terça-feira, 22 de novembro de 2022

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA BALA DE BANANA DE ANTONINA


O QUE É INDICAÇÃO GEOGRÁFICA?

“As Indicações Geográficas (IGs) são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas possuem duas funções principais:

- Agregar valor ao produto;

- Proteger a região produtora.

O sistema de Indicações Geográficas deve promover os produtos e sua herança histórico-cultural, que é intransferível. Essa herança abrange vários aspectos relevantes: área de produção definida, tipicidade, autenticidade com que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção, garantindo um padrão de qualidade. Tudo isso confere uma notoriedade exclusiva aos produtores da área delimitada.

Ao mesmo tempo em que se possui uma qualidade diferenciada, a mesma está protegida por esse reconhecimento ser único dos produtores daquela região.

As Indicações Geográficas ajudam na preservação da biodiversidade, do conhecimento e dos recursos naturais, e trazem contribuições extremamente positivas para as economias locais e para o dinamismo regional, pois proporcionam o real significado da criação de valor local.”

Leia mais:https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/indicacoes-geograficas-brasileiras,8a47d106b5562510VgnVCM1000004c00210aRCRD


A BALA DE BANANA DE ANTONINA

A bala de banana de Antonina, através dos produtores da Bala Antonina e Bananina, após longo período de procedimentos, obteve o selo de identidade de um produto com Identificação Geográfica. Essa conquista, além de agregar valor ao produto, passa verdadeiramente representar não somente a cidade como a região litorânea paranaense. Contribuindo ainda mais com a cadeia produtiva, gerando mais emprego e renda a comunidade.

Parabém aos empresários e a toda equipe de produção que fazem da nossa ‘balinha” ... Gigante na representação simbólica de Antonina.

Abraço do blog.


leia mais: A história da Bala de Banana de Antonina

https://palavradobo.blogspot.com/2019/02/a-bala-de-banana-de-antonina.html


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

o voto sumiu!?!?!? Mais uma do Divã do Jekiti

 

Hoje nossa "paciente" é a amiga Marilisa Fonseca Lange, que retorna nos contar histórias da cidade. Conta aí Marilisa:

O voto sumiu!

Diante do momento político que estamos vivendo, com protestos de eleitores que acham que houve violação das urnas eletrônicas, lembrei-me de uma antiga história que ocorreu em Antonina nos tempos da ditadura militar e das cédulas de papel.

O querido Professor Alcindo que foi meu professor de inglês se candidatou a vereador. No dia da eleição levou de carro uma parente para votar no Grupo Escolar Ermelino Matarazzo. Quando apuraram as urnas, não apareceu nenhum voto para ele nas urnas deste Grupo. Ele pediu recontagem dos votos porque tinha certeza de que tinha acontecido fraude eleitoral. Recontaram e não apareceu o voto da parente que foi obrigada a confessar que não havia votado nele porque se votasse nele não poderia votar no partido e no candidato a prefeito que queria. Naquela época existiam apenas dois partidos políticos: ARENA, partido apoiado pelos militares e MDB que era da esquerda.  E o voto tinha que ser intrapartidário.  Você só podia votar em candidatos do mesmo partido. Se votasse diferente o voto era anulado. Antigamente em dia de eleição os familiares e amigos dos candidatos passavam o dia dando carona para as pessoas irem votar e pediam voto. Os candidatos ajudavam na gasolina, contratavam carros.  Era um dos jeitinhos brasileiros de “comprar” votos. Que decepção com a parente vergonha passou o Professor Alcindo depois de alegar que havia corrupção na eleição. Por outro lado, a dita parente não se deixou influenciar pela carona e ficou firme em suas convicções políticas.  Quem era ARENA e quem era MDB? Quem era a favor ou contra a ditadura? Em que ano isto ocorreu? Quem era a parente? Se alguém souber, avise para a história ficar completa.

Marilisa Fonseca Lange  09/11/2022

 O Divã do Jekiti é uma coluna publicada no Blog Palavradobo, com causos e histórias contadas pelos frequentadores do Jekiti, lugar de convivência social – ponto de ônibus com dois cafés em Antonina. As conversas-histórias são gravadas, subscritas e postadas pelo editor do blog.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Mais uma do Divã do Jekiti. Eleições 1996 o Caso Joaquim e Manoel.

 

ELEIÇÕES 1996  O caso Joaquim e Manoel.

Em 1996 fui candidato a prefeito de Antonina pelo PT. A campanha foi muito interessante, bem articulada e participativa. Tivemos até Plano de Governo (o primeiro a ser apresentado a comunidade).

Como em todas as campanhas, principalmente nas cidades menores, sempre tem um candidato “amparado” pelo governo estadual. O PT fazia oposição e tinha poucas cidades por ele administrada, e de difícil aceitação por considerada parte da comunidade.

Fizemos uma “campanha limpa” conforme mandava o figurino e a Lei Eleitoral. Mas, nossos adversários como sempre corriam atras do voto a qualquer preço, distribuindo facilitações a quem possa interessar, de olho no voto do eleitor.

 Mas, o motivo de escrever essas linhas, é para relatar um caso curioso e engraçado ocorrido no dia das eleições. O juiz eleitoral proibiu qualquer tipo de reunião partidária no dia anterior ao pleito. Causando estranhamento a todos, pois a coordenação da campanha deveria se reunir para designar pessoal do partido a fim de fiscalizar as seções eleitorais. Fizemos uma reunião meio as escondidas abaixo de um grande temporal, e após distribuição dos envelopes e credenciais da equipe, eis que chegam de Curitiba, Joaquim (Cocota) e Manoel (Manino) dispostos a colaborar.

Ficou então a cargo dos dois a seção do bairro do Cedro. Comunidade distante da sede e de difícil aceso, principalmente em período chuvoso. Assim sendo, demos algumas dicas do local: vão pela estrada de Guaraqueçaba e em determinado momento irão encontrar um bar e um desvio a direita, peguem o desvio que os levara ao Cedro.

Dia seguinte, partiram cedo ao destino. A chuva deu uma acalmada, mas não cessou. Por um certo tempo desconfiaram que deveriam ter seguido em frente e não encontraram o tal desvio a direita. Após alguns minutos chegaram a uma localidade. Um olhou para o outro e comentaram:  - Deve ser aqui! A movimentação era de eleitores.  – Bom dia...Falou o Manoel. Somos fiscais do PT e gostaríamos de nos apresentar. Complementou. O mesário surpreso disse: desculpem, mas aqui não tem candidatos do PT. – Como assim? Retrucou nosso fiscal. - Aqui não é o Cedro? – Não, aqui é Tagaçaba pertencente a Guaraqueçaba. O cedro é de outro lado...Precisam retornar alguns quilômetros, ao encontrar uma venda e um desvio a esquerda, é só seguir. Chegarão em poucos minutos. Afirmou o mesário.

Decepcionados e após muitas risadas por parte dos presentes, os dois retornaram e acharam a tal estrada. Cumprindo suas tarefas.

Após as urnas serem abertas, constavam dois votos a nossa candidatura, o de Joaquim e do Manoel.  Esses meus conterrâneos!

Eduardo Nascimento  09 nov 22


O Divã do Jekiti é uma coluna publicada no Blog Palavradobo, com causos histórias contadas pelos frequentadores do Jekiti, lugar de convivência social – ponto de ônibus com dois cafés em Antonina. As conversas-histórias são gravadas, subscritas e postadas pelo editor do blog.