quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

MANUTENCÃO EIS A QUESTÃO...velho papo...mesmo problema.

 MANUTENÇÃO EIS A QUESTÃO!


Postado em 26 de novembro de 2002...e no livro "Crônicas da Capela" ed 2006.

A vida nos ensina que devemos sempre agir com responsabilidade em todos os nossos atos. Desde um gesto simples de sobrevivência com dignidade, na constituição de uma família e muito mais no exercício difícil da política quando ocupamos cargos públicos.

Manter alguma coisa em nossos dias é tarefa muito difícil. O simples assalariado vê o seu poder aquisitivo fugidio e só com muita ginástica consegue manter as suas necessidades básicas e quando sobra algumas migalhas procura guardar para adquirir alguma coisa que irá melhorar – nem sempre – a sua qualidade de vida.

Mas o difícil mesmo é manter esta qualidade.

Um pequeno planejamento é necessário para se conseguir equilibrar o orçamento. Não dá pra sair por aí comprando tudo o que a gente vê, sem antes fazer as contas e checar como se vai manter o novo bem que se adquire, ele não só tem um custo inicial como também deverá ser calculado, quanto iremos gastar com a sua manutenção. Aí começam os problemas.

Manutenção são medidas necessárias para a conservação ou a permanência de alguma coisa ou de uma situação. São determinados cuidados que devemos tomar para dar vida as nossas aquisições, sejam elas materiais, humanas, culturais, utilitárias, de serviços...Etc... Etc.

Diariamente nos damos conta de pessoas que não conseguem manter os seus bens, ou que eles se deterioram com o tempo por falta de manutenção e chegam a perder tudo.

No poder público quase sempre acontece a mesma coisa. É fácil de perceber que cada novo governante gosta de deixar a sua marca administrativa. É muito fácil construir coisas, principalmente megalomaníacas. O governante gasta o que bem entende, nem se quer consulta a comunidade sobre a necessidade da obra, constrói e deixa o tempo tomar conta da edificação. Não tem dinheiro para contratação de pessoal e muito menos para a sua manutenção. Daí vamos nos dar conta novamente de mais “uma coisa” feita pelos belos caprichos da administração, que sempre se diz pública. Sabemos que é muito difícil manter as coisas, por isso é preciso planejar e envolver a comunidade em suas decisões.

Em nossa cidade deparamos muito bem com este problema. A prefeitura diz que não tem dinheiro sequer para trocar as lâmpadas queimadas. Há cinco anos deram um novo visual na Praça Cel. Macedo – muito bom por sinal – mas não consegue sequer manter um jardineiro. Faltam lâmpadas, luminárias, bancos e carinho com o nosso centenário logradouro público. A Praça Romildo Pereira – Feira Mar está totalmente as escuras. Em seis anos desta gestão foram ali colocados apenas uma dúzia de bancos e nada mais. Nem uma boa varrida nos finais de semana é feita. O Centro Social do Batel – obra desta gestão- não tem uma programação contínua e esporadicamente acontece alguma coisa promovida pela prefeitura. Falta tudo.

 

Sem falar do Teatro Municipal, que nem luz no palco tem. Muito menos funcionários especializados para o seu funcionamento mínimo de acordo com suas finalidades. Ainda mais tem a Ponta da Pita, as Fontes da Carioca e Laranjeiras, o Mirante da Pedra da Bela Vista que necessitam com urgência de uma manutenção sistemática.

Hoje ao chegar na cidade o visitante depara com novas e importantes construções, patrocinadas pelo Governo do Estado. A Estação Ferroviária, o Mercado e o Trapiche Municipal estão sendo recuperados e irá em breve melhorar o visual da cidade. Mas a pergunta persiste...Quem irá manter estas obras? Será que vai ser o município?  É claro que sim, e é aí que mora a nossa preocupação.  A Estação deve se tornar um Centro Cultural e Turístico (até agora a gente só sabe por causo da placa), o Mercado deve funcionar como mercado, ou não? E o Trapiche ta lá, de vez em quando atraca um barco. Sem ao menos ter sido oficialmente entregue a comunidade já está danificado, com a metade da iluminação queimada e o mato bem crescido.                                                                                                      A quantidade de dinheiro público gasto para a recuperação destes edifícios deveria englobar o custo para a sua manutenção, para não termos que novamente assistir o desgaste e a total desatenção administrativa municipal, que comprovadamente não consegue sequer manter nossas mínimas necessidades. A cidade está esburacada, às escuras - estão sendo substituídas as lâmpadas de mercúrio por vapor de sódio pela Copel (Procel) – maltratada e judiada. A gente sente a falta da presença da administração, a gente sente a falta total de manutenção em tudo em todos os lugares.

