto...Como vou estorvar o sapato dele? Olhei pro meu tênis...Pô...Da moda, e perguntei à ele: - Casca, você não quer trocar comigo este sapato? Pensei cá comigo...Por que vender ele não vai vender. No mínimo deveria ter ganho, aquele sapato. Pois acredite, ele falou: - Marcus, seu eu for vender, vendo pra você!
     Mas teria que esperar até ele se decepcionar com o sapato, e até lá perderia o gosto.
Então falei: Não...vamos lá em casa, você escolhe um sapato daqueles que eu tenho, e você me vende e te dou mais cinquentão! Pô aquele cinquentão me deu ‘uma bala’ ... E ele saiu de tênis, escolhendo um dos meus e cinquentão no bolso.
     Estou até hoje com aquele sapato...Amaciado...Não era usado...Lindo!
Ele ganhou o sapato...E também usou aquele sapato branco, mais um ou dois dias– estou justificando por ele ter ido lá em casa – que logo apareceu com o sapato, e atrás do cinquentão...também.
     Usei aquele sapato e muito. Teve um carnaval, que eu sai de Senhor de Engenho, terno branco e colete. Cordão de ouro e uma medalha que de longe parecia um relógio. O sapato era aquele...Ele participou do carnaval...Então!

Lauro, Valnei e Marcus. Contando e ouvindo historias.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Divã do Jekiti

Vida de aposentado não é fácil não. Ainda bem que aqui em Antonina tem um local que a gente faz de escritório, confessionário, igreja, atelier, boteco e na maioria das vezes de consultório de psicanálise. Ao menos serve pra desopilar o fígado, rever velhos conceitos e recordar bons momentos: é o Jekiti.
Originalmente, Jiki-ti era o nome de um dos pontos comerciais da então antiga rodoviária municipal, construída em 1955, pelo prefeito Jorge Cecyn. E hoje, o local incorporou o nome e funciona como ponto de ônibus urbano e estudantil. Os dois comércios existentes, atendem mais como cafeterias e viraram ponto de encontro de pessoas, que diariamente se encontram para bater um papo, tomar um bom café e degustar um salgado da Ruth ou do Marcos (Irene). Ali se conta e se houve muitas histórias, principalmente do pessoal da melhor idade – mais que sessenta anos. Que faz do momento um revigorar memorial, de alegria e descontração. Mas tem gente que não gosta nem de ouvir falar no Jekiti:  
são os políticos ocupantes de cargos, que somente frequentam antes das eleições, e depois, parecem ter medo das cobranças, e passam bem longe.

Nosso amigo e frequentador do Jekiti João Renato, foi morar
com a família em Porto Velho-RO. Saudades!
Esta semana os assuntos foram os mais diversos. Tivemos a despedida do nosso amigo João Renato (o guardião da coluna) que foi morar com a filha em Porto Velho – RO; a derrota do Athlético pelo Boca...E outras pérolas, como...Os tempos de escola de vários amigos, o Albari, a Dalila Bú...O Bocalarga...O tempo das grandes festas...Etc.
Com tanta diversidade de assuntos, e muitos da nossa recente memória, achei por bem registrar alguma coisa, e criar no meu blog: www.palavradobo.blogspot.com.br, uma coluna/marcador...o Divã do Jekiti.
Tentar registrar algumas curiosidades, causos, contos e histórias da cidade, contadas pelos amigos, companheiros e assíduos frequentadores daquele local. Aguardem!

terça-feira, 23 de julho de 2019

E SEGUE O BARCO...

