Cristovão Tezza fala sobre a comunidade do escritor Rio Apa,
que morreu aos 91 anos
Postado
em 12/09/2016
às 10:30 am
José Wille – O que era esse projeto? Como se formou essa comunidade?
Cristóvão Tezza – O Rio Apa tinha um projeto de Teatro Popular, teatro
revolucionário, de sair do palco e ir para a rua – bem na ideia dos anos 60, a
ideia de cultura contestatória daquele tempo – a ideia de arte, da atividade
artística, não como a composição de objetos, mas como atitude diante da vida.
Não basta simplesmente você fazer uma peça, você tem que levar sua vida de modo
que ela mesma seja uma obra de arte. Você tem que ser coerente: se você é
contra o sistema, você tem que viver fora do sistema etc. Esse era um discurso
bem dos anos 60. Ele fundou uma comunidade, um centro lá em Antonina, onde
procurava integrar pessoas marginais, fora do sistema. Todo o dia apareciam hippies, mochileiros, todo mundo querendo participar, e eu era uma
espécie de assistente do Rio Apa, trabalhava junto com ele.
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completa: http://www.jws.com.br/2016/09/cristovao-tezza-e-a-comunidade-de-rio-appa-dos-anos-70/
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