A Ermelino de Leão em 1975. |
Nostalgia da Rua Ermelino de Leão
A rua que
nasci, vivi minha infância e ainda resido na…Rua Ermelino de Leão,59 que já foi
7. Pequena rua de uma quadra só, que tem em sua paisagem de fuga a Igreja de
São Benedito.
Quanta nostalgia. Na esquina era a Barbearia do Polaco e do outro lado a Escol, Papelaria e escritório contábil do seu Henrique Kopchinski; depois passou a funcionar a alfaiataria do Domício e do Luiz Barbosa. Na Ermelino de Leão;
Tinha a
telefônica, ou Companhia Telefônica Brasileira enfrente a pequena oficina do
Luiz Relojoeiro, e o IAPTC, depois INPS. O consultório do Dr. Carlito na casa
da família Nemer, que mantinha um engenho de arroz, enfrente a residência da
família Teglia Moreira (Zezito, Laumar, Josias e Maria Alice) …Vizinha do seu
Félix e depois Dona Letícia… Na Ermelino de Le;
Defronte a
minha casa moravam, Chico Barulho e Dona Luizinha, família Picanço, frequentada
pelos Withers, Ione e sua irmã Nerea Sarmento. Iara, filha talentosa, dançava
música flamenca e suas castanholas despertavam o quarteirão… Tudo acontecia na
Ermelino de;
Arailde,
irmã de Diva, tocava violino nas novenas da padroeira, minhas vizinhas de
parede; ao lado da residência da família Madureira, que também viveram os Cecyn
de Jorge…Clotario de Paula…Geraldo Camargo, Eguinaldo Vieira e Sargento Afonso. Defronte a
lavanderia do seu Estanislau, polonês da gema, que cultivava uma horta no
quintal, adubada com fertilizantes despejados pelos cavalos que trafegavam na
rua de paralelepípedos.
No
predinho, como era chamado, moravam seu Juca no térreo e Quinco Simão no andar
de cima…depois vieram outros moradores; na casinha de área residência do seu
Cazito, da família Renaut…Argeu, Zé Mário, Marco Antônio…Na rua Ermelino;
A família
Cecyn ocupava toda esquina. Lembro, de fraca memória do seu João Galo Cego e
dona Rachida, pais de Maria, Foeda, Tufi, Rachid, Ivete e João, prole de cantores.
Tufi deu continuidade ao comercio da família, e seu armazém de secos e molhados
ocupava parte da rua e a esquina da XV... tudo isso na Ermeli;
César
Mussi além de residir, montou o estúdio da Rádio Antoninense, que tinha até
auditório para realização de programas de transmissão ao vivo, da nossa ZYX-6.
Cantei muito nos programas infantis que começavam as 10h. Imagine, quanta
mobilização teve a pequena rua Erme;
Outras
lembranças marcantes também fazem parte da minha memória, tais como: a sede da
Filarmônica Antoninense, a loja das cestas de natal Amaral, do Restaurante
Cruzeirão, do Bar Sambaqui, do Escritório de Contabilidade de João Bang, da
oficina do Coelho, do cartório do seu Camargo, das lojas de Cid Ardigo e de
Jorge Bigodudo na esquina da Er;
Sentimentos
marcantes e presentes de: Mariquinha Bó, minha avó eterna, Nilza Abreu, Nerea e
Iara Sarmento, Arailde, sargento Afonso, Jorge Nemer, Laumar, Josias, Maria
Alice e Antônio Pelica… Meus eternos e saudosos vizinhos.
E a
Ermelino de Leão segue viva e dinâmica, com outros protagonistas, que com
certeza, constroem diariamente suas histórias e farão parte de um novo relato.
Eduardo Nascimento Bó
P.S. Este texto foi redigido na noite de 28/11/21, domingo, sentado em frente a porta da minha casa, em um simples momento de nostalgia. Com certeza devo ter sido traído pela memória e alguns amigos e vizinhos não foram contemplados. Coisa do momento...Coisas da memória de um setentão.
Linda Ermelino de Leão e suas histórias.
ResponderExcluirSaudades ... todos ainda estão vivos em minha memória ... belíssima narrativa amigo Eduardo ...
ResponderExcluirQuanta história, imaginem se a rua fosse longa... Recordar é viver!!!
ResponderExcluirBelíssimo texto, cheio de talento e nostalgia das boas, tornando vivas pessoas e espaços que não existem mais...
ResponderExcluirShow BÓ
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