imagem apenas ilustrativa

    Morar em uma cidade pequena, como em outro lugar tem seus pontos fortes e fracos.
Mas expor opinião e ainda publicá-las, não é nada fácil. Todo mundo sabe! Na política então, é pra criar inimigos em todas as gestões.
Infelizmente, a maioria dos ocupantes de cargos públicos não admitem críticas, e levam sempre pro lado pessoal, chegando muitas vezes a agressões físicas e processuais.
     Escrevo sobre as “coisas” da cidade há mais de quarenta anos. Em jornais, folhetos, filipetas...e há décadas via on-line...e redes sociais.
Nunca tive medo em mostrar a cara e registrar minha opinião sobre os políticos de plantão, sempre reivindicando um plano de gestão competente, participativa e transparente.
    Sei que construí uma imagem de “cara chato”, fiscalizador...mas coerente, dedicado e qualificado nas minhas tarefas. Confesso sofrer certo grau de paixão (doentia) pela cidade...que mais me atinge que me conforta. Fiquei fora de Antonina por mais de trinta anos, sem nunca ter ido embora. Sempre me fiz presente, com meus textos, minhas fotografias, projetos e opiniões. Em 2005, aposentado, voltei aqui residir...E as dificuldades se fizeram mais próximas e presenciais.
     O descaso no tratamento da cidade, a falta de um projeto sustentável ou ao menos de gestão, me torna uma pessoa – como boa parte da população – sem perspectiva... Triste.
Triste ainda mais, quando diariamente, em cada esquina surge a possibilidade de encontrar alguém, que no passado ocupou um cargo público: ex-prefeito, assessores e familiares... Que continuam me tratando como inimigo –o qual nunca fui. E são muitos...Vamos imaginar...cinco últimas gestões (20 anos) ...Quanta gente magoada e mal resolvida. Pois não aceitar o contraditório quando se é ocupante de cargo público, é ter uma visão diminuta e autoritária.
É na diversidade das ideias que se constrói o razoável...Possível.
     Dia desses, num certo evento na cidade, tentei cumprimentar um ex-prefeito, que me acenou um olhar e educadamente cumprimentei-o, e pra surpresa de todos (até da família) fui literalmente ofendido com palavra de baixo calão. Fiquei muito triste, mais com o estado psicológico dele... Do que com o meu. Tadinho... Precisa de um psicanalista urgente.
    Atualmente tenho publicado poucas matérias sobre a cidade e sobre a atual gestão, pois fui eleitor e assessor do prefeito José Paulo Vieira Azim, durante o ano de 2017, na pasta do Turismo e da Cultura. E em determinado momento, fui surpreendido com uma demissão em massa “todos os comissionados” para apenas resolver problemas contábeis de uma gestão até então má gerenciada. Perderam-se nos números e pagaram com cabeças. Fui o único que decidiu não retornar.
     De lá pra cá, acompanho, como sempre, os desígnios da gestão, mas sem muito deixar meus pitacos. Pois, com certeza, em determinado momento da crítica, os saudosos olhares e abraços ofegantes, serão substituídos por comportamentos não tão verdadeiros e cordiais. E é assim mesmo.
Dois anos e meio de gestão do Zé Paulo, muitas coisas estão sendo realizadas, mas continuamos sem projeto de gestão, as perspectivas são muito festivas, onde a palavra planejamento não tem guarida. E vem o trem....E vem o Iphan...E vem a água...E o asfalto...A iluminação...E os processos...E vem as eleições de novo...em 2020.
    E vamos continuar falando das coisas da cidade. Cobrando transparência e seriedade no tratamento dos minguados recursos, no desenvolvimento de políticas públicas de verdade, sem assistencialismo e clientelismo, gerando emprego e renda para todos.
    É preciso muito trabalho de verdade, e não só da mídia. Fruto de ações planejadas, com critério técnico-qualitativo e custo justo. Não vou fazer oposição a ninguém...Vou apenas continuar me posicionando...só. Quando e como quiser. E tenho dito.
    E quem não gostar...que mude de canal. Plim...Plim!

terça-feira, 9 de julho de 2019

Empresário denuncia Secretário de Comunicação por ofensas e ameaça durante a 5ª edição do Antonina Blues Festival

Copia da pagina da edição do JB
Publicado no JB Litoral - N575  Paranagua  8 a 14 de julho 2019.

O que deveria ser uma noite de sábado (21) de boa música e divertimento ao lado da família e amigos para o empresário antoninense Eros Garzuzi (64), residente em Curitiba, se transformou em momentos de tensão e constrangimento, durante a 5ª edição do Antonina Blues Festival. Ele se viu obrigado deixar o festival após ser vítima de agressão verba e ameaça pelo Secretário Municipal de Comunicação Social, Jorge Alberto Sonda. 
Convidado para assistir as apresentações daquela noite no camarote da BAND, umas das mais importantes patrocinadoras do evento, o empresário dividiu o espaço com o prefeito José Paulo Vieira Azim (PSB), o Secretário de Comunicação, funcionários e comissionados da prefeitura entre outros.

