domingo, 6 de outubro de 2024

Resultado das eleições 2024 em Antonina PR.

ELEIÇÕES 2024 – RESULTADO DAS URNAS

 

ROZANE OSAKI PSD 55

5.999 votos  50,01%  ELEITA

 

MÔNICA REPUBLICANOS – 10

40,12%    4.812 Votos computados

JEFFERSON FONSECA PODE – 20

5,79%    694 Votos computados

PROF DAVID COUTO PDT – 12

4,09%    490 Votos computados

 

Votação 12.471 votos

Votos a candidatos concorrentes · 96,18%  11.995 Votos Válidos

Anulados Sub Judice 275 · 2,21%

Nulos 201 · 1,61%

 

Fonte: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao;e=e619;uf=pr;mu=74217;ufbu=pr;mubu=74217;tipo=3/resultados

 

 

VEREADORES ELEITOS

 

- 658 votos

UNIÃO – 44444

YURI OSAKI

Eleito por QP

 

- 536 votos

PSD – 55100

PAULO BROSKA

Eleito por QP

 

- 491 votos

PP – 11607

SANDRA

Eleito por QP

 

- 460 votos

UNIÃO – 44000

THARSON

Eleito por média

 

- 450 votos

PP – 11123

VITOR FERNANDES

Eleito por média

 

- 433 votos

PL – 22777

VALMIR GODOI

Eleito por QP

 

- 424 votos

REPUBLICANOS – 10000

LUCAS PELUSO

Eleito por média

 

- 366 votos

PL – 22000

PROFESSORA PATRICIA TAKASSAKI

Eleito por média

 

- 334 votos

SOLIDARIEDADE – 77400

ZÉ BOIADEIRO

Eleito por QP

 

- 331 votos

PODE – 20124

RAFAEL

Eleito por QP

 

- 294 votos

PSD – 55222

SARA

Eleito por média

 

Outros resultados: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao;e=e619;uf=pr;mu=74217;ufbu=pr;mubu=74217;tipo=3/resultados/cargo/13

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Coisas de eleição. O caso Joaquim e Manoel... No Divã do Jekiti.

 

Coisas de eleições. Causo occorrido em 1996. Publicado no livro "Divã do Jekiti"

ELEIÇÕES 1996... O caso Joaquim e Manoel

Em 1996 fui candidato a prefeito de Antonina pelo PT. A campanha foi muito interessante, bem articulada e participativa. Tivemos até Plano de Governo (o primeiro a ser apresentado a comunidade).

Como em todas as campanhas, principalmente nas cidades menores, sempre tem um candidato “amparado” pelo governo estadual. O PT fazia oposição e tinha poucas cidades por ele administrada, e de difícil aceitação por considerada parte da comunidade.

Fizemos uma “campanha limpa” conforme mandava o figurino e a Lei Eleitoral. Mas, nossos adversários como sempre corriam atrás do voto a qualquer preço, distribuindo facilitações a quem possa interessar, de olho no voto do eleitor.

Mas, o motivo de escrever essas linhas, é para relatar um caso curioso e engraçado ocorrido no dia das eleições. O juiz eleitoral proibiu qualquer tipo de reunião partidária no dia anterior ao pleito. Causando estranhamento a todos, pois a coordenação da campanha deveria se reunir para designar pessoal do partido a fim de fiscalizar as seções eleitorais. Fizemos uma reunião meio às escondidas abaixo de um grande temporal, e após distribuição dos envelopes e credenciais da equipe, eis que chegam de Curitiba, Joaquim (Cocota) e Manoel (Manino) dispostos a colaborar.

Ficou então a cargo dos dois a seção do bairro do Cedro. Comunidade distante da sede e de difícil aceso, principalmente em período chuvoso. Assim sendo, demos algumas dicas do local: vão pela estrada de Guaraqueçaba e em determinado momento irão encontrar um bar e um desvio a direita, peguem o desvio que os levara ao Cedro.

