terça-feira, 18 de novembro de 2014

Não mais estarei aqui!

Não mais estarei aqui!

Acompanho os passos da nossa cidade há mais de trinta anos, e não lembro ter constatado uma administração municipal que ao menos tivesse um Programa de Governo e colocasse em prática durante sua gestão. Prioridade é palavra sem sentindo apesar de existir no discurso, mas na prática apenas conseguem fazer o mínimo nas áreas essenciais, tais como: saúde, educação básica e limpeza pública, mas tudo muito insuficiente.

Em algumas gestões, os Conselhos Comunitários se fizeram presentes, mas como eram poucos representativos e em sua maioria de caráter Consultivo, não tiveram papéis relevantes. Apenas referendavam o pouco que acontecia, quando acontecia.
Em 2005, a gestão municipal, por necessidade constitucional, contratou uma empresa para formatar o Plano Diretor da cidade, aprovado pela Câmara em 2007, que sinaliza as ações administrativas e as políticas públicas que deveriam ser aplicadas em forma de programas, projetos e ações nas áreas priorizadas. Mas o próprio gestor que elaborou o Plano Diretor, foi o primeiro a descumprir o estabelecido, e dela pra cá, parece que ninguém tem conhecimento da sua existência. E a Câmara de Vereadores finge que ele não existe.

A cada ano que passa e a cada nova gestão, a comunidade tenta renovar suas esperanças, outorgando a um novo personagem o direito de promover nosso bem estar e alavancar os desígnios da cidade, com clareza, competência, honestidade, transparência e principalmente com a sua participação, ou seja, das pessoas da cidade.
Mas em pouco tempo, tudo volta ao normal e começamos a perceber que tivemos a capacidade de mudar somente os comandados e seu comandante, mas continuamos como dantes, ou até mesmo pior, com governantes desmoralizados e insuficientes, que priorizam o seu bem estar familiar e dos apadrinhados. Viram prepotentes, arrogantes e cultuadores da ostensão. Esquecemos também de mudar!

Mas a cidade continua, com ou sem prefeito, “Compromissada”... “Viva” e de “Verdade”. Precisamos de bons serviços públicos de saúde, educação, água potável, tratamento do lixo, despoluição da nossa baía e principalmente de geração de renda e emprego. Um Plano de Cidade. Investir em inteligência e parar de contratar comissionados, funcionários turistas e ter um quadro de servidores públicos capacitados, com gerenciamento profissional comprometido com a cidade e seus moradores.
Necessitamos resgatar com urgência, o direito de dizer aos nossos filhos que Antonina é viável e dá para aqui viver com dignidade e qualidade de vida. Mas hoje quem poderá afirmar isso?

Politicamente somos um fracasso. Nas eleições somos tratados como curral e nossos votos são negociados pelas “lideranças” e a maioria obedece.
Não elegemos ninguém da região, muito menos da cidade, aqui virou terra de todos e de ninguém. Vamos continuar a mendigar recursos por muito tempo!

Nas ruas da cidade, o pequeno comércio tenta sobreviver da minguada economia, oriunda em sua maioria de pensões dos aposentados e da renda dos poucos portuários e funcionários públicos. É raro se deparar com um novo investimento, seja lá qual for, uma pequena fábrica, um restaurante ou até um novo hotel para melhorar nosso diminuto movimento turístico.
Contata-se que a padaria ali da “quinze” acabou de fechar, o açougue também, a churrascaria parece que também fechou, a loja de cosméticos vai fechar. O “café” fechou ano passado!

Mas tudo isso um dia vai mudar. Quando o povo acordar e a turma descer a serra, para esta maravilha desfrutar. Não mais estarei aqui!




4 comentários:

  1. Nem eu!!! Quem puder que arrume tudo isso!!!

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  2. O último dos Moicanos, é curtir a vida meu nobre e deixe que a natureza se encarregue de fazer o resto. Abs. Reginaldo

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  3. Como "Não mais estarei aqui"?
    Capelista é brasileiro, não desiste nunca.
    Antonina precisa de pessoas como você.

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    1. Onde se lê "não mais estarei aqui", leia-se "já terei morrido".

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