Encontrava-se acompanhado de seu irmão, que possui fortes laços de amizade com um dos diretores da emissora e um casal de amigos. Porém, segundo Garzuzi, em um determinado momento foi abordado por Sonda, que colocou a mão em seu ombro e, numa atitude considerada por ele, arrogante, apontando o dedo indicador no seu rosto, falou o seguinte: “você me deve desculpa”.
Sem entender o questionamento e ignorando a intimidação, mas ao perceber que sua abordagem não obteve sucesso, Eros conta o Secretário passou a desafiá-lo passando a lhe falar palavras de baixo calão. Entretanto, a certa altura, o secretário municipal disse que ele não sabia com quem estava se metendo e que era um homem morto e, bastava um telefonema, que teria três dias de vida. “Visivelmente alcoolizado, por várias vezes me chamou para o confronto. Ignorei. Neste  momento de tensão, eu, ao perceber que o confronto era uma provocação planejada pelo do Sr. Jorge Alberto Sonda,  falei ao meu irmão e amigo que ficassem atentos e não revidassem as agressões, seja verbal e/ou física”, salientou.
Esta atitude passiva fez com que Sonda, segundo, o empresário, instigasse seus colegas de trabalho e os dois filhos para insistirem na hostilidade, chamando-os para o combate físico. 

Ponto de maior tensão
Diante do clima criado no camarote, em determinado momento, o secretário, seus filhos e cerca de quatro pessoas investiram contra Eros, seu irmão e o casal que o acompanhava. Neste momento, eles se viram obrigados, com atitudes firmes e determinadas, a tentar afastá-los, pedindo que não se aproximassem e que saíssem do local, pois a intenção era de intimidá-los. “Neste momento percebi que o estopim, de uma eminente tragédia, estava acesso e bastava alguém dar um tapa ou soco, que iniciaria um confronto físico sem precedentes.  É assim que acontecem as tragédias, com atitudes inconsequentes de um elemento alcoolizado e totalmente desequilibrado, sentindo-se empoderado e seguro na companhia  de seus parceiros e filhos”, argumentou o empresário que  registrou uma queixa por ameaça na Delegacia da cidade, dois dias após o incidente, segundo o Boletim de Ocorrência 2019/734559. 

Sonda nega ameaças e agressões verbais
Procurado pelo JB Litoral o Secretario de Comunicação, Sonda, negou as denúncias a seu respeito, alegando que não ameaçou contra a vida de ninguem e que teve apenas uma discussão áspera.
Disse, ainda, que estava no local com apenas um filho e, ele mesmo, o desencorajou no sentido de evitar qualquer confronto.
Questionado a respeito do avanço sobre o empresário, irmão e os amigos na tentativa de intimidá-los acompanhado dos filhos e funcionários da prefeitura, Sonda argumentou     que ambas as partes ficaram exaltadas. “Da minha parte, depois que os ânimos se acalmaram pedi desculpas para o cidadão. Em momento nenhum agredi. Depois deste episódio meu filho ficou ao meu lado e nenhum funcionário da prefeitura se envolveu, a não ser para apartar e acalmar, e desconheço qualquer outro incidente neste dia”, informou. 

A respeito da motivação do confronto, o secretário disse que Garzuzi, o ofendeu gratuitamente no passado. “Neste dia me dirigi a ele na tentativa de acabar com qualquer animosidade passada. Sua reação foi inesperada para mim, voltando a me agredir”, se defendeu.

N.Ed.do Blog:  o blog está aberto para ouvir as partes envolvidas.  Casos que envolvem ocupantes de cargos públicos, precisam e devem ser esclarecidos. O prefeito José Paulo Vieira Azim creio que também tomará algumas decisões, pois segundo consta, presenciou o ocorrido.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

E AGORA JOSÉ? Improbidade Administrativa


Justiça atende pedido do MPPR e bloqueia bens no valor de R$ 448 mil de prefeito de Antonina e mais quatro réus por fraude em licitação

A Vara da Fazenda Pública de Antonina, no Litoral paranaense, determinou liminarmente o bloqueio de bens do prefeito da cidade e de mais quatro réus (dois empresários, um contador e um servidor municipal), no valor de R$ 448 mil. A decisão decorre de pedido formulado pelo Ministério Público do Paraná em ação civil pública por ato de improbidade administrativa relacionada a fraude em licitação no início de 2017.

Conforme informa o MPPR na ação, houve diversas irregularidades no processo licitatório que culminou na contratação de uma empresa para a manutenção dos veículos da frota municipal de Antonina. Entre as ilegalidades estão o direcionamento da licitação, a criação de empresas “laranjas” para simular competição e a apresentação de documento com assinatura falsificada.

Na análise do mérito da ação (na qual há ainda outros cinco réus: uma empresa, um empresário, o secretário de Obras e o secretário de Educação, além do Município de Antonina), a Promotoria requer a anulação do procedimento licitatório e a condenação dos réus às sanções previstas na Lei de Improbidade, como perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, ressarcimento dos danos ao erário e pagamento de multa. Pede ainda que a empresa seja condenada às sanções previstas na Lei Anticorrupção.

Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação
(41) 3250-4249

N.E.do Blog:  Como eleitor, apoiador e até colaborador da atual gestão (fui Secretario de Turismo e Cultura de janeiro a 20 de dezembro de 2017) me sinto envergonhado e traído, pelas atitudes do prefeito Zé Paulo, denunciadas pelo Ministério Público. Como ele sabe muito bem usar as mídias sociais como nenhum outro...pois aparece em qualquer inauguração de bueiro. Exijo que use o mesmo meio para se explicar, pois merecemos explicações, respeito, e lisura no tratamento com o dinheiro público...nosso dinheiro.
Ainda bem que saí antes – para um certo acerto contábil foram demitidos “todos os comissionados”, mas eu não aceitei retornar. Se caso continuasse, hoje estaria “morrendo” de vergonha.
Exigimos transparência nas ações públicas, em todas, principalmente na aplicação dos recursos da Educação. Vamos esperar o julgamento. É uma pena, pois nos últimos anos vivemos de escândalos em escândalos... E até já chegamos a ser matéria nacional no “Fantástico”, em gestões anteriores. Triste Antonina.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

29 Festival de Inverno da UFPR/Antonina - Workshop Mensagem Fotográfica


Estarei, em caráter colaborativo, ministrando curso no 29o Festival de Inverno da UFPR, em Antonina, nos dias 18 e 19 de julho.

O curso visa a aprendizagem da construção, leitura e interpretação das imagens fotográficas em seus diferentes universos.
Será desenvolvida através de aulas teóricas expositivas, 
com duração de 3h diariamente.

PROGRAMA DO WORKSHOP "Mensagem Fotográfica"

Objetivos:
Entender a estrutura e a construção das imagens fotográficas em seus diferentes universos. Sua leitura e interpretação.



CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1-Fotografia e contextualização

2-Fotografia meio e mensagem

2.1 Meio técnico
2.1.1 Equipamentos;
2.1.2 suportes.

2.2 Meio estético
2.2.1 Enquadramento;
2.2.2 A cor;
2.2.3 O preto e branco;

2.3 Meio semântico
2.3.1 Interpretação de imagens

3-Fotografia e análise
3.1 Mensagem e meio;
3.2 Ruídos;
3.3 Avaliação.

Faixa etária dos participantes: 
interessados e iniciantes em fotografia com idade mínima de 16 anos.
 Número de alunos por turma: 20

Inscrições pelo site: www.proec.ufpr.br
até o dia 09 de julho


quarta-feira, 26 de junho de 2019

BARREADO o prato típico do litoral


O barreado é considerado o prato típico do Paraná. Nascido na costa das entranhas da Serra do Mar, especificamente nas cidades mais antigas do litoral paranaense, de origem açoriana, tais como Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá. Tem sua origem disputada, e suas histórias coincidem na aprendizagem com seus antepassados, moradores da região.

Segundo Marly Garcia Correia (1)...”É difícil determinar a data certa do seu surgimento, mas seguramente é degustado há mais de 200 anos.” E continua: “Sua verdadeira origem se confunde com o surgimento do ‘entrudo’, hoje conhecido como carnaval, festa profana. No decorrer dos três dias de ‘entrudo’ o caboclo caiçara parava os seus afazeres, não saía para o mar e só ficava em casa cuidando do barreado, comida difícil e cheia de manhas, requerendo muita paciência e técnica.”
Prato típico servido pelas famílias litorâneas, era feito por ocasião das grandes comemorações, tais como o carnaval, eleições e reuniões familiares.

O prato
A comida consiste em um cozido – anteriormente conhecido como guisado - de carnes bovina (peito, coxão mole, patinho), com toucinho de porco e temperos. Preparada em panela de barro, com tampa lacrada com folha de bananeira e pirão, feito de farinha de mandioca e cinza. Seu cozimento consiste em mais de doze horas, em fogo brando.
É servida fervente sobre farinha de mandioca, com arroz, banana - de preferência da terra, e laranja. Uma boa cachaça deve ativar o paladar e melhorar a digestão, devido seu alto teor de gordura.

Da canoa subiu o primeiro foguete...
Alça um outro, outro mais...e do porto distante
Sobe riscando o céu na tarde agonizante
Um rojão que no azul traça um alvo filete.

La na praia distante, em meio a vazante,
junta o povo de casa e apresta-se o rolete
p’ra varar a canoa e aguentar o banquete,
o barreado que chega – o “boi” – carne abundante.

É cominho, a farinha, a banana, e a aguardente
p’ra a  festança, ideal do caboclo praiano
que termina depois no fandango dolente...

Torna ao canto a panela de barro inda um ano,
a esperar outro entrudo, a alegria da gente
boa e simples que volta ao seu labor, insano.

2 (poesia de Agostinho Pereira Filho, publicada em Paranaguá, em 1938)

Barreado e Antonina
Sendo considerado um dos primeiros povoados português da região, com inicio no século XVII, seus costumes alimentares e a natureza festiva e fandangueira do seu povo – portugueses, índios e escravos negros, nos levam a acolher esta tradicional maneira alimentar como um dos nossos alicerces gastronômicos. Junto com nossas vilas e cidades vizinhas.
O tradicional “entrudo” português, cedeu lugar para a festa tropical do carnaval, o qual cultivamos e mantemos, alegrando anualmente as ruas estreitas e calçadas de pedras da cidade.

Barreado prato gastronômico
Com o passar dos anos e o surgimento da indústria do turismo no Brasil – século XX, cada região procurou definir suas vocações e seus produtos. Nossa região seguiu a tendência desenvolvimentista do turismo gastronômico, mas somente em 1970 que a Paranatur – Empresa Paranaense de Turismo, instituiu uma receita, recolhida pela pesquisadora Marly Garcia Correia (3), junto às mais afamadas e competentes cozinheiras de Antonina, Nair Veloso e Maria da Luz Ferreira, sendo considerada a Receita Oficial do Barreado no Paraná, a qual se segue:

Ingredientes
5kg de carne (peito, coxão mole, patinho).
300g de toucinho.
03 cabeças grandes de cebola.
02 cabeças medias de alho.
Folhas de louro.
½ latinha de cominho em pó ou 01 pacote de cominho em grão.
Sal a gosto.
pimenta vermelha a gosto.

Preparo
Corta-se as carnes e o toucinho em pedaços pequenos, adicionando todos os temperos. Leva-se tudo a uma vasilha e deixa-se repousar até o dia do preparo. Forra-se a panela de barro com toucinho. Depois põe-se as carnes temperadas e tampa-se a panela com uma folha de bananeira previamente sapecada, amarra-se com um barbante nas bordas. Coloca-se a tampa e barreia-se com um pirão, mistura de farinha de mandioca com cinza de lenha e água fervente. Leva-se ao fogo forte nas primeiras horas, passando para fogo brando. O tempo e cozimento é de 12 horas. Quando a folha de bananeira estiver bem escura, o barreado esta cozido. Abrir a panela, provar e se for o caso, complementar o tempero (sal, pimenta e cominho).

Modo de servir
Serve-se com farinha de mandioca, banana, laranja e arroz. Acompanha uma bebida alcoólica (batida ou pinga) que serve para rebater este prato, considerado forte.

Barreado produto comercial
Em Antonina,  o barreado surgiu em seu cardápio gastronômico  - ao menos que tenho registro, no Restaurante do Clube Náutico – CNA, quando as mulheres de teatro Dudu Barreto Leite e Iara Sarmento, no início dos anos setenta (1970-1972) resolveram residir na cidade e gerenciar tal empreendimento. Que teve vida curta. 
Mas foi a empresária Ieda Siedschlag - Baronesa, proprietária do Restaurante Cacoan, quem realmente divulgou o barreado além das nossas fronteiras, nas décadas de setenta e oitenta, se tronando o endereço mais importante da nossa gastronomia, tendo a iguaria como seu carro chefe, o famoso Barreado da Ieda.
Hoje, o tradicional prato é encontrado em vários restaurantes da cidade. Alguns seguem rigorosamente a receita tradicional e a maneira de cozer a carne em panela de barro e em fogão a lenha, como o Restaurante Buganvill de Anny Snoeyer, que atende desde 1986.
O barreado faz parte da nossa farta mesa e temos como algo “sagrado” e importante na história dos nossos costumes e tradição. Participa das nossas festas e da nossa maneira caiçara de ser. Seu preparo é mais que um simples fazer...é um ritual. Sons de sinetas, fogos e acordes, antecipam sua degustação, quando é comemoração. Sempre.

Eduardo Bó Nascimento
Junho 2019

(1)     (2) Correia, Marly Garcia. O fandango que acompanha o barreado. MAXI Grafica,2002.