Dia seguinte, partiram cedo ao destino. A chuva deu uma acalmada, mas não cessou. Por um certo tempo desconfiaram que deveriam ter seguido em frente e não encontraram o tal desvio a direita. Após alguns minutos chegaram a uma localidade.

Um olhou para o outro e comentaram:  – Deve ser aqui! A movimentação era de eleitores.  – Bom dia...Falou o Manoel. Somos fiscais do PT e gostaríamos de nos apresentar. Complementou. O mesário surpreso disse: desculpem, mas aqui não tem candidatos do PT. – Como assim? Retrucou nosso fiscal. – Aqui não é o Cedro? – Não, aqui é Tagaçaba pertencente a Guaraqueçaba. O cedro é de outro lado...Precisam retornar alguns quilômetros, ao encontrar uma venda e um desvio a esquerda, é só seguir. Chegarão em poucos minutos. Afirmou o mesário.

Decepcionados e após muitas risadas por parte dos presentes, os dois retornaram e acharam a tal estrada. Cumprindo suas tarefas.

Após as urnas serem abertas, constavam dois votos a nossa candidatura, o de Joaquim e do Manoel. Esses meus conterrâneos!

ESSE E MAIS DE 50 CAUSOS VOCÊ ENCONTRA NO LIVRO "DIVÃ DO JEKITI"  A VENDA EM ANTONINA NA LIVRARIA DA BARCA, OU SOLICITE VIA WHATSAPP 41 99906-4081 (pague por pix e receba em casa).

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

A eleição em que fui candidato. 1996. Legado.

 

A eleição em que fui candidato. 1996. Legado.

VOTE EM EDUARDO BÓ

Publicado em 16 setembro de 2016 no blog do Bó...e no livro “Antonina frag-men-tos” em 2020.

No ano de 1996 me candidatei a prefeito municipal de Antonina, pela legenda do Partido dos Trabalhadores. O desafio em experimentar tal processo, fazia parte natural do nosso comportamento como cidadão e militante da cidade.

Desde menino, sempre fizemos parte de “grupos políticos”, ligados a instituições sociais, estudantis e até religiosa. Sempre lidamos com pessoas, chegando até a fazer parte de uma Chapa estudantil pretendente ao Grêmio Estudantil Romildo Pereira, no antigo Ginásio Estadual Vale Porto, isso lá pelos anos de 1966, início do Regime Militar. A chapa encabeçada pelo jovem Juarez Tosi não saiu vitoriosa.

Processo natural

Apesar de nunca ter mudado de domicílio eleitoral na “velha capela” – algo enraizado nos antoninense - e já estar estabelecido profissionalmente, pois exercia o magistério superior na Universidade Federal do Paraná, onde pudemos – junto há um grupo de sonhadores – realizar algumas conquistas, tais como o Festival de Inverno da UFPR realizado em Antonina em 1991. E após ter recebido várias homenagens, por parte da comunidade e dos Poderes Constituídos, sentimos preparados para um novo desafio: candidatura a prefeito da cidade.

Processo partidário

Filiado ao Partidos dos Trabalhadores desde 1992, enfrentamos todas as dificuldades, brigas e intrigas internas até finalmente ter homologado a candidatura em maio de 1996. Inicialmente os correligionários mais antigos não viam a candidatura com “bons olhos” e queriam novamente se coligar com outro partido, sem candidatura própria.Mas conseguimos apoio da maioria e fomos vitoriosos nessa etapa.

 A campanha

Nos apresentamos como uma nova opção, sem os mesmos vícios tradicionais. Abominamos o clientelismo e o assistencialismo encravados pelos velhos hábitos eleitoreiros. Apresentamos uma chapa de candidatos de vereadores em sintonia com a chapa majoritária, ao Programa de Governo e do partido.

Durante o processo de maturação da candidatura, realizamos diversas reuniões com as comunidades organizadas e dos bairros. Elementos que nos subsidiou para a elaboração do primeiro Plano de Gestão, até então proposto por uma candidatura.

