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Foto meramente ilustrativa. |
Publicado em 28/02/2007 e no livro "Tenho Dito" 2012
ECOS
DO CARNAVAL
O
nosso carnaval, por sua própria naturalidade, é muito bom. Sua diversidade de
comportamentos e atrativos faz a diferença. Aqui se tem um pouco de tudo ao
mesmo tempo. Blocos de rua, desfile de escolas de samba, baile público e muita
brincadeira.
Claro
que tem seus problemas, muitos de longas datas, tais como falta de
infra-estrutura, de recursos financeiros, de serviços de qualidade, de
organização e pouca, muito pouca divulgação.
Nos
últimos dois anos temos que reconhecer uma pequena melhora, principalmente com
o reaparecimento das Escolas de Samba, da transmissão ao vivo do desfile feita
pela Paraná Educativa e de pontuais melhorias na organização. Mas faltam muitas
coisas a serem feitas para transformar esta festa não somente em um produto da
alegria, mas em um produto turístico.
Acho
fundamental a participação da sociedade na organização do evento – algo que não
vem acontecendo – para discutir os ajustes que possam aperfeiçoar ainda mais o
já consagrado Melhor Carnaval do Paraná.
O
que não podemos é continuar eternamente convivendo com “achismos oficiais” na
tentativa de vender um produto de “mentirinha”. A profissionalização dos
serviços e uma maior seriedade dos políticos poderão contribuir de maneira
positiva no resgate da nossa melhor festa. Garantida, como sempre, pela alegria
dos foliões e pelos trabalhos incansáveis dos nossos artistas, compositores e
carnavalescos.
Venho
há muito tempo tentando achar formas para melhorar ainda mais esta grande
festa, mas quem sou eu, um simples observador, para criar formatos. Até cheguei
a pensar em não escrever sobre o assunto e somente mostrar o que eu sei fazer
de “melhor”, as minhas fotos. Mas, como em comunicação a palavra redundância
tem um valor importante, pois é somente “redundando” que se consegue reforçar a
informação, estou aqui de novo.
CENTRO
DE EVENTOS
O
formato como está sendo montada a atual manifestação não cabe mais no espaço
competente. É preciso urgentemente, para preservar o pouco que nos resta do
patrimônio histórico e cultural, criar um espaço adequado para a realização de
eventos deste porte. São aproximadamente 20 mil pessoas que se apinham na
avenida para brincar ou assistir ao carnaval, no meio de barracas, cercas,
equipamentos de som, postes, ligações de esgoto, hidráulica, postes de
decoração, sanitários... Uma verdadeira “michorna” visual e física que
atrapalha tudo e todos em uma verdadeira aula de poluição ambiental, altamente
insustentável. A programação da implantação de um espaço multiuso se faz necessária
e é bom lembrar que temos – a municipalidade – um terreno livre, bem em frente
à sede do 29 de Maio, que poderá acolher este equipamento. Sabemos também que o
nosso município tem sobra de caixa e poderá contratar dívida de até 2,5 milhões
de reais, mais que necessária para a implantação deste tipo de empreendimento.
Defendo
e acredito que este tipo de equipamento será de muito mais utilidade do que a
construção de um simples ginásio de esportes, pois organizaria de maneira
sustentável o desenvolvimento de projetos e atividades turísticas, culturais e
recreativas e na comercialização dos nossos produtos artesanais, gerando uma
verdadeira cadeia produtiva e de renda. Claro, quero deixar bem esclarecido que
em nenhum momento sou contra a construção de um ginásio de esportes, mas, se
tivesse que priorizar optaria pelo Centro de Eventos e melhoraria as condições
da quadra coberta poliesportiva do Batel. Já que não temos recursos para tudo,
temos que priorizar aquelas obras que possam contribuir para a geração de renda
da população. Depois, faremos o resto.
CARNAVAL
NOTA...
Para
quem aprendeu a transformar objetos de arte e comunicação em números, não me
parece muito difícil dar uma nota para o nosso último carnaval: sete. Sete,
dentro do princípio de avaliação de atividades educacionais, é considerada uma
boa nota, não é nota média, porque média matemática é cinco. Então sete por
todos os pontos fortes e fracos que o nosso maior evento teve. Em muito pouco
tempo, pouco menos de quatro anos, a nota seria muito abaixo da média cinco.
Quase chegamos ao fundo do poço e torcemos para que possamos, em bem pouco
tempo, chegar ao topo da avaliação.
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