E daí? Se um cidadão não consegue manter um bem que compra, perde. A justiça cobra e faz a pessoa devolver. Quando não mantemos a nossa família a justiça nos prende. E os políticos como ficam quando eles não conseguem manter as necessidades mínimas da população, será que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem como cobrar deles? Ou será que devemos acionar junto ao Ministério Público, estes irresponsáveis e incompetentes? O que não podemos é continuar assistindo um Festival de gastos públicos que em muito pouco tempo se transforma em sucata, e começa tudo de novo. Devemos sim é cobrar políticas mais responsáveis, mais verbas e pessoal competente para manter as nossas necessidades básicas. No mínimo gostaríamos que os nossos administradores se fizessem presentes em nossa cidade. Pois nem os manter por aqui a gente consegue, imaginem as nossas reivindicações.

 N.E. Para não ter que escrever de novo.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

DURANTE O APAGÃO DE ONTEM ...

Imagem arquivo Face


DURANTE O APAGÃO

Foi com apenas 8 anos, que pude deslumbrar com a luz de uma lâmpada elétrica, em nossa casa. Isso lá no longínquo 1959.

Nossa casa - a mesma que resido hoje e onde estou escrevendo esse relato, sem luz, devido ao temporal na região - acredito que foi a última residência da rua a ter energia elétrica.

Lembro bem, que seu Maninho, eletricista da Cia. Telefônica, foi o responsável pela instalação.

No dia de ligar, deitei-me no chão para admirar tal façanha…uma lâmpada elétrica acesa. Que maravilha! Algo encantador.

Logo, foram colocadas lâmpadas em todas as peças da casa.

Na nossa cama, tinha uma tomada, interruptor, chamado de pera, na ponta de um grande fio elétrico, amarrado no espelho da cama. Era um conforto, poder acender e apagar a lâmpada, sem ter que sair do aconchego.

Até então, a luz que nos orientava nas noites, era de um lampião Aladim, a querosene, que ficava no centro da mesa da sala, adquirido em Curitiba, por nosso tio Nho Bó, Bráulio.

Minha mãe Cirene, costureira, trabalhou muito sob a luz deste lampião e muitas vezes até de lamparina, uma espécie de vela, muito utilizada na época.

Com a luz elétrica, vieram os aparelhos utilitários da casa. Primeiro foi o rádio, um Semp, com várias “ondas”, mas nós sintonizávamos sempre na rádio local, a Antoninense, ZYX-6, para saber das notícias da cidade.

Outro importante aparelho, foi o ferro elétrico, que substituiu o a carvão, um aparelho que continha brasa, elemento que aquecia e servia para passar as roupas amassadas, então, provavelmente, lavadas a mão em um tanque ou em uma bacia.

Agora, acaba de “chegar a luz”, e minha memória se dissolve nos estímulos dos aparelhos e equipamentos.

Mas, voltarei a contar um pouco da passagem, por este pequeno quadrado…ou redondo. Mas nunca plano, do meu país chamado Terra.

Boa noite

02/01/25


 

domingo, 22 de dezembro de 2024

Bom Jour

 Bom jour

Festa apagada,
Banda muda.
Noel saco vazio;
Presente.
Ausente sentimento,
Valor perdido.
Triste idade…cidade.
Gente passando arrumada;
Formada de nada.
Barulho noutro lado
Lanche da fome, canto calado…
Seresta.
Dois de frente não se falam,
Circula notícia mentira.
Vazia maré….caranguejo.
Aceno da noiva…carinho.
Reconheço verdade.
Simples momento.
Há gente. Janta.

BÓas festas e um 2025 florido de borboletRas.


 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Causos antoninenses. O Natal de Luz da Liga...Se liga?!?!

 
Natal de Luz da Liga/2004.















CAUSOS ANTONINENSES/LEGADO

NO NATAL DE LUZ DA LIGA...Cuidado com a rede elétrica

A partir dos anos 2002 aconteceu o Natal de Luz da Liga. A tradicional instituição filantrópica da cidade, sob a batuta da dupla dinâmica Maria Lucia Correa/Olga Marlene Mussi e diretoria realizaram evento festivo natalino, com a participação dos alunos da escolinha.

A ideia partiu do aceito pela amiga professora Lia Pinheiro – trabalho voluntário, em criar um coral com as respectivas crianças. Durante os ensaios a diretoria se entusiasmou e começou um planejamento a fim de apresentar o coral nas janelas do prédio da entidade. Assim, elaborado um belo repertório, indumentária adequada, e uma decoração natalina apropriada foi realizado o primeiro Natal de Luz da Liga.

Este "escrevinhador" aceitou o desafio da direção e produção da festa – voluntário, que, graças a participação e dedicação da comunidade – diretoria, professores, alunos e familiares, emoldurou o espírito natalino da entidade e da cidade, por alguns anos.

Sempre, na última apresentação do coral, programada para o dia 23, o ponto alto do evento era a chegada do casal Noel. No primeiro ano, 2002, eles chegaram de escuna e nos anos subsequentes – até 2006, de trem (ABPF), recepcionados na estação por milhares de crianças com direito a desfile em carro dos Bombeiros, pelas ruas da cidade, abrilhantado pela Filarmônica Antoninense. O desfile tinha como destino a sede da Liga, onde seria realizada a última apresentação do coral das crianças.

A cada ano o pessoal da organização tentava proporcionar uma novidade para o encerramento. Foram flocos de neve de isopor, balões a gás...e muita música. Uma verdadeira apoteose natalina.

Em 2006, creio que tenha sido o último da série, a presidente teve a “brilhante ideia” – brilhante mesmo, em adicionar fitas metalizadas nos balões a gás que seriam soltados durante a cantata de encerramento.

Tudo pronto, crianças apostas e afinadas, prédio iluminado, o casal Noel aposto nas escadarias e os alunos da escolinha trajados com vestimentas representativas de vários países. Carro de bombeiro, Filarmônica engajada e uma plateia alegre, festiva e empolgante.

Hora do encerramento, mensagem da presidente...e que soltem os balões – azul e branco. E assim, como planejado, música e alegria e centenas de balões ascendem aos céus, quando de repente...breves estouros de curtos-circuitos. Luzes se apagam e segundos de pânico – preocupação para com as crianças. Minutos após volta a energia, e nosso pessoal técnico percebe que as festivas fitas laminadas dos balões a gás ao encontrar a rede elétrica fecharam curto – a fiação não era protegida, causa de toda a queda de energia.

Assustados, mas não desanimados, reiniciamos o término do evento, agradecendo a presença de todos, pedindo desculpas pela ocorrência e desejando um Feliz Natal e Ano Novo de 2007, repleto de saúde e felicidade.  Saudado pela musicalidade da nossa Filarmônica Antoninense, que se despediu interpretando o clássico Jingle Bell.

“Nem sempre tudo ocorre perfeitamente, mas só acontece para quem tenta fazer.” Cuidado com a rede elétrica.

Este e outros 50 causos estão no livro “Divã do Jekiti” Adquira em Antonina, na Livraria da Barca, ou autografado com o autor, através da WhatsApp 41 99906-4081. Pague com pix e receba em casa. Apenas R$59,90*. Apoie autores locais. Presenteie com livros! 

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domingo, 6 de outubro de 2024

Resultado das eleições 2024 em Antonina PR.

ELEIÇÕES 2024 – RESULTADO DAS URNAS

 

ROZANE OSAKI PSD 55

5.999 votos  50,01%  ELEITA

 

MÔNICA REPUBLICANOS – 10

40,12%    4.812 Votos computados

JEFFERSON FONSECA PODE – 20

5,79%    694 Votos computados

PROF DAVID COUTO PDT – 12

4,09%    490 Votos computados

 

Votação 12.471 votos

Votos a candidatos concorrentes · 96,18%  11.995 Votos Válidos

Anulados Sub Judice 275 · 2,21%

Nulos 201 · 1,61%

 

Fonte: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao;e=e619;uf=pr;mu=74217;ufbu=pr;mubu=74217;tipo=3/resultados

 

 

VEREADORES ELEITOS

 

- 658 votos

UNIÃO – 44444

YURI OSAKI

Eleito por QP

 

- 536 votos

PSD – 55100

PAULO BROSKA

Eleito por QP

 

- 491 votos

PP – 11607

SANDRA

Eleito por QP

 

- 460 votos

UNIÃO – 44000

THARSON

Eleito por média

 

- 450 votos

PP – 11123

VITOR FERNANDES

Eleito por média

 

- 433 votos

PL – 22777

VALMIR GODOI

Eleito por QP

 

- 424 votos

REPUBLICANOS – 10000

LUCAS PELUSO

Eleito por média

 

- 366 votos

PL – 22000

PROFESSORA PATRICIA TAKASSAKI

Eleito por média

 

- 334 votos

SOLIDARIEDADE – 77400

ZÉ BOIADEIRO

Eleito por QP

 

- 331 votos

PODE – 20124

RAFAEL

Eleito por QP

 

- 294 votos

PSD – 55222

SARA

Eleito por média

 

Outros resultados: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao;e=e619;uf=pr;mu=74217;ufbu=pr;mubu=74217;tipo=3/resultados/cargo/13

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Coisas de eleição. O caso Joaquim e Manoel... No Divã do Jekiti.

 

Coisas de eleições. Causo occorrido em 1996. Publicado no livro "Divã do Jekiti"

ELEIÇÕES 1996... O caso Joaquim e Manoel

Em 1996 fui candidato a prefeito de Antonina pelo PT. A campanha foi muito interessante, bem articulada e participativa. Tivemos até Plano de Governo (o primeiro a ser apresentado a comunidade).

Como em todas as campanhas, principalmente nas cidades menores, sempre tem um candidato “amparado” pelo governo estadual. O PT fazia oposição e tinha poucas cidades por ele administrada, e de difícil aceitação por considerada parte da comunidade.

Fizemos uma “campanha limpa” conforme mandava o figurino e a Lei Eleitoral. Mas, nossos adversários como sempre corriam atrás do voto a qualquer preço, distribuindo facilitações a quem possa interessar, de olho no voto do eleitor.

Mas, o motivo de escrever essas linhas, é para relatar um caso curioso e engraçado ocorrido no dia das eleições. O juiz eleitoral proibiu qualquer tipo de reunião partidária no dia anterior ao pleito. Causando estranhamento a todos, pois a coordenação da campanha deveria se reunir para designar pessoal do partido a fim de fiscalizar as seções eleitorais. Fizemos uma reunião meio às escondidas abaixo de um grande temporal, e após distribuição dos envelopes e credenciais da equipe, eis que chegam de Curitiba, Joaquim (Cocota) e Manoel (Manino) dispostos a colaborar.

Ficou então a cargo dos dois a seção do bairro do Cedro. Comunidade distante da sede e de difícil aceso, principalmente em período chuvoso. Assim sendo, demos algumas dicas do local: vão pela estrada de Guaraqueçaba e em determinado momento irão encontrar um bar e um desvio a direita, peguem o desvio que os levara ao Cedro.

Dia seguinte, partiram cedo ao destino. A chuva deu uma acalmada, mas não cessou. Por um certo tempo desconfiaram que deveriam ter seguido em frente e não encontraram o tal desvio a direita. Após alguns minutos chegaram a uma localidade.

Um olhou para o outro e comentaram:  – Deve ser aqui! A movimentação era de eleitores.  – Bom dia...Falou o Manoel. Somos fiscais do PT e gostaríamos de nos apresentar. Complementou. O mesário surpreso disse: desculpem, mas aqui não tem candidatos do PT. – Como assim? Retrucou nosso fiscal. – Aqui não é o Cedro? – Não, aqui é Tagaçaba pertencente a Guaraqueçaba. O cedro é de outro lado...Precisam retornar alguns quilômetros, ao encontrar uma venda e um desvio a esquerda, é só seguir. Chegarão em poucos minutos. Afirmou o mesário.

Decepcionados e após muitas risadas por parte dos presentes, os dois retornaram e acharam a tal estrada. Cumprindo suas tarefas.

Após as urnas serem abertas, constavam dois votos a nossa candidatura, o de Joaquim e do Manoel. Esses meus conterrâneos!

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