domingo, 23 de fevereiro de 2020

CARNAVAL DE ANTONINA...45 ANOS REGISTRANDO A FOLIA

Desde 1975 tento registrar os personagens do Carnaval de Antonina...O melhor do Paraná, alegre, animado e muito criativo. Uma diversidade de representações e tipos de brincadeiras.
Hoje, em 2020, volto pra avenida para registrar algumas imagens que me falam, não somente da festa, mas da cumplicidade com a mesma.
Em 2011, editei junto ao MEC/Lei Rouanet o livro 
"Carnaval de Antonina-35 anos de cumplicidade". Foram selecionadas 
200 imagens do meu acervo pessoal e montado uma linha do tempo 
desta importante festa popular.
E vamos enfrente...até os cinquenta.






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

O BONDE ERRADO...Epitácio Machado no Divã do Jekiti


Hoje no divã recebemos o amigo Epitácio Machado, o Pita que irá nos relatar algumas das suas histórias. Conta aí Pita!

O BONDE ERRADO.
“ Bem é o seguinte: foi em uma viagem de retorno do Rio de Janeiro pra Curitiba, e já vim cansado...Desta viagem. Chegando na antiga rodoviária de Curitiba - hoje Terminal Guadalupe...Cansado que...Achei um barzinho por perto pra tomar um ‘refrigerante’ uma tal de Trevisan...E embalei. Na hora de pegar o ônibus pra Antonina - tinha a Dovaltur na época e também a Estrela Azul, do norte do Paraná...Irati...Mas, em lugar de pegar o azul da Dovaltur, entrei nesse que ia pra Irati, pois era parecido. Bem...Embarquei no ônibus e dormi, pois estava embalado, devido a ‘mardita” Trevisan. Daí, chegando no destino, em Irati é claro, o motorista me abordou: Acorda!!!Acorda! Acordei e pensei... Graças a deus cheguei em Antonina. Desculpe, respondeu o motorista – você está enganado, nós estamos em Irati. Então, desembarquei e fui me localizar, pois não tinha mais horário de ônibus pra Curitiba. Me indicaram uma pousada e lá fui eu. Pior, coisa...Pois o que tinha de pulga, quase vim carregado pelas pulgas pra Antonina.”

Essa é uma das histórias, se eu lembrar de outra te conto. Mas pera aí...Tem mais uma boa:
 
Epitácio Machado, o Pita. No divã.

DESCANSADINHA
“ Carnaval...Filhos da Capela...Dois anos atrás, estava em uma Ala dos Fundadores, a ala de frente...Com cartola e tudo que tinha direito, e despencou uma chuva torrencial...Daquelas que sempre deixam pra cair na hora do desfile.
Como não queria me molhar para preservar a fantasia, entrei na Cantina da dona Fátima – por sinal minha prima, perguntei a ela se poderia dar uma descansada por ali mesmo, mas na hora que ela percebesse que a Capela fosse sair, ela que me avisasse. Parou a chuva, mas nessa descansadinha...Apaguei também. Quatro horas da manhã acordei e não tinha nem Capela e mais nada. – Epitácio acabou o carnaval, me informou a Fátima.
Minha ‘descansadinha’ foi além da hora, desfilaram todas as Escolas de Samba da cidade e eu dormi. Peguei a fantasia e solitariamente atravessei a avenida já vazia.
Histórias dos carnavais.”
 
Nossa equipe de 'psicanalistas do riso'.

Se você tem uma história interessante, chegue no Jekiti, conte que nos gravamos e publicamos.
Assim vamos construindo a nossa historia popular.
Participe!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Tudo pronto...Olha eu aqui!

Iluminação precária na Pç. Feira Mar
Faltando pouco mais de dez dias para o carnaval, a cidade precisa se preparar para receber milhares de foliões. A Avenida do Samba, como de costume, recebe infraestrutura para a festa. Mas não se pode esquecer o entorno, principalmente o Setor Histórico. Da Praça Central- Cel.Macedo, a Praça da Feira Mar, Mercado e Trapiche, o logradouro da Carioca...Ponta da Pita e adjacências.

