Bairro das Laranjeiras 1992 |
11 de março de 2011 |
Um ano depois...2012. |
Em 11 de março de 2011 acordamos assustados com o volume de chuva que abateu a cidade. Alagamentos por toda à parte e deslizamentos de morros nunca vistos aterrorizaram toda a população. No centro os Morros do Bom Brinquedo e das Laranjeiras foram os mais atingidos, fazendo uma vítima de morte. Casas desabaram e a lama tomou conta de tudo. A situação era de calamidade. Ouvíamos sons de helicópteros trazendo autoridades e ajuda. Bombeiros, Defesa Civil, Clubes de Serviços, Igrejas, autoridades constituídas e a população se juntaram numa verdadeira operação de guerra, para salvar vidas, pertences e amenizar a dor.
Um ano depois o que ficou foi mais a marca da tragédia que abalou a todos, independente do grau de perda e aprendemos que devemos sempre respeitar a natureza e suas movimentações. Os locais mais atingidos foram camuflados pelo matagal que cresceu, mas continuam com as marcas da tragédia: casas destruídas, desmoronamentos, muito lixo e olhares de desalento de alguns moradores que, apesar da situação, retornaram as suas moradias.
O Plano de Reconstrução da cidade, sugerido na Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Antonina no dia 20 de abril, que contou com a presença do prefeito, dos órgãos de defesa e da comunidade, parece que não saiu das intenções. A não ser as prometidas casas populares, que estão sendo construídas no antigo Campo do Batel, mas que não atendem as necessidades reais das vítimas.
O discurso emotivo da reconstrução com revisão de valores da própria administração e da população, não passaram de mais um dos vagos discursos do nosso alcaide. Aquele que fala e não faz!
Acredito que novamente perdemos o rumo da história e não aproveitamos o momento trágico para juntar forças na tentativa de rever nossos valores e projetar a cidade que queremos. Principalmente agora, que obtivemos o reconhecimento e a proteção do Governo Federal, e nos tornamos Patrimônio Artístico Nacional.
Parece que o “amigo” prefeito Canduca se acovarda quando se tenta discutir e fazer algo em parceria, ouvir a comunidade e atender exatamente no que ela necessita. Essa falta de sintonia nos remete a interpretações ambíguas: incompetência, covardia ou má fé.
O espírito da reconstrução perdeu-se nos desmandos dos gabinetes e na incompetência dos que decidem temporariamente por nossos desígnios.
Que a lama não tome conta da mentes ainda férteis e crédulas do nosso sofrido homem antoninense. Pois tudo continua como antes...Só que agora o mato tomou conta.
Tenho dito.
11 de março 2011.... |
Um ano depois...2012. |
Retornando a moradia: "a incerteza nos castiga!" |
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