Acredite se quiser!
Mas nossa comunidade já teve o seu profeta. Aguinaldo Vieira da Silva, alagoano
da cidade de Penedos, nasceu em 28 de abril de 1914. Vítima de paralisia
infantil desde os doze anos de idade viveu em Paranaguá, quando – assim conta a
lenda – recebeu uma visão de Nossa Senhora que o curou e lhe incumbiu essa
missão. A fama de curandeiro ultrapassou os limites da cidade chegando a
perturbar a classe médica que o acusou de charlatanismo, sendo perseguido pela
polícia. Foi aí que fugiu de lancha para Antonina, fixando residência no bairro
da Graciosa de Baixo, aonde mais tarde, também veio sofrer perseguições. Por
solicitação das autoridades foi morar em um bairro mais distante do centro da
cidade, onde residiu no Matarazzo por apenas 26 dias.
Aguinaldo faleceu na
tarde de 21 de maio de 1933. Contam ainda, que o seu funeral foi acompanhado
por mais de quatro mil pessoas, que se amontoavam pelas estreitas ruas da
cidade como último gesto de agradecimento.
Seu corpo foi
enterrado na rua central do Cemitério São Manoel, no Batel. Mas até os dias de
hoje, um túmulo com o seu epitáfio recebe centenas de devotos que acreditam nos
milagres do profeta. Deixam garrafas com água e levam para suas casas como
remédio para as suas enfermidades. É a fé do povo fazendo a nossa cultura.
Ao comentar esse
acontecimento não tenho intenção em promover o credo à figura eminente do
“profeta”, mas resgatar um pouco das nossas coisas, dos valores culturais da
nossa comunidade.
(As
datas e dados foram colhidos de um folheto que foi impresso por pessoa
agraciada com uma graça, não tendo nenhum valor científico). Extraído
do livro “Crônicas da Capela” 2006.Publicado no blog Palavradobo em 28 de junho de 2002.
Olá! Sou carlos De oliveira, bela história! Para mim é um belo acontecimento, pois meu avó contou tudo à respeito do profeta Aguinaldo, meu avó conta que ele tinha 14 anos e uma velhinha que foi escrava contou para Eleva à respeito do Profeta, conforme ele diz o Profeta Aguinaldo foi apedrejado e o mesmo amaldiçoou paranaguá, fugindo e acolhido pelo polvo de Antonina! Outros casos meus avós contam até hoje, abraço.
ResponderExcluirC68. Paranaguá PR
Gostaria de saber qual foi a causa da morte.
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