Ar de abandono
A Praça Cel Macedo está com ar de abandono. É pouco ou quase nada pequenas ações que estão sendo realizadas por voluntários. Precisa realmente de uma “maquiagem”, tipo poda de árvores, melhorar o sistema de iluminação, terminar a pintura das muretas (que foram iniciadas em julho de 2017), iluminar o coreto e recuperar os bebedouros quebrados e sem torneiras. Arrumar calçadas e passeio...Etc. Sem falar da tal iluminação da Fonte que foi recuperada em 2017 e até o momento a Secretaria de Obras, não instalou os equipamentos a ela entregue em dezembro do mesmo ano. É bom ressaltar, que não existe nenhum projeto para a recuperação da praça. Opa, quase esqueci do Jekiti. O ponto de ônibus e de encontro das pessoas que gostam de bater um papo, precisa urgentemente de melhorias. Desde a parte estrutural, elétrica, iluminação e pintura. O Jekiti, durante o carnaval é local de mil e uma utilidades e merece um tratamento especial.

Obra pela metade
Uma das mazelas do poder público municipal, é começar um serviço e não concluir.
Conheço até uma amiga que apelidou o tal órgão responsável de Secretaria de Obras pela Metade, e com razão.
Não é de hoje que se inicia uma melhoria e não se conclui. A atual gestão parece ter sido contaminada pelo “vírus da metade”. Quer ver um exemplo: iniciaram a pintura dos balaústres da Feira-Mar em outubro de 2018 e mereceu até postagem do setor de divulgação do gabinete, mas até o momento – após um ano e alguns meses, a pintura não foi concluída. Em 2017 também iniciaram a pintura da Secretaria de Educação de cor azul, passem lá e vejam...Ainda não concluíram.  A tal Garage Municipal, iniciada na gestão do Canduca até agora não foi concluída. Uma simples poda na praça, só foi feita a metade, pois o caminhão quebrou e nunca mais retornaram. E muitas outras, se listada faltaria espaço pra tanto inacabado.

A espera
Outra mazela palaciana, é prever recursos para realização de projeto de recuperação de algum imóvel ou logradouro. Por exemplo: a Estação Ferroviária quando foi contemplada pelo PAC das Cidades Históricas, a prefeitura não trocou mais nenhuma telha, nem ao menos limpou as calhas. Deixaram o prédio em péssimas condições, a espera de um provável projeto. As condições estavam tão precárias, que quase os recursos destinados a reforma, não conseguiria cobrir. Hoje temos uma Estação recuperada, graças a boa vontade do Iphan e articulações políticas da atual gestão.

Na Praça da Feira Mar acontece o mesmo problema. Segundo a placa ali instalada, o logradouro deveria ter passado por reformas, mas até o momento apenas deparamos com uma espaço sucateado, com poucos bancos, sem lixeiras, bebedouro e durante a noite em total penumbra. Se faz necessário uma ação emergencial para a melhoria da iluminação, pois a semana que vem teremos o carnaval e o local iluminado dará mais segurança a comunidade e mostrara todo o “charme” do local.

O mesmo acontece com o Trapiche, que aguarda recursos, mas é uma lástima, principalmente o flutuante.

É muito bom sair por aí fazendo selfie - prática costumeira do nosso alcaide, a frente de “suas” realizações. Melhor seria, realizar pequenas e importantes ações para melhorar o nosso dia-a-dia, como colocação de lixeiras, recuperação de calçadas, acessibilidade e sinalização de trânsito.
Parece que as coisas simples e de baixo custo não atrai os políticos. Mas são essenciais para se melhor viver em uma cidade.

A semana que vem tem carnaval.
“...que bom seria sonhar tudo de novo”

E Tenho Dito!

domingo, 9 de fevereiro de 2020

DIVÃ DO JEKITI - A bolsinha dos 20 mil dólares


Meu amigo Zé Goto, conta uma das suas histórias do nosso carnaval.
Conta aí Zé:

A bolsinha dos 20 mil dólares.

