quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023
EDUARDO NASCIMENTO: IMAGENS DO CARNAVAL DE ANTONINA 2023...Eduardo Nas...
terça-feira, 14 de fevereiro de 2023
Legado dos Carnavais de Antonina. Rumo aos 50 anos.
Legado. Fotografias dos Carnavais de Antonina. 48 anos com os pés na avenida. Se depender da minha vontade chego aos cinquenta carnavais...Me aguardem!
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Lauro, Lindomar e ...1975. |
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Amatuzi e Cia, 1987. |
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Marigel e Edson Chulé, 191979. |
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Família Camargo, 1981. |
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Vó Mariquinha...Equinardo e Aroldinho, 1985. |
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Nerea Sarmento, 1986. |
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Família Bó e agregados, 1997. |
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Escandalosas. Amatuzi e Cia, 1987. |
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Bloco do Pinico. 1975. |
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Família Pinto Loco. Bloco dos Caretas 1986. |
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Tube, 1996. |
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023
Mais uma do Divã do Jekiti...Cadê o Pinico? Histórias do carnaval de Antonina.
Essa história já contei várias vezes, mas em época de carnaval, sempre é bom recordar. Histórias dos carnavais de Antonina. Aos amigos do Jekiti.
Cadê o pinico?
No ano de 1988 fiz minha primeira exposição de fotografias sobre o carnaval de Antonina, intitulada Carnavalgrafia. A mostra foi montada em um espaço especialmente projetado para exposições de artes, no hall da Estação Ferroviária.
E o ano de 88, Nenê Chaminé - leia-se para os familiares
Leovegildo de Freitas, completava 50 anos do Bloco do Pinico...Sem dúvida a
mostra foi dedicada a ele.
O Bloco do Pinico foi criado em 1938 por Nenê Chaminé em companhia de mais quatro amigos: Douglas Guimarães, Reinaldo Linhares, Bereco Vieira e João Fumaça. O bloco consistia em no máximo cinco homens, vestidos de mulher, que portava alegorias, tais como pinico, comadre e aparelho de lavagem. O pinico continha cerveja com salsichas, a comadre salsicha com mostarda e o lavatório somente cerveja. O bloco andava pelas ruas da cidade e oferecia os ingredientes (cerveja e salsicha) para a plateia experimentar. - Era um horror...Exclamava o público.
Voltando a exposição
Quando Nenê soube que iria receber uma homenagem, procurou mandar confeccionar roupa nova e arrumar o velho pinico, para mais um dia de gala.
Giovanni Barbieri, empresário ceramista da cidade, meu
amigo e do Nenê, ofereceu-se para decorar o pinico com letras douradas: Bloco
do Pinico, 50 anos 1938/1988. Lá fui até a cerâmica do Giovanni para, com um
finíssimo pincel, delinear as letras. Cumprida a tarefa, retornei à Estação
para terminar a montagem da exposição. Horas depois encontrei o Giovanni,
totalmente apavorado, pois pensando que o tal pinico fosse de cerâmica,
colocou-o no forno para secar a tinta. O velho urinol era feito de metal
esmaltado, que com a alta temperatura perdeu a cor tinta e ficou somente no
metal preto.
E agora o que fazer com o cinquentenário pinico que quase
derreteu?
Faltavam poucas horas para a abertura da exposição e o
principal acessório do bloco tinha sofrido avarias.
A surpresa
Tudo pronto. A Estação lotada com a presença de
carnavalescos dos blocos e Escolas de Samba da cidade, mas para mim – único que
sabia da fatalidade pinical, eis que surge a figura dourada de Nenê Chaminé com
seu pinico, agora dourado...declarou-se aberta a exposição Carnavalgrafia.
“Todo mundo já dizia
Que o pinico não saia
Mas o pinico está na rua
Com prazer e alegria”
E o pinico? Nada como uma boa tinta spray – comprada pelo Giovani na loja do Guilherminho - que não pudesse dar um novo visual ao velho pinico... Agora com alma dourada...Merecidamente.
Documentação fotográfica do carnaval de Antonina 1975/1987.