Imagem arquivo Face |
DURANTE O APAGÃO
Foi com apenas 8 anos, que pude deslumbrar com a luz de uma
lâmpada elétrica, em nossa casa. Isso lá no longínquo 1959.
Nossa casa - a mesma que resido hoje e onde estou escrevendo
esse relato, sem luz, devido ao temporal na região - acredito que foi a última
residência da rua a ter energia elétrica.
Lembro bem, que seu Maninho, eletricista da Cia. Telefônica,
foi o responsável pela instalação.
No dia de ligar, deitei-me no chão para admirar tal
façanha…uma lâmpada elétrica acesa. Que maravilha! Algo encantador.
Logo, foram colocadas lâmpadas em todas as peças da casa.
Na nossa cama, tinha uma tomada, interruptor, chamado de pera,
na ponta de um grande fio elétrico, amarrado no espelho da cama. Era um
conforto, poder acender e apagar a lâmpada, sem ter que sair do aconchego.
Até então, a luz que nos orientava nas noites, era de um
lampião Aladim, a querosene, que ficava no centro da mesa da sala, adquirido em
Curitiba, por nosso tio Nho Bó, Bráulio.
Minha mãe Cirene, costureira, trabalhou muito sob a luz
deste lampião e muitas vezes até de lamparina, uma espécie de vela, muito
utilizada na época.
Com a luz elétrica, vieram os aparelhos utilitários da casa.
Primeiro foi o rádio, um Semp, com várias “ondas”, mas nós sintonizávamos
sempre na rádio local, a Antoninense, ZYX-6, para saber das notícias da cidade.
Outro importante aparelho, foi o ferro elétrico, que
substituiu o a carvão, um aparelho que continha brasa, elemento que aquecia e
servia para passar as roupas amassadas, então, provavelmente, lavadas a mão em
um tanque ou em uma bacia.
Agora, acaba de “chegar a luz”, e minha memória se dissolve
nos estímulos dos aparelhos e equipamentos.
Mas, voltarei a contar um pouco da passagem, por este
pequeno quadrado…ou redondo. Mas nunca plano, do meu país chamado Terra.
Boa noite
02/01/25
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