Hoje nossa
"paciente" é a amiga Marilisa Fonseca Lange, que retorna nos contar
histórias da cidade. Conta aí Marilisa:
O voto
sumiu!
Diante do momento político
que estamos vivendo, com protestos de eleitores que acham que houve violação
das urnas eletrônicas, lembrei-me de uma antiga história que ocorreu em
Antonina nos tempos da ditadura militar e das cédulas de papel.
O querido Professor Alcindo que foi meu professor de inglês se candidatou a vereador. No dia da eleição levou de carro uma parente para votar no Grupo Escolar Ermelino Matarazzo. Quando apuraram as urnas, não apareceu nenhum voto para ele nas urnas deste Grupo. Ele pediu recontagem dos votos porque tinha certeza de que tinha acontecido fraude eleitoral. Recontaram e não apareceu o voto da parente que foi obrigada a confessar que não havia votado nele porque se votasse nele não poderia votar no partido e no candidato a prefeito que queria. Naquela época existiam apenas dois partidos políticos: ARENA, partido apoiado pelos militares e MDB que era da esquerda. E o voto tinha que ser intrapartidário. Você só podia votar em candidatos do mesmo partido. Se votasse diferente o voto era anulado. Antigamente em dia de eleição os familiares e amigos dos candidatos passavam o dia dando carona para as pessoas irem votar e pediam voto. Os candidatos ajudavam na gasolina, contratavam carros. Era um dos jeitinhos brasileiros de “comprar” votos. Que decepção com a parente vergonha passou o Professor Alcindo depois de alegar que havia corrupção na eleição. Por outro lado, a dita parente não se deixou influenciar pela carona e ficou firme em suas convicções políticas. Quem era ARENA e quem era MDB? Quem era a favor ou contra a ditadura? Em que ano isto ocorreu? Quem era a parente? Se alguém souber, avise para a história ficar completa.
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