Publicado em 13/04/2010
REDUNDÂNCIA
Qualquer aluno
do primeiro ano de comunicação sabe muito bem que a redundância
reforça a comunicação. Não é por menos de trinta anos que venho tentando
colocar nas cabeças dos nossos “bagrinhos” (o slogan Antonina, mar, arte e
amor criado em 1975) que a nossa riqueza cultural e natural é o potencial
maior que temos para o desenvolvimento do turismo.
Claro que, com uma pequena visão de
mundo que adquiri pelas minhas andanças, principalmente pelas “vielas” deste
país, poderia até dar alguns picotes em outras áreas, mas sempre procuro falar
do que mais gosto: da nossa cultura e do turismo.
É notável para
qualquer olhar sensível, treinado para o empreendimento
turístico, perceber o potencial que temos para o nosso desenvolvimento.
Pequenos e bons empreendedores, principalmente nas áreas de hospedagem e
gastronomia, tentam, e até alguns com sucesso, sobreviver da atividade. Mas se
fazem necessárias muito mais ações – principalmente do poder público – para que
possamos efetivamente dizer que temos no turismo a nossa principal fonte de
renda e emprego.
Pequenas ações
isoladas foram realizadas
nos últimos anos, tais como a manutenção das nossas festas tradicionais, as
reformas do Mercado Municipal e do Trapiche e a implantação do sistema de
sinalização turística.
Em uma cidade pequena como a nossa, o papel do poder público é
fundamental em todas as ações. Temos um Plano Diretor que baliza e indica as
ações que devemos permear, mas o poder público parece que o ignora. Tanto o
executivo como o legislativo deveriam tê-los como livro de cabeceira e fazê-lo
cumprir à risca. Se realmente aspiramos a um desenvolvimento sustentável para o
nosso município, temos no turismo uma fonte saudável, viável e de retorno
financeiro imediato.
Qualquer
visitante ou o mais
humilde concidadão nota claramente a falta de vontade dos nossos
administradores, principalmente no trato para com a cidade. Continuamos a
despertar sensações de abandono, falta de seriedade e má gestão pública.
Não é por
falta de tentativa, pois nos últimos anos a população tem votado na renovação
dos nossos políticos, mas infelizmente parece que a cadeira do gabinete da casa
150 da velha rua Quinze retarda a mente e a visão dos seus ocupantes. Aliás,
tem gente que esquece completamente sua função.
Estamos
novamente às vésperas da escolha de um novo titular para a pasta da
Cultura e do Turismo. E mais uma vez a caneta está nas mãos do prefeito, e ele
sabe muito bem do que estamos falando e da importância de ter uma secretaria
competente, com pessoal comprometido com a cidade, com o empresariado e com o
desenvolvimento.
Ou ele tenta
acertar e torna verdadeira a parceria público/privada ou vai continuar no
palanque falando no vazio.
Precisamos de
ações conjuntas imediatas e consistentes, porque somente agregando poderá
se estabelecer a tão almejada recuperação da nossa autoestima e partir para um
projeto sério de geração de renda e emprego para todos.
Ou acertamos, ou vamos
continuar cambaleando.
Para mudar é preciso vontade, coragem e
capacidade.
Só não vê quem
não quer!
Qualquer cidadão tem o direito de saber, e os políticos têm o dever de demonstrar, como o dinheiro público está sendo empregado. Para que isso se transforme em prática usual, é necessário que nosso municípios aperfeiçoe suas leis orgânicas, para tornar mais transparentes as ações da administração municipal.
ResponderExcluirOs orçamentos das prefeituras são, normalmente, previstos para custear os serviços básicos da cidade, como manutenção e limpeza das ruas e praças, coleta de lixo e provimento de água e de esgoto. Também prevê verbas para os serviços sociais, educação, saúde e obras públicas.
A negligência em relação a esses serviços básicos, observada pelo aspecto de abandono que as cidades adquirem, pode ser um indício não só de incompetência administrativa, como de desvio de recursos públicos. Esses sinais ficam mais claros quando se constata que a prefeitura mantém um quadro de funcionários em número muito maior do que o necessário para a realização dos serviços.
É conveniente que as eventuais críticas não sejam feitas às pessoas, mas às suas ações. Críticas feitas diretamente à personalidade dos indivíduos tornam-se obstáculos difíceis de superar, na medida em que esse tipo de julgamento pode dificultar a convivência e provocar a desagregação.