Para ficar informado das ações da atual administração municipal, por falta de um informativo impresso, acesso quase sempre o blog oficial e eventualmente ouço o programa Informativo Municipal, transmitido pela Radio Serra do Mar, às quartas-feiras. Nessa última semana, 02 jun, estive viajando e não presenciei tal fato.
O programa quase sempre, como o nome diz, informa a nós mortais cidadãos o que de real, ou imaginário esta sendo feito ou planejado por nossos eleitos e temporários guardiões públicos. Sempre é bom ouvir os secretários e o prefeito relatando alguma coisa.
Quando retornei de viagem, recebi o CD com a gravação do último programa e com muito sacrifício tentei ouvir. Parece que os entrevistados tinham participado de uma seção espírita e receberam o santo errado. O programa virou o “Divã do Pateta”. Uma lavagem de roupa suja insuportável em ouvidos mais sensíveis.
É bom lembrar, que o espaço radiofônico é pago com o dinheiro do contribuinte e não deve servir para tanque de lavar roupa. Se nossos governantes não estão suportando comentários e críticas da comunidade, que resolvam de outra maneira, ou diretamente com os seus desafetos. Não temos nenhuma obrigação de ouvir tanto “besteirol” ao mesmo tempo.
Entre os desarranjos, esta a fala do nosso prefeito, que começou abordar – com muita sabedoria – sobre a importância do turismo...Falou sobre infraestrutura...Etc. Mas deu para transparecer, que anda meio “mordido” com o pessoal da área e parece ter perdido sua habilidade para lidar com esse tipo de coisa.
É totalmente desnecessário, para um bom administrador, ter que reafirmar sua função e seu papel de gestor. Todo cidadão sabe muito bem da autoridade exercida pelo prefeito e creio que dentro do bom senso e equilíbrio, não é preciso nos lembrar.
Acho que por aqui não tem nenhum maluco que queira ter autoridade maior que a dele.
Agora MANDAR, é um outro verbo. Que poderá ser conjugado por várias pronomes e pessoas. Nem sempre quem está à frente do poder, manda.
Em uma democracia a figura do gestor público não deve ser confundida com um “dono da privada”. Aquele que realmente usa e abusa do poder. O gestor pode e deve se auxiliar de idéias e pessoas que possam facilitar a execução dos desejos articulados na campanha. A participação dos pares é algo natural, quando a gestão é competente e verdadeiramente democrática. A insegurança gera a necessidade da auto-afirmação e desequilíbrio.
Acho totalmente desnecessária a fala do nosso prefeito, que tive o trabalho e o desfortúnio de transcrever:
“Vou ser um pouco indelicado... Mas as pessoas que querem mandar, daqui a dois anos tem eleição, então façam como eu... Façam como as pessoas que disputaram a eleição... (Fulano... Beltrano...). Que vão as ruas, tá... E que se candidatem... Ponham a sua vida sua alma na rua, a alma dos seus amigos, que aceitem as mentiras que vão falar de você, que vão falar das famílias, dos amigos. Que aguentem todas as maledicências e por final que ganhe uma eleição e ai vocês têm o poder”.
Para depois tentar consertar e deixar fluir um ar de democrático:
“Eu acho que a sociedade ela tem que cobrar, sim, sempre, eu tenho falado isso. Tem que cobrar por todos os seus meios, pela Câmara de Vereadores, pelas associações que representam, seja de bairro, seja profissional e mesmo individualmente. Eu tenho direito, não só o direito... Eu tenho o dever, que a democracia se estabelece assim, a gente ja demonstrou várias e várias vezes que nós estamos aberto a isso”.
Vamos fazer a Conferência Municipal do Turismo...”
Se ainda resta alguém preocupado com a atual administração e se propõe ajudar, que loucura...O Canduca teria mais que aproveitar, pois seu índice de desaprovação já está lá nas alturas. Mas ainda dá tempo de fazer uma boa composição política e melhorar a participação da sociedade. Prefeito sem comunidade não funciona, mas comunidade sem prefeito consegue fazer alguma coisa, mas demora um pouco. E por que não juntar as pessoas de boa vontade?
