segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS VII

E.S.Filhos da Capela - Década de 60


VEM CHEGANDO O CARNAVAL

Lembro muito bem ainda quando criança e escoteiro do Grupo Valle Porto, comandado por Maneco Picanço, lá pelas décadas de 60/70 – do século passado...é claro – no final do mês de janeiro e início de fevereiro, nossa sede – A Caserna – era tomada pelos co-irmãos da Escola de Samba Filhos da Capela. Zéco Pinto, Wilson Cavancanti e Miro Raposa – alguns personagens que ainda lembro – e muitos outros, iniciavam os preparativos para os ensaios da Escola.
Achar e juntar os instrumentos de percussão era a mais árdua das tarefas. Depois vinham os consertos feitos manualmente com couros brutos, oriundos dos pequenos matadouros da cidade. Eram dias e dias desmontado e montando os instrumentos que deveriam estar afinados para os ensaios e até o dia do Carnaval.
Uma das imagens que também tenho registrado em minha retina, era o Estandarte - hoje substituído pela bandeira – muitas vezes bordado por minha mãe em nossa casa. Encantava-me pelas pedras luminosas que enriqueciam aquele símbolo.
Naquele tempo, nossas Escolas de Samba eram formadas apenas por um conjunto de instrumentistas, a Porta Estandarte e alguns passistas. Que desfilavam as tardes de carnaval pelas ruas da cidade, com o único objetivo de festejar e comemorar a data.
Apesar de não existir nenhum tipo de disputa, pairava sempre uma certa rivalidade entre as agremiações, quando se encontravam na avenida. As maiores rivalidades aconteciam entre as Escolas de Samba Filhos da Capela, do Batel e a do Matarazzo. Bons tempos do nosso belo carnaval.

Um comentário:

  1. bela memória, Eduardo! voce está guardando material (textos e fotos) para um dia publica-las? Seria uma contribuição sua - mais uma - inestimavel pra nossa historia...se voce ainda tiver paciencia, é claro! um grande e fraternal abraço!

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