domingo, 2 de fevereiro de 2020

EM FEVEREIRO...TEM CARNAVAL...

Antonina...Tem carnaval!

E MUITA POLÍTICA.

Política e carnaval são ingredientes de difícil harmonia, principalmente em um ano de eleições municipais.
Pelo lado da política, nota-se que uma grande parcela do eleitorado, é de opinião que o poder público não deveria gastar recursos com o evento. Enquanto outros, aguardam a festa para se divertir, e os empresários das áreas de hospedagem, gastronomia e serviços, contam com a data, para melhorar o faturamento e movimentar a economia da cidade.

Essas divergências sempre causaram preocupações aos gestores públicos. Já tivemos prefeitos – por pressão dos desinteressados - que enxugaram os recursos para a festa e outros que extravasaram o caixa da prefeitura, com contratações absurdas. É só ver suas prestações de contas.
Em todo início de gestão, quase sempre ouvimos o mesmo discurso: “vamos gastar o mínimo, pois o orçamento que temos não foi por nós elaborado”. A nova equipe tenta fazer “das tripas...coração” e monta um projeto enxuto. Mas no desenvolver do samba, as coisas vão se modificando e o caldo engrossa. Gasta-se “muito”.

No ano seguinte segue o baile e começa tudo de novo. As mesmas desculpas, mesmos problemas. E isso estou falando apenas de recursos para infraestrutura do evento, porque o carnaval mesmo quem faz é quem gosta e gasta: os carnavalescos, as Escolas de Samba, Blocos...E o povo brincalhão! Que raramente consegue recurso, ou se consegue, vem com cara de “esmola” e favor.

É bom deixar claro, que não estou me definindo quer por um ou outro lado, mas sim, na simples narrativa de bastidor.

Eleições e carnaval
Sendo o carnaval em ano eleitoral, os candidatos irão correr atrás dos votos dos foliões.
O atual mandatário, sequer imagina uma derrota nas urnas. E vai, é obvio, jogar as cartas na avenida - creio que não falte recursos para a festa. E não só ele como os demais pretendentes.
O formato é autofágico. As agremiações, por outro lado, “sempre” correram atrás dos político pra arrumar recursos em troca de apoio, prática que hoje, ao menos, está sendo rejeitada pela população. É preciso ficar atendo a estes tipos de comportamento, e fazer do nosso carnaval uma grande festa, com o mínimo envolvimento eleitoreiro e clientelista.

Cultura e Geração de Renda
O Carnaval - com “C” maiúsculo mesmo - precisa fazer parte dos Programas Governamentais. É uma das maiores festas populares do planeta e da nossa cidade. Mas é preciso ser tratado com rigor, respeito, planejamento e principalmente com profissionalismo.
Nossa grande festa cultural - da cidade Patrimônio do Brasil, precisa ser entendida e absorvida pelos políticos de plantão, dos pretendentes, do empresariado e principalmente pela população. Não necessariamente ser aceita por todos, mas degustada e entendida.
Nosso carnaval é fruto da nossa rica diversidade e se faz necessário, transforma-lo – no caso Antonina, em gerador de renda e emprego. Durante o ano inteiro.
Ou continuaremos repetindo o mesmo enredo dos clamores.

“Sonhei que era carnaval, festa do povo...
Que bom seria sonhar tudo de novo” Relem.

E tenho dito!



02.02.2020 Eh Eh Eh!

Um comentário:

  1. Reflexão obrigatoria, meu caro Eduardo! O carnaval é uma festa importante do nosso calendário. Numa cidade turistica e carnavalesca como a Deitada-a-beira-do-mar o carnaval é tambem fonte de renda para muitos. Por isso, como voce disse, o carnaval precisa ser levado a seria, institucionalizado, mas sem perder a alegria jamais.
    Grande abraço!!

    ResponderExcluir

Comente com responsabilidade e se identifique.