Acho que nosso prefeito Canduca está precisando é de um bom anjo da guarda. Como velho visionário, indico que ao acordar ouça primeiro, o anjo Candura (dócil, realista, pé no chão, de todos os dias). Ira lembrar que o poder deverá ser exercido, pois o povo o delegou, mas que não deve fazer sua cabeça. Já o outro, o anjo Caduco (dos puxas-sacos, dos fofoqueiros, dos maledicentes, dos poderosos, dos ignorantes). Não o ignore, mas faça se passar despercebido. Assim voltaremos a ter o Canduca que acreditamos e votamos, para começar as mudanças em nossa cidade. Se é que ainda dá tempo.
Acorda!
GESTOR PÚBLICO “GERENTE”
ResponderExcluir*Marioly Oze Mendes
Constata-se a iminente necessidade do gestor público catalisar (“navegar em vez de remar”) e coordenar os interesses e estratégias em benefício da sociedade, mais do que simplesmente “prestar serviços”. Cabe ao gestor uma “nova postura” governamental e dinâmica, com clareza de propósitos e objetivos ao estabelecer metas e valores práticos, transformando as ações em favor de uma administração pública mais ágil, eficiente e focada em resultados concretos para a sociedade.
Incumbe ao administrador inovar e direcionar suas ações na busca de otimizar os recursos necessários e suficientes para a busca da finalidade pública, reduzindo gastos, aumentando investimentos e melhorando o resultado no tempo e na qualidade obtidos.
O governante deve ter como princípio básico da gestão pública a supremacia do interesse público (finalidade) acima de todas as coisas. O governo não deve ser jamais, um “condomínio” de parentes (nepotismo), amigos e partidários.
Compete ao gestor público cumprir a legislação (suporte do Estado Democrático de Direito) para que todos os atos de governo sejam públicos e levados amplamente ao conhecimento da sociedade (ser absolutamente transparente), não fazendo propaganda do governo e nem promoção pessoal do governante. Toda verba de publicidade deve ser exclusivamente para campanhas de caráter educativo, informativo ou de orientação social (princípio da publicidade).
O administrador público deve ter uma visão holística (planejamento estratégico) e a “mente aberta” às sugestões e críticas construtivas (identificar e explorar), estimulando o amplo debate dos temas de suma importância para a sociedade, sendo humilde e honesto para reconhecer erros, nunca procurando justificá-los, mas admiti-los imediatamente, mandar corrigi-los e pedir escusas por havê-los cometidos.
Deve o governante nomear os seus assessores pelo critério da competência e probidade. Querê-los motivados e engajados na busca do atingimento comum dos objetivos e metas e no compromisso com resultados para a sociedade e dar-lhes liberdade de ação, mas sendo implacável na cobrança de resultados, na melhora significativa na qualidade dos serviços prestados ao cidadão (princípio da eficiência), com constante avaliação de desempenhos e “tolerância zero” com atos de corrupção (princípio da moralidade), sem a mínima transigência (“não roubar e não deixar roubar”).
O gestor público não pode perder a compostura jamais, pois representa uma instituição (governo pertence à sociedade), tratando bem e dando atenção a todos. Atuação segundo padrões éticos de probidade, integridade de caráter e retidão. Arrogância e grosseria (atributos dos tolos) humilham quem a recebe e diminui quem a pratica. O gestor público deve tratar a todos com parcialidade e igualdade (princípio da impessoalidade), sem conferir distinção e tratamento (privilegiado ou prejudicial) a qualquer cidadão ou grupo, além de cumprir seus compromissos com pontualidade (competência para organizar o seu tempo e respeito pelos outros).
Todos os princípios são importantes e a aplicação, caso a caso, é que acaba dando maior valor a um ou outro. Compete ao gestor público o poder-dever de proceder a análise do conjunto dos princípios no caso concreto, aplicando-os de forma conjunta e harmônica na busca constante do desenvolvimento econômico e social sustentável.
Prefeito Canduca, respeite os seus eleitores e as pessoa que o apoiaram!
Por que, se não fosse por estas pessoas o senhor não estaria prefeito, e sim mais um que tentou e se...