Com gastos financeiros totalmente limitados, apelamos para a criatividade dos amigos contribuintes: um emprestou a casa para o comitê, outro fez as fotos e a comunicação visual. Alguém confeccionou as camisetas e outro imprimiu a imagem. A amiga maestrina me presenteou com um jingle. Emprestaram-me carros, equipamentos de som. Doaram-me combustível...E até dinheiro, tudo dentro da legislação prevista.

Realizamos mais de vinte e cinco comícios pelos bairros da cidade, durante os noventa dias de campanha.

“Por amor a Antonina vote em Eduardo Bó”

 Pela primeira vez na história política recente, participamos da realização de um debate no Theatro Municipal. Momento impar em que fomos bem avaliados.

Apesar de termos uma estrutura limitada, mas racionalmente funcional - pois tudo que se fez necessário para o momento não deixou de ser realizado - montamos uma equipe de frente, com coordenador de campanha, tesoureiro, coordenador de infra-estrutura, comícios, divulgação, psicóloga, fiscais, fotógrafo, motoristas e até fogueteiro.

Foram os seguintes candidatos a vereador: Darci do Rosário, Gibe Araponga, Gláucia Guanandi, Ilizionel, Lorena Dias, Luis Hamilton, Mario Nunes, Mario Galinha, Matheus Pinheiro, Nelson do PT, Newton Cavalo Branco e Onides Xerife. Candidato a prefeito: Eduardo Bó e vice Maneco Camargo.

Participaram do pleito os seguintes candidatos: Eduardo Bó, Maneco Gomes, Mônica Peluso, Wilson Clio, Ítalo Tanaka, Rubens Camargo e Prof. Zezo.

O resultado

Como a teoria não nos deixa mentir, que tudo que é novo e diferente inicialmente não é acolhido pela comunidade. O resultado de uma candidatura de cara e proposta nova, não foi aceita pela maioria, e conseguimos conquistar apenas 5% do eleitorado, totalizando 575 votos. E viva a democracia, onde nos é permitido sonhar. Expor nossas idéias e convicções para que cada cidadão possa se manifestar nas urnas.

E tenho dito!

 Esta e muitas outras histórias vc encontra nos livros “Antonina Frag-men-tos” e ainda causos no livro “Divã do Jekiti”. Em Antonina adquira na Livraria da Barca, ou pelo WhatsApp 99906-4081.   Prestigie autores independentes.

promoção até 30 de setembro. Ultimos exemplares da edição.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Peripécias do Carlinhos. Mais uma do Divã do Jekiti.

 

O Jekiti (ponto de encontro em Antonina) foi imortalizado, com o lançamento do livro “Divã do Jekiti”, aqui, mais uma das histórias, ainda não publicada no blog, mas parte do livro.

PERIPÉCIAS DO CARLINHO

Carlinho Fucinho de Porco, na infância foi um dos meus melhores amigos. Quando adulto na década de noventa nos encontramos no escritório do amigo e advogado Julio Simão, mais conhecido como Julinho Vaca Brava (todo bom antoninense herda apelido). E na época Carlinho estava mais para aprontar brincadeiras com os amigos capelistas, tudo sem maldade, apenas para “perturbar” nossas vidas.

Apaixonado, eu claro. Tagarela como sempre fui, achei de chorar as mágoas perto do Carlinho. Ouvido atento e mente aberta a novas virtudes, não deu outra.

Vivia relacionamento apaixonado, ardente...fervoroso. Chegando em casa e ouvindo minha “secretária eletrônica” ouço a voz masculina de alguém que se identificava com o pai da minha pretendida. Totalmente agressivo, afirmava que se eu insistisse no namora, ele tomaria atitudes desagradáveis...e assim por diante. Desliguei o aparelho apavorado, pois sequer conhecia o pai da minha pretendente, sendo filha de casal separado.

Como todo apaixonado, passei a noite as claras sem saber o que fazer. O que menos passou por minha cabeça foi renunciar a uma paixão, apenas porque alguém não aceitava.

Dia seguinte, conversando com “a cara metade” ela afirma que jamais seu pai ousaria fazer tal procedimento. E daí a pergunta: Mas quem fez?

