Publicado no jornal antoninaonline/palavrado bó - Jornal Acho - em Agosto 2004 e no livro Crônicas da Capela/ 2006
ESCREVER PARA QUÊ? E PARA QUÊM?
Em muitos momentos questiono se vale realmente à pena dispor de muito tempo e até recursos financeiros para deixar registrada a minha vontade de opinar sobre a nossa cidade. Sei muito bem que opiniões sempre serão consideradas de caráter político quando estiverem em desacordo com as atitudes das pessoas que ocupam o poder, ou seja, tudo que se fizer escrita vira – na cabecinha deles – de oposição. Mas não é bem assim.
Falar sobre as coisas da comunidade é um direito e dever de cada cidadão que se sente digno e livre em participar – às vezes somente com idéias - de um processo democrático. Também sei e disso tenho certeza, que em Antonina são poucos, mas muito poucos os que podem expressar suas angústias e questionar sobre os desígnios das administrações públicas. É só ler este combatente “jornal” e perceber as poucas pessoas que o assinam: um é Professor Universitário, outro Conferente Portuário e um terceiro Jornalista Editor.
Muita gente gostaria de quebrar o silêncio e por a “boca no trombone”, mas com medo de sofrer represálias – prática freqüente da atual administração - se esconde e finge nada acontecer. Pior mesmo fica por conta das turmas dos pobre-coitados-dependentes e puxa-sacos, que para sobreviverem, submetem toda uma vida a prática da genuflexão. Pobre desses. Também não poderia deixar de registrar a presença significante dos desinformados, também conhecidos como analfabetos funcionais (são aqueles que sabem ler, mas não sabem interpretar) dos quais alguns até ocupam cargos públicos e quando tentam ler uma matéria, não sabem interpretar o que está escrito, de quem é a autoria, se a ele ou a quem se refere. Para esses, aconselho um pouco mais de escolaridade e até de humildade, pois não é feio solicitar a uma pessoa - mais esclarecida – sua ajuda na interpretação. Feio mesmo é se expor ao ridículo e sair dando uma de homicida ou de escandalosa, por algo que sequer teve a sana capacidade de entendimento. Atitude altamente indigna e agradável somente à insignificante “galera” de plantão.
Nos últimos dois anos, editei via on-line / Internet, mais de cinqüenta informativos sobre a nossa cidade, falei um pouco de tudo. Da nossa cultura até a falta de iluminação em nossas ruas, passando por problemas de saúde...etc.Também me fiz presente nas 22 edições deste jornal, nas quais jamais manchei a dignidade de qualquer pessoa ou instituição, mas, durante este período passei por inúmeras situações desagradáveis, causadas principalmente pela falta de informação e de entendimento dos agressores.
Infelizmente, a maioria das pessoas que ocupam cargos públicos não está preparada, não sabe que seus cargos como o próprio nome diz é “público”, e que são mantidos por nós contribuintes, donos inquestionáveis dos direitos de questioná-los. E se quiser voltar a ser patrão é só retornar a situação privilegiada de ser povo.
A civilidade nos ensinou que quando sentirmos agredidos, independentes da forma devemos nos dirigir a justiça na qual teremos “total” amparo da lei. Todos temos direitos a livre expressão e também direitos à defesa e devemos usá-los. Mas o que nos entristece e em momentos nos desanima, são as maneiras como algumas pessoas da atual administração municipal, reagem quando suas atividades públicas são questionadas. Tal qual no recente episódio ocorrido com o nosso companheiro e editor Erly Welton Ricci onde sofreu brutal agressão física, sem sequer ter o direito de se explicar. Comportamento abominável em qualquer sociedade civilizada, principalmente quando parte de pessoa que exerce cargo público, e é considerada “autoridade”.
Não podemos conviver com situações desta natureza e devemos combater incansavelmente este tipo de comportamento injustificável. Imagine se todas as pessoas que se sentissem agredidas fossem fazer justiça com suas próprias mãos? O estado de direito e a liberdade com que vivemos são conquistas de muitas lutas históricas e não podemos aceitar nenhum desvio que venha macular a nossa democracia. Regime de escolha livre dos destinos de cada comunidade, que muito em breve convocará o nosso povo através das eleições, para escolher um gerenciador do novo projeto para a nossa cidade.
Esperamos que o novo grupo administrativo, seja formado por pessoas que tenham compromissos com a melhoria da qualidade de vida da nossa comunidade, com a valorização das nossas riquezas naturais e culturais, e que respeite a pluralidade das idéias e o direito da liberdade de expressão dos nossos cidadãos.
Esperamos que o novo grupo administrativo, seja formado por pessoas que tenham compromissos com a melhoria da qualidade de vida da nossa comunidade, com a valorização das nossas riquezas naturais e culturais, e que respeite a pluralidade das idéias e o direito da liberdade de expressão dos nossos cidadãos.
De nossa parte, devemos continuar exercendo a vontade de falar das nossas idéias, enquanto nelas acreditarmos. E não será nenhuma agressão, xingamento ou tropeço que nos inibirá, pois pior mesmo do que eventualmente cair é ter que viver eternamente ajoelhado. Amém.
Tem uma ou mais pessoa que nas madrugadas estão praticando atos de vandalismo pelo centro da nossa cidade.
ResponderExcluirEstá(s) pessoa(s) está abrindo os sacos de lixo para catar algo que possa ser útil a ele(s) e acabam espalhando o lixo pelo chão, bancos de praças, praças e outros logradouros.
Pó, a nossa cidade já não está uma maravilha e ainda vem um porco(s) e ajuda a avacalhar de uma vez!!!
Peço às pessoas que se virem este(s) idiotas praticando estes atos que denunciem, chamem a policia.