“Era uma vez, numa segunda-feira de carnaval, lá pelos anos noventa, todos vestidos de mulher – dia das Escandalosas - bem em frente de casa, Jorginho e Tico Fayad respectivamente, os dois vestidos a caráter e de vermelho pra variar (atleticanos).
Todos estávamos nos preparando para sair a avenida e aquilo lotado, mas lotado que não cabia mais nem pensamento.
Aí, passam dois caras com a camisa do flamengo, e Tico - vascaíno roxo...não sei o quê?!...E Jorginho também quis avançar nos caras. Tico agarrou Jorginho, e nesse exato momento passava a polícia militar – pessoal de fora que não os conhecia, agarraram os dois - que apesar do apelo da plateia dizendo que não era briga e sim brincadeira entre pai e filho. Mas os policiais foram taxativos e os levaram pra a delegacia, onde deveriam se explicar.
Foram levados até a viatura, que estava parada na Rua do Eduardo Bó, e queriam joga-los no camburão...Aí, chega Eliana, cunhada de Tico, e tenta argumentar: -Eles não são vagabundos, não coloquem eles na viatura! Mas nada resolveu. A Eliana foi empurrada por um policial e no momento, chegou o vereador Jefferson Fonseca e argumentou junto aos policiais, que os rapazes eram gente de Antonina, e não estavam brigando. Não houve acordo, e foram resolver o impasse na delegacia de polícia. Os argumentos serviram ao menos para serem levados sentados na viatura e não no camburão, como pretendiam os policiais.

Zé Goto - Contador de história

Tico estava com uma bolsinha, que na hora da confusão, sem ele perceber, foi retirada por sua cunhada Eliane e guardada em sua casa.
Chegando na delegacia, a primeira pergunta que Tico fez, foi sobre a bolsinha.
– Cadê minha bolsinha? Meu cigarro? ... E tinha 20 mil....Cadê minha bolsinha? E ficou repetindo insistentemente. A insistência foi tanta encima dessa tal bolsinha, que o escrivão antes de registrar a ocorrência...Indagou: - Senhor, tinha 20 mil reais? Tico respondeu...Não 20 mil dólares! E aí começou uma grande confusão...Pois Tico questionava que a tal bolsinha deveria ter ficado na viatura. E insistentemente repetia: - Eu quero minha bolsinha!
O escrivão atencioso e preocupado, liga pra viatura que atendeu a ocorrência – só pra ter uma ideia, na segunda de carnaval, a cidade fica “entupida” pra viatura chegar a delegacia, três quadras da avenida, demorava mais de meia hora – e se reportou aos policiais, dizendo que o senhor que foi levado à delegacia sentiu falta de uma bolsinha, que continha além de cigarros a importância de 20 mil dólares. Os policiais, revistaram toda a viatura e não encontraram a tal bolsinha.
O escrivão então falou ao Tico: Meu senhor a tal bolsinha não está lá!
Nesse vai e vem passaram mais de hora e os dois continuaram detidos.
Até a chegada da Eliane. Mas Tico continuava a insistir no desaparecimento da tal bolsinha que continha 20 mil dólares. Eliane então esclareceu, que na hora da confusão toda, pegou a tal bolsa, e que não continha nenhuma grande importância. Estavam cigarros e alguns trocados.
Daí, como o escrivão já conhecia as “figuras”, caíram na gargalhada e os dois foram imediatamente liberados para voltarem a brincar na avenida. Mas sem a tal bolsinha dos 20 mil dólares”. Ainda bem que prevaleceu o espírito de carnaval.

José Goto
08.02.2020


A platéia presente.

Venho contar suas histórias. É bom de contar e de ouvir, assim 
resgatamos o nosso rico repertório popular.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

EM FEVEREIRO...TEM CARNAVAL...

Antonina...Tem carnaval!

E MUITA POLÍTICA.

Política e carnaval são ingredientes de difícil harmonia, principalmente em um ano de eleições municipais.
Pelo lado da política, nota-se que uma grande parcela do eleitorado, é de opinião que o poder público não deveria gastar recursos com o evento. Enquanto outros, aguardam a festa para se divertir, e os empresários das áreas de hospedagem, gastronomia e serviços, contam com a data, para melhorar o faturamento e movimentar a economia da cidade.