Mais tarde estive no escritório do Júlio e lá encontrei Carlinho todo faceiro. Olhei pra ele e não foi preciso perguntar. Confirmou que foi ele o autor do trote. Quase morri, pois senti o coração sair pela boca..., mas nessa hora de raiva do Carlinho.

 Carnaval

Durante o carnaval, Julinho se hospedava na casa da Dona Neuza Pelicano, tia dele. Carlinho também vinha junto. Eu tinha um carro, TL Volkswagen 1972, que amanhecia estacionado defronte a minha casa, na Ermelino de Leão. Ao acordar, abri a porta da casa e o carro havia sumido. PÔ...roubaram meu TL! Exclamei. Saí a procura e vi o carro parado na rua a frente, na Carlos Gomes. Logo encontrei Carlinho todo sorridente: he...he...he! Na madrugada pegamos teu carro – nos em seis, carregamos até a avenida e deixamos lá. Queria te dar um o susto!

Ano seguinte, ao abrir a porta de casa fui surpreendido com centenas de latas de cerveja em mim derramada. Adivinhe? Carlinho teve o cuidado, durante a madrugada em catar centenas de latinhas vazias de cervejas e empilhar uma a uma, formando uma barreira de latas. O efeito foi meio dominó...mexeu em uma caíram todas. Esse Carlinhos...Saudades!

Essas e mais de 50 causos fazem parte do livro “Divã do Jekiti” solicite pelo whatsApp 41 99906-4081, pague por pix e receba em casa, por apenas R$59,90 (+ taxa de correio para entregas em outras localidades). Últimos exemplares.

Foto do livro "Divã do Jekiti"...
causos antoninenses.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

MONUMENTOS EMBLEMÁTICOS: MATADOURO MUNICIPAL

 
Fachada original do prédio - 1930.











EDIFÍCIOS EMBLEMÁTICOS: MATADOURO MUNICIPAL

Em uma cidade, tombada ou não, sempre serão encontrados objetos, documentos, monumentos...edifícios...fontes...mirantes... importantes para a história do local. São os tais monumentos emblemáticos.

Em nossa cidade, tudo quase se tornou importante para a preservação da nossa história, independentemente de estar ou não em área de preservação. “Nós somos história.”

Matadouro Municipal

Na entrada da cidade, bairro do Batel, encontra-se uma das mais importantes construções públicas, o Matadouro Municipal. Marco de época, o matadouro foi uma das mais importantes obras do prefeito Heitor Soares Gomes (1928-1932), que servia para abastecer a cidade de carne bovina. Atividade viável, graças a construção do sistema de água potável do Saivá, também construído nessa gestão.

Chafariz da Estrada da Graciosa / Av. Thiago Peixoto/Batel

Para servir o bairro da água potável canalizada, também foi construído um Chafariz, localizado – conforme doc., na Estrada da Graciosa, ou seja, defronte o Matadouro. A “carne verde” era transportada até a cidade por um veículo frigorificado (gelo), contratado especialmente para atender aquela função.

Em sua mensagem de gestão apresentado a Câmara Municipal de Antonina, relata:

“E, assim é que, com a dispeza adicional de 80 contos de réis, foram, igualmente, começadas e concluídas as obras do Matadouro Público, modelar estabelecimento que, actualmente, é o melhor do Estado.

Fartamente abastecido d’agua potável, provido de eficiente rede de exgottos, pisos ladrilhados, paredes internas revestidas de azulejos, o Matadouro de Antonina, pôde se inscrever entre os mais hygienicos do Paiz...

E conclui:

“O transporte de carne verde para a cidade, outrora, em infectos carros abertos, onde o principal alimento da população vinha exposto ao pó tuberculoso das ruas e á contaminação, pelos insetos álados, passou a ser effectuado, em virtude de concessão municipal, em asséptico caminhão automóvel.”

Automovel da carne - 1930.

Também faz referência ao custo das obras realizadas. Foram gastos 80:000$000 Réis, no Matadouro Público, 7:000$000 na construção do Chafariz da Estrada da Graciosa.

