Conselhos aqui não!
Todo governante mal intencionado acha sempre desculpas para
não nomear os Conselhos Municipais, mas o que acontece é a total falta de
habilidade em saber lidar com as divergências de idéias, representativas de
cada área governamental. Os poucos Conselhos Municipais existentes – nomeados
dentro de uma obrigatoriedade constitucional, no caso da Saúde e da Educação – não
funcionam a contento e quase tem em seu corpo uma maioria composta por amigos e
defensores do prefeito e não estão lá para defender os interesses da coletividade, mas mascarar as prováveis mazelas.
Órgão participativo
Poderíamos muito bem, em um governo democrático – proposta
eleitoreira – como sociedade organizada ou não, ter uma participação mais
efetiva na administração da cidade, desde diagnosticar problemas, elaborar
propostas e cobrar ações de cada área. Mas o que tudo indica, nossos
mandatários fogem de suas responsabilidades e a sociedade – também pouco
participativa e politizada – vai deixando suas inspirações e recursos se
perderem pelo ralo do descaso, da irresponsabilidade compartilhada e da
incompetência.
Conselho de Turismo
Em 2006, fiz parte do Conselho Municipal de Turismo e em
pouco mais de 12 meses – até contrário as vontades do prefeito da época – a
instituição indicou caminhos para a execução de ações que viessem a melhorar as
condições dos serviços e equipamentos turísticos da cidade. Independente da
vontade do prefeito, mas em parceria com órgãos governamentais e do Sistema S,
promoveram cursos de capacitação as empresas de recepção, hotelaria e
gastronomia da cidade, e ações em defesa de recuperação do nosso mais importante
equipamento turístico, o Trapiche Municipal.
Como todo conselho é nomeado pelo prefeito, com mandato de
dois anos, nosso prazo se encerrou em 2007 e de lá pra cá, nenhum órgão de
representação foi nomeado. São oito anos sem nenhuma participação comunitária,
onde secretários e prefeitos se sentem senhores do absolutismo ignóbil.
Silêncio consentido
O mais triste é que a sociedade também não reage, continua
repetindo que: é assim mesmo! E os poucos inconformados com a situação, são
muitas vezes ridicularizados pelos representantes do poder e acredite, até por
aqueles que você tenta defender.
Antonina a cada dia que passa sente na carne a falta de
tudo. Fecha aqui, fecha ali e acolá. Mas não podemos perder o pouco que ainda
nos resta de dignidade, ao ser vencido pela preguiça do pensamento.
Substituindo o argumento pela primária ação de estilingue. É o fundo do poço! E
tenho dito.
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