segunda-feira, 17 de março de 2014

REDUNDÂNCIA...Vale a pena ler de novo?

Publicado em 13/04/2010


REDUNDÂNCIA

Qualquer aluno do primeiro ano de comunicação sabe muito bem que a redundância reforça a comunicação. Não é por menos de trinta anos que venho tentando colocar nas cabeças dos nossos “bagrinhos” (o slogan Antonina, mar, arte e amor criado em 1975) que a nossa riqueza cultural e natural é o potencial maior que temos para o desenvolvimento do turismo.
Claro que, com uma pequena visão de mundo que adquiri pelas minhas andanças, principalmente pelas “vielas” deste país, poderia até dar alguns picotes em outras áreas, mas sempre procuro falar do que mais gosto: da nossa cultura e do turismo.
É notável para qualquer olhar sensível, treinado para o empreendimento turístico, perceber o potencial que temos para o nosso desenvolvimento. Pequenos e bons empreendedores, principalmente nas áreas de hospedagem e gastronomia, tentam, e até alguns com sucesso, sobreviver da atividade. Mas se fazem necessárias muito mais ações – principalmente do poder público – para que possamos efetivamente dizer que temos no turismo a nossa principal fonte de renda e emprego.
Pequenas ações isoladas foram realizadas nos últimos anos, tais como a manutenção das nossas festas tradicionais, as reformas do Mercado Municipal e do Trapiche e a implantação do sistema de sinalização turística.
Em uma cidade pequena como a nossa, o papel do poder público é fundamental em todas as ações. Temos um Plano Diretor que baliza e indica as ações que devemos permear, mas o poder público parece que o ignora. Tanto o executivo como o legislativo deveriam tê-los como livro de cabeceira e fazê-lo cumprir à risca. Se realmente aspiramos a um desenvolvimento sustentável para o nosso município, temos no turismo uma fonte saudável, viável e de retorno financeiro imediato.
Qualquer visitante ou o mais humilde concidadão nota claramente a falta de vontade dos nossos administradores, principalmente no trato para com a cidade. Continuamos a despertar sensações de abandono, falta de seriedade e má gestão pública.
Não é por falta de tentativa, pois nos últimos anos a população tem votado na renovação dos nossos políticos, mas infelizmente parece que a cadeira do gabinete da casa 150 da velha rua Quinze retarda a mente e a visão dos seus ocupantes. Aliás, tem gente que esquece completamente sua função.
Estamos novamente às vésperas da escolha de um novo titular para a pasta da Cultura e do Turismo. E mais uma vez a caneta está nas mãos do prefeito, e ele sabe muito bem do que estamos falando e da importância de ter uma secretaria competente, com pessoal comprometido com a cidade, com o empresariado e com o desenvolvimento.
Ou ele tenta acertar e torna verdadeira a parceria público/privada ou vai continuar no palanque falando no vazio.
Precisamos de ações conjuntas imediatas e consistentes, porque somente agregando poderá se estabelecer a tão almejada recuperação da nossa autoestima e partir para um projeto sério de geração de renda e emprego para todos.
Ou acertamos, ou vamos continuar cambaleando.
Para mudar é preciso vontade, coragem e capacidade.

Só não vê quem não quer!

Um comentário:

  1. Qualquer cidadão tem o direito de saber, e os políticos têm o dever de demonstrar, como o dinheiro público está sendo empregado. Para que isso se transforme em prática usual, é necessário que nosso municípios aperfeiçoe suas leis orgânicas, para tornar mais transparentes as ações da administração municipal.
    Os orçamentos das prefeituras são, normalmente, previstos para custear os serviços básicos da cidade, como manutenção e limpeza das ruas e praças, coleta de lixo e provimento de água e de esgoto. Também prevê verbas para os serviços sociais, educação, saúde e obras públicas.
    A negligência em relação a esses serviços básicos, observada pelo aspecto de abandono que as cidades adquirem, pode ser um indício não só de incompetência administrativa, como de desvio de recursos públicos. Esses sinais ficam mais claros quando se constata que a prefeitura mantém um quadro de funcionários em número muito maior do que o necessário para a realização dos serviços.
    É conveniente que as eventuais críticas não sejam feitas às pessoas, mas às suas ações. Críticas feitas diretamente à personalidade dos indivíduos tornam-se obstáculos difíceis de superar, na medida em que esse tipo de julgamento pode dificultar a convivência e provocar a desagregação.

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