O conhecido Antigo Matadouro do Batel, sofreu inúmeras alterações, não somente funcionais como arquitetônicas. Virou Fabrica de Manilhas, Padaria, Centro Cultural...tentou-se instalar ali a agencia do INSS, Secretaria de Obras e recentemente passa por reformas e deverá – segundo o atual prefeito, agregar o Batalhão da Polícia Militar.

 EMBLEMÀTICO

Com tanta história, aquele edifício deveria ser tratado com mais responsabilidade, independente de sua função, o que ainda restou de mais importante são suas características arquitetônicas, com fachada avançada, porta central e duas janelas e quatro portas laterais. Nos causa surpresa, preocupação e até indignação, que estão alterando a fachada, fechando as portas laterais, descaracterizando totalmente o pouco que restou, para a preservação da memória do bairro e da cidade.

Não é porque o referido edifício não ser tombado, ou seja, um bem protegido por lei, ou não estar localizado no perímetro do tombamento de IPHAN (2012), que não mereça a obrigatoriedade de preservação. E um olhar diferenciado por parte da comunidade e principalmente dos gestores. Uma questão de valores.


O estado de reforma do prédio.

E a placa que propaga a obra, é do Governo do Estado: PARANÁ EM OBRAS. E ainda dá ênfase: Reforma/Ampliação/Restauro – Edifícios emblemáticos.

Mas, o que é ser EMBLEMÀTICO?

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Fonte: Documento impresso, Mensagem apresentada a Cãmara Municipal de Antonina, em 21 de Setembro de 1928, pelo Exmo. Snr. Dr. Heitor Soares Gomes,Prefeito Municipal – 1928-1932.


sexta-feira, 12 de julho de 2024

REVENDO MANUSCRITOS...Obras para quê?

Dia desse vendi um livro “Tenho Dito” editado em 2012 e o amigo comprador solicitou dedicatória, com carinho...é claro. Ao abrir o livro deu na página 70, matéria com título Obras para quê? Dando rápida olhada, lemos parte do texto e ele disse: Parece que foi escrito hoje. Tudo meio igual! Mas, foi postado em 2008.

Para não ter que escrever de novo, resolvi postar a matéria. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Postado em 14/08/2008

OBRAS PARA QUÊ?

Realmente quando o prefeito diz que nunca em Antonina se viu tanta obra sendo feita ao mesmo tempo, dá até para acreditar. É só começar a contar o número de placas carimbadas pelo Governo do Estado. Mas, também é real dizer que a cidade passa por um dos seus piores momentos econômicos.

Tendo sua economia voltada para as atividades portuárias e o seu único Terminal sofrendo boicote do Governo do Estado, quando cassou a licença para o embarque de cargas gerais, causando a redução da movimentação em até 80%, nossa economia sofreu um verdadeiro nocaute. Infelizmente, os governos que por aqui passaram – por total falta de competência – não investiram em outra fonte de geração de renda e continuamos reféns dos desmandos e interesses de grupos e pessoas que usam o poder para piorar ainda mais a nossa já combalida economia.

Quando vemos um amontoado de placas indicando um número alarmante de obras, só confirmamos a maneira desmantelada com que os governantes tratam a cidade. Sem nenhum planejamento. Claro que queremos nossas ruas calçadas, nossa orla com balaústres, mas precisamos urgentemente de projetos que mexam com a nossa economia. Projetos de geração de renda e emprego. Se continuar desta maneira, nosso cidadão deixará sua casa e sua rua bonita e asfaltada para buscar emprego em outras bandas. Sem falar no nosso sofrido comércio, que, sem dinheiro circulando na cidade, vira um amontoado de encargos e desesperança. O desânimo é geral.

FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO

É de praxe, em época de eleição, o Governo começar obras em todos os cantos. Primeiro porque precisa de reservas financeiras e contribuição das empreiteiras para o caixa das campanhas, seguido do desejo de muita gente – que se satisfaz com um simples calçamento em sua rua – em ver melhorias em seu bairro, que com certeza irá retribuir em votos.