Essas divergências sempre causaram preocupações aos gestores públicos. Já tivemos prefeitos – por pressão dos desinteressados - que enxugaram os recursos para a festa e outros que extravasaram o caixa da prefeitura, com contratações absurdas. É só ver suas prestações de contas.
Em todo início de gestão, quase sempre ouvimos o mesmo discurso: “vamos gastar o mínimo, pois o orçamento que temos não foi por nós elaborado”. A nova equipe tenta fazer “das tripas...coração” e monta um projeto enxuto. Mas no desenvolver do samba, as coisas vão se modificando e o caldo engrossa. Gasta-se “muito”.

No ano seguinte segue o baile e começa tudo de novo. As mesmas desculpas, mesmos problemas. E isso estou falando apenas de recursos para infraestrutura do evento, porque o carnaval mesmo quem faz é quem gosta e gasta: os carnavalescos, as Escolas de Samba, Blocos...E o povo brincalhão! Que raramente consegue recurso, ou se consegue, vem com cara de “esmola” e favor.

É bom deixar claro, que não estou me definindo quer por um ou outro lado, mas sim, na simples narrativa de bastidor.

Eleições e carnaval
Sendo o carnaval em ano eleitoral, os candidatos irão correr atrás dos votos dos foliões.
O atual mandatário, sequer imagina uma derrota nas urnas. E vai, é obvio, jogar as cartas na avenida - creio que não falte recursos para a festa. E não só ele como os demais pretendentes.
O formato é autofágico. As agremiações, por outro lado, “sempre” correram atrás dos político pra arrumar recursos em troca de apoio, prática que hoje, ao menos, está sendo rejeitada pela população. É preciso ficar atendo a estes tipos de comportamento, e fazer do nosso carnaval uma grande festa, com o mínimo envolvimento eleitoreiro e clientelista.

Cultura e Geração de Renda
O Carnaval - com “C” maiúsculo mesmo - precisa fazer parte dos Programas Governamentais. É uma das maiores festas populares do planeta e da nossa cidade. Mas é preciso ser tratado com rigor, respeito, planejamento e principalmente com profissionalismo.
Nossa grande festa cultural - da cidade Patrimônio do Brasil, precisa ser entendida e absorvida pelos políticos de plantão, dos pretendentes, do empresariado e principalmente pela população. Não necessariamente ser aceita por todos, mas degustada e entendida.
Nosso carnaval é fruto da nossa rica diversidade e se faz necessário, transforma-lo – no caso Antonina, em gerador de renda e emprego. Durante o ano inteiro.
Ou continuaremos repetindo o mesmo enredo dos clamores.

“Sonhei que era carnaval, festa do povo...
Que bom seria sonhar tudo de novo” Relem.

E tenho dito!



02.02.2020 Eh Eh Eh!

sábado, 1 de fevereiro de 2020

LIVRO COM FOTOGRAFIAS DO CARNAVAL DE ANTONINA...Só R$80,00

Sobre capa do livro. Capa dura em edição de luxo.
Estou disponibilizando do meu acervo (restam apenas 70), dez livros de fotografias 
“Carnaval de Antonina- 35 anos de cumplicidades” editado em 2011, que
 podem ser adquiridas diretamente comigo, com desconto especial do preço de mercado, 
de R$120,00 por R$80,00, 
para pagamento a vista ou no cartão de débito.
 Não aceito cheque!

O livro “Carnaval de Antonina- 35 anos de cumplicidades” contém 
mais de duzentas imagens dos carnavais da cidade, no período de 1975 a 2010, 
com textos do escritor Cristovan Tezza e do crítico de arte Sergio Kirdziej.

PROMOÇÃO VÁLIDA
DE 01 A 25 DE FEVEREIRO
(Terça-feira de carnaval).
Solicite in-box ou pelo Wathsap: 99906-4081

CORRA PRA GARANTIR O SEU EXEMPLAR!

Também pode ser adquirido na Livraria da Barca e na Arte-Nina no 
Mercado Municipal a preço de banca.

Miolo em papel couché. 200 imagens.
 Algumas imagens do livro:




Fotógrafo e Rei Momo.

 Também pode ser adquirido na Livraria da Barca e na Arte-Nina no 
Mercado Municipal a preço de banca.