Publicado em 28/03/2010 e no livro "Tenho Dito" 2006.
VOTAR PARA MUDAR
Quando se
aproximam as eleições, a pergunta é sempre a mesma: em quem devemos votar para melhorar a nossa cidade?
Hoje, também fui indagado. E
respondi na tampa: “qualquer um!”.
Primeiro, que ainda – como
comunidade – continuamos votando em quem nos “ajuda” superficialmente.
“Nos vendemos” por qualquer mixaria.
Não é possível vivermos em
uma região com mais de 180 mil leitores e não termos sequer um representante da
região na Assembleia Legislativa e muito menos no Congresso Nacional.
Se continuarmos votando com
a “barriga”, iremos continuar nossa missão de pedinte ad
infinitum.
É preciso
um amplo trabalho de conscientização do nosso
eleitorado para que, nas próximas eleições, se vote em candidatos do litoral e
não naqueles que aparecem por aqui e contam suas historinhas: “Vovó gostava
muito de Antonina... E eu adoro esta cidade.” Até pode ser verdade, mas
esta pessoa tem compromisso maior com sua base eleitoral, sua cidade e região.
Vem para cá somente para caçar alguns votinhos.
O mesmo
acontece com os nossos prefeitos. Não adianta nada se somente fizermos o nosso dever
de votar em alguém e o elegermos. É preciso – depois de eleitos – cobrar
seus compromissos de campanha. Participar ativamente de um grupo político,
principalmente nas associações de bairros, e fazer valer seus direitos de
cidadão e morador da cidade.
Caso isso
não aconteça, somente estamos mudando as pessoas, mas continuamos com os mesmos
vícios de eternos omissos. Se nada ou muito pouco acontece por aqui, somos nós
os responsáveis. Continuamos reclamando pelas esquinas e achando que alguém irá
resolver os nossos problemas. Se tudo continua como antes é porque a gente
também não mudou.
Um
trabalho de conscientização política
muito bem poderia ser realizado pelos clubes de serviços, igrejas, associações
e sindicatos. É preciso mudar nossos conceitos e votar em candidatos da nossa
região. Vai ter candidato de todas as espécies, mas acredito que dará muito bem
para escolher o “menos
ruim”. Ao menos vamos ter “mais um”, mas com um cheirinho de
bagre. E certamente irá entender e atender as reivindicações da nossa cidade e
região. Seremos mais respeitados pelos governantes, pois teremos um
representante fiscalizando e aprovando ou não suas ações. É o litoral sendo representado.
Uma coisa
é certa. Em outubro teremos eleições
e é bom começar desde já a pensar no assunto e não se deixar levar pelo ópio da
Copa do Mundo. Cuidado, os caçadores de esperança já estão chegando.
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