Antonina...Tem carnaval! |
E MUITA POLÍTICA.
Política e carnaval são ingredientes de difícil harmonia,
principalmente em um ano de eleições municipais.
Pelo lado da política, nota-se que uma grande parcela do
eleitorado, é de opinião que o poder público não deveria gastar recursos com o
evento. Enquanto outros, aguardam a festa para se divertir, e os empresários das
áreas de hospedagem, gastronomia e serviços, contam com a data, para melhorar o
faturamento e movimentar a economia da cidade.
Essas divergências sempre causaram preocupações aos
gestores públicos. Já tivemos prefeitos – por pressão dos desinteressados - que
enxugaram os recursos para a festa e outros que extravasaram o caixa da
prefeitura, com contratações absurdas. É só ver suas prestações de contas.
Em todo início de gestão, quase sempre ouvimos o mesmo
discurso: “vamos gastar o mínimo, pois o orçamento que temos não foi por nós
elaborado”. A nova equipe tenta fazer “das tripas...coração” e monta um projeto
enxuto. Mas no desenvolver do samba, as coisas vão se modificando e o caldo
engrossa. Gasta-se “muito”.
No ano seguinte segue o baile e começa tudo de novo. As
mesmas desculpas, mesmos problemas. E isso estou falando apenas de recursos
para infraestrutura do evento, porque o carnaval mesmo quem faz é quem gosta e
gasta: os carnavalescos, as Escolas de Samba, Blocos...E o povo brincalhão! Que
raramente consegue recurso, ou se consegue, vem com cara de “esmola” e favor.
É bom deixar claro, que não estou me definindo quer por
um ou outro lado, mas sim, na simples narrativa de bastidor.
Eleições e carnaval
Sendo o carnaval em ano eleitoral, os candidatos irão
correr atrás dos votos dos foliões.
O atual mandatário, sequer imagina uma derrota nas urnas.
E vai, é obvio, jogar as cartas na avenida - creio que não falte recursos para
a festa. E não só ele como os demais pretendentes.
O formato é autofágico. As agremiações, por outro lado, “sempre”
correram atrás dos político pra arrumar recursos em troca de apoio, prática que
hoje, ao menos, está sendo rejeitada pela população. É preciso ficar atendo a
estes tipos de comportamento, e fazer do nosso carnaval uma grande festa, com o
mínimo envolvimento eleitoreiro e clientelista.
Cultura e Geração de Renda
O Carnaval - com “C” maiúsculo mesmo - precisa fazer
parte dos Programas Governamentais. É uma das maiores festas populares do
planeta e da nossa cidade. Mas é preciso ser tratado com rigor, respeito,
planejamento e principalmente com profissionalismo.
Nossa grande festa cultural - da cidade Patrimônio do
Brasil, precisa ser entendida e absorvida pelos políticos de plantão, dos pretendentes,
do empresariado e principalmente pela população. Não necessariamente ser aceita
por todos, mas degustada e entendida.
Nosso carnaval é fruto da nossa rica diversidade e se faz
necessário, transforma-lo – no caso Antonina, em gerador de renda e emprego.
Durante o ano inteiro.
Ou continuaremos repetindo o mesmo enredo dos clamores.
“Sonhei que era carnaval, festa do povo...
Que bom seria sonhar tudo de novo” Relem.
E tenho dito!
02.02.2020 Eh Eh Eh!
Reflexão obrigatoria, meu caro Eduardo! O carnaval é uma festa importante do nosso calendário. Numa cidade turistica e carnavalesca como a Deitada-a-beira-do-mar o carnaval é tambem fonte de renda para muitos. Por isso, como voce disse, o carnaval precisa ser levado a seria, institucionalizado, mas sem perder a alegria jamais.
ResponderExcluirGrande abraço!!