domingo, 20 de março de 2011

E AMANHÃ?

Na última quinta-feira, 17 - participei de uma reunião para esclarecimentos com pessoas preocupadas com a situação em que nossa cidade se encontra, na Colônia Pitagórica. A pergunta que pairava no ar era a mesma: E agora o que fazer?
Sem nenhuma resposta imediata e sem ao menos estar ciente da real situação. De um lado, por falta total de comunicação por parte da Defesa Civil, quer estadual ou local e de outro por omisão do setor de comunicação da própria prefeitura, o grupo procurou o geólogo Jeff Picanço (Unicamp/SP) que acompanhou grande parte do ocorrido, para nos passar um diagnóstico técnico da situação.
O que ficou muito claro, é que a partir de agora teremos que rever nossos conceitos. Entender a natureza e saber que nossa cidade está inserida em um grande contexto, que é a floresta Atlântica da Serra do Mar. As encostas dos morros já demonstraram sua frágil resistência com os atuais deslizamentos, causados pelo excesso de chuva e o uso indiscriminado.

Algumas posições deverão ser tomadas pelas autoridades competentes, tais como:
a)      A desocupação total do Bairro das Laranjeiras e possível transformação em Área de Preservação Ambiental;
b)      O retorno parcial das comunidades da Graciosa de Cima, De Baixo e Portinho, às suas residências;
c)      A possibilidade de demolição de alguns imóveis – em risco – do Morro do Bom Brinquedo, Rua Leovegildo de Freitas;
d)      Um mapeamento das áreas de risco do município;
e)      O treinamento das comunidades ocupantes de áreas de risco, para monitoramento contínuo;
f)        Um convênio entre município, estado e Ufpr para facilitar as ações técnicas e propositivas para as áreas de risco;

Outras preocupações também foram levantadas, tais como:
a)      A desocupação imediata das Escolas Públicas ocupadas como alojamento;
b)      A falta de espaços adequado e imediato para acolher os desabrigados;
c)      A localização e desapropriação de área para construção de casas aos desabrigados, respeitando suas características urbanas e sociais;
d)      A lenta e precária recuperação do sistema de abastecimento de água pela SAMAE;
e)      A destinação e a aplicação dos recursos que serão canalizados para o município.

As indagações são ilimitadas e o momento contribui ainda mais para nos deixar “sem chão” e sem respostas. O tempo e as palavras juntarão pessoas disponíveis, a pontuar caminhos facilitadores para a reconstrução do nosso tão cobiçado, polêmico, abandonado e agora calamitoso cantinho do universo, chamado Antonina.

Voltaremos a nos reunir na próxima segunda-feira, às 20h no mesmo local. A reunião é aberta. Não temos solução para tudo, mas estamos tentando pontuar alguma coisa. Boa nota!


Um comentário:

  1. Bó, bela iniciativa. Paralelo a essas medidas é preciso priorizar aquelas pessoas que dependem do turismo, portanto as vias de acessos devem ser reparadas com urgência.
    Cabe ao poder público a as associações ligadas ao turismo contingenciar um plano de revitalização dos estabelecimentos
    abraço

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