sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

DURANTE O APAGÃO DE ONTEM ...

Imagem arquivo Face


DURANTE O APAGÃO

Foi com apenas 8 anos, que pude deslumbrar com a luz de uma lâmpada elétrica, em nossa casa. Isso lá no longínquo 1959.

Nossa casa - a mesma que resido hoje e onde estou escrevendo esse relato, sem luz, devido ao temporal na região - acredito que foi a última residência da rua a ter energia elétrica.

Lembro bem, que seu Maninho, eletricista da Cia. Telefônica, foi o responsável pela instalação.

No dia de ligar, deitei-me no chão para admirar tal façanha…uma lâmpada elétrica acesa. Que maravilha! Algo encantador.

Logo, foram colocadas lâmpadas em todas as peças da casa.

Na nossa cama, tinha uma tomada, interruptor, chamado de pera, na ponta de um grande fio elétrico, amarrado no espelho da cama. Era um conforto, poder acender e apagar a lâmpada, sem ter que sair do aconchego.

Até então, a luz que nos orientava nas noites, era de um lampião Aladim, a querosene, que ficava no centro da mesa da sala, adquirido em Curitiba, por nosso tio Nho Bó, Bráulio.

Minha mãe Cirene, costureira, trabalhou muito sob a luz deste lampião e muitas vezes até de lamparina, uma espécie de vela, muito utilizada na época.

Com a luz elétrica, vieram os aparelhos utilitários da casa. Primeiro foi o rádio, um Semp, com várias “ondas”, mas nós sintonizávamos sempre na rádio local, a Antoninense, ZYX-6, para saber das notícias da cidade.

Outro importante aparelho, foi o ferro elétrico, que substituiu o a carvão, um aparelho que continha brasa, elemento que aquecia e servia para passar as roupas amassadas, então, provavelmente, lavadas a mão em um tanque ou em uma bacia.

Agora, acaba de “chegar a luz”, e minha memória se dissolve nos estímulos dos aparelhos e equipamentos.

Mas, voltarei a contar um pouco da passagem, por este pequeno quadrado…ou redondo. Mas nunca plano, do meu país chamado Terra.

Boa noite

02/01/25


 

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