segunda-feira, 14 de novembro de 2011

OMISSÃO OU POSIÇÃO

Em uma pequena cidade como a nossa, onde o poder público municipal é o maior empregador e mantém grande parcela da sociedade sob o regime do medo e da submissão. Somado a já secular cultura paternalista, onde a comunidade fica esperando que os governantes façam por eles e se esconde sob a carapuça da hipocrisia, do analfabetismo funcional e do fanatismo religioso. Poucos são aqueles que ousam defender uma idéia ou posicionamento em desacordo com os interesses do grupo mandatário. Na maioria das vezes até para que a LEI em vigor seja cumprida.
Convivemos também com comportamentos medianos, onde pessoas se “acham ofendidas” por esse ou aquele posicionamento e de tocaia aparecem dedilhando puras idiotices, como salvaguardas do erro e da mediocridade. Pensar além é um crime.
“Deixe assim mesmo... Temos que fazer o mesmo que fulano fez em sua cidade... Em nome do desenvolvimento... Ou você é contra o desenvolvimento da cidade?” Clamam vozes desordenadas por vários cantos da cidade, ecoada como uma bomba nos ouvidos mais sensíveis. Não podemos também esquecer do “telepeão” quase sempre a maior rede de informação de uma pequena comunidade, onde alguém noticia alguma inverdade e em poucos minutos chega no outro lado da cidade com uma rapidez assustadora.
Se posicionar contrário aos desacertos administrativos aqui parece um crime.
E os verdadeiros crimes públicos porque não aparecem?
Somos ainda mais omissos no controle dos passos da administração pública e nosso legislativo - que deveria fiscalizar - usa óculos escuros sem nenhum sinal de sol. Parte dos legisladores se preocupa unicamente com seu status e da sua família, ganha “um presentinho” e se torna membro da estafe oficial. Fácil!
E nós os poucos...Muito poucos... Que ainda acreditamos no cumprimento das leis, na liberdade de expressão e no direito de intercessão continuamos “anulados”. E a qualquer momento, em qualquer esquina ou boteco, podemos ser surpreendidos por um dos defensores do arbítrio, da incompetência, da irregularidade e da sacanagem. Cuidem-se!
Nossas idéias não precisam ser aceitas, mas nossas leis precisam ser cumpridas e nossas posições respeitadas. Somente isso é o que queremos: respeito e ponto final.

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