domingo, 15 de janeiro de 2012

A QUEM POSSA INTERESSAR

A altura do alambrado será reduzida.

















Entre várias obras paralisadas na cidade, de responsabilidade da prefeitura municipal, encontramos pavimentação de ruas, construção de pontes, ampliação de escolas, reforma de calçadas entre outras. Uma delas é a construção de alambrado na quadra da Pç. Romildo Pereira – Feira Mar – que foi interrompida por falta de aprovação do projeto pelo Iphan-Pr, órgão responsável pelo tombamento da cidade, que aconteceu no mês de julho próximo passado.
É bom deixar claro, que o tombamento da cidade foi realizado por solicitação da própria administração municipal, que deveria cumprir com os novos parâmetros estabelecidos na proteção paisagística e arquitetônica.
Durante os últimos trinta anos - desde quando o saudoso Aloísio Magalhães era o presidente nacional da instituição – tenho um relacionamento estreito com a entidade por ser uma área próxima a minha formação artística e acadêmica.
Quando aparecem situações e questionamentos pertinentes ao Patrimônio Histórico, sempre recorro a Coordenadoria Estadual do Patrimônio e ao Iphan-Pr, para esclarecimentos, principalmente agora que passamos por um momento de tombamento da cidade. Pedir informações aos órgãos públicos não é nenhum crime, pois eles existem para prestar serviços, proteger e fiscalizar nossas ações.
Atualmente solicitei explicações sobre a autorização do Iphan para a construção do alambrado na Praça e também sobre a construção da Garagem da Cultura, que começaram a construir em 2010 e está há mais de seis meses parada.
No caso do alambrado – quero deixar bem claro que ninguém é contra melhorias na quadra de esportes – a instituição não tinha sido consultada e notificou a prefeitura para encaminhar o projeto para análise. A obra ficou parada por alguns dias e a entidade já liberou a construção do tal alambrado, desde que tenha sua altura reduzida. Creio que por problemas de visibilidade e volumetria, valores importantes para preservar a visibilidade paisagística do setor histórico.
A atual administração precisa assumir seus erros - que são muitos – e não usar pessoas como escudo de sua inoperância. Que seja mais responsável e verdadeira.
No caso da Garagem da Culturaconstrução paralisada ao lado do Teatro Municipal - a construtora contratada abandonou a obra e cabe a prefeitura sua conclusão e até impor sanções cabíveis contra a empresa responsável. Os recursos são de convênio entre a PMA e o MINC, com supervisão do Iphan-Pr.
Infelizmente nossa cidade caminha muito lentamente e sempre escuto que por aqui nada acontece porque tem sempre alguém que interrompe o processo. Mas não é bem assim. O que ainda não aprendemos foi planejar e cumprir com todos os rituais estabelecidos pela lei. Precisamos de um executivo qualificado, para não ter que “achar purpurina no bolso alheio”. Com competência e planejamento já é difícil tocar a máquina pública. Mas sem, é impossível. Temos que reconhecer “nossa” incompetência.

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