Por aqui também é igual, só que as obras que estão sendo construídas, principalmente as pavimentações das ruas, estão causando transtornos enormes aos moradores e tornando a vida da maioria um inferno. As construtoras não cumprem seu cronograma e lentamente, em lugar de melhorar, pioram a situação de cada rua. No bairro do Saivá, por exemplo, a construtora que iniciou a obra há mais de noventa dias desapareceu e a comunidade está xingando até a terceira geração do prefeito.

“Parabéns” aos nossos governantes. Vivemos nos últimos três anos em estado de total descaso e abandono e agora estão transformando a vida de muita gente em um inferno de buracos, lama e poeira. Governar é atender o contribuinte... sempre. Quem governa para somente três meses... não governa mais.


Interessados em adquirir o livro, solicitar atraves do whatsApp 9906-4081, ou na Livraria da Barca, apenas R$$49,90,

segunda-feira, 24 de junho de 2024

AGUARDEM: DIA 30 DE JUNHO, TERA INÍCIO O 1º FESTIVAL DE INVERNO DA UFPR, EM ANTONINA.

 

AGUARDEM: DIA 30 DE JUNHO, TERA INÍCIO O 1º FESTIVAL DE INVERNO DA UFPR, EM ANTONINA.

Esse foi o anúncio publicado em vários jornais e emissoras de televisão de Curitiba. No início do mês de junho de 1991.

O Festival (com letra maiúscula mesmo), evento e projeto, inspirado nos encontros mineiros, veio para suprir demandas de produção e reflexão das artes junto as comunidades, então envolvidas, a cidade sede e a universidade.

Inicialmente concebido e formatado dentro de uma realidade política das crescentes dificuldades da instituição e da própria cidade. Abriram-se os muros da instituição e projetou a cidade, como polo histórico e cultural. Foi tudo muito planejado, diminuto e qualificado.

“Acabamos fazendo um festival pequeno, despretensioso, que sirva d embrião para o próximo, daí com mais estrutura e mais tempo para planejar.”  Fala da professora Marcia Simões – Coordenadora de Cultura e do Festival, em entrevista para o jornal Correio de Notícias, 1991.

O festival aconteceu de 30 de junho a 07 de julho de 1991. Ofertou aproximadamente, 22 oficinas, 05 minicursos, 07 palestras, 04 oficinas ao público infantil e 13 espetáculos. A abertura ocorreu as 10h – domingo, 30, com a apresentação da Filarmônica Antoninense e com o Coral da UFPR. Assim nasceu o Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná, em Antonina.

Solenidade de abertura do 1 Festival de Inverno da UFPR - 30 junho 1991.
Na foto: Prefeito Leopoldino de Abreu, Reitor Prof. Dr. Carlos Alberto Faraco e 
Prof. Dra. Marcia Kresten - Pro-Reitora de Extensão e Cultura 
foto: Eduardo Nascimento

O evento teve longa vida, cresceu, passou por avaliações, mudanças e a parceria permaneceu durante 32 anos, até 2022. Consegui furar a barreira da pandemia, com eventos on-line, mas seguiu a continuidade da missão inicial de mesclar os fazeres artísticos da universidade e da cidade.

Ano passado, até foram abertas as inscrições para ofertas de oficinas e espetáculos – instrumentos criados como forma de participação dos artistas, professores e produtores culturais. Mas, a instituição, creio, no meu entender, falhou ao não o realizar em época e período historicamente concebido, no inverno. Com isso, o tradicional projeto de extensão da UFPR, morre, antes de completar seus 33 anos.

 

Apresentação de Orquestra Juvenil da UFPR 1 jul 1991

Até o momento, a comunidade apenas lastima, mas, não obteve justificativas dos responsáveis pela universidade e pela cidade. Com isso, morre o Festival de Inverno da UFPR. Em 2023.

Eduardo Nascimento / Prof. Adjunto do Dep. de Design na UFPR, aposentado. Um dos idealizadores e coordenador do evento. Morador da cidade.

Ler: Como nasceu o Festival de Inverno da UFPR no livro "Antonina frag-men-tos", Nasximento, Eduardo, Ed. Insight, 2020.