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Morar em uma cidade
pequena, como em outro lugