Silêncio
Praça vazia…
Calçada verdejante;
Mato apoderado.
Bancos tristes falhados sem brilho…
Recorda poeta morto;
Aos pés da tamarindeira.
Coreto silencioso…as escuras
No pátio que já foi da matriz,
Ou da República golpista.
A chuva interrompe a lembrança,
Mas resisto, na tentativa em…
Terminar.
Para chuva. Bicicleta molhada.
Tá na hora do almoço. Mas, antes…
Me viro, vejo casas fechadas.
Pura fachadas, cenário cinematográfico.
Almas perdidas, história contadas…
Sem escritas padecem.
Levanto-me pego trecho…
Molhado e alma lavada.
Momento solo…lembranças;
Vida!
E não é que o sol apareceu?!?!?
16 11 25
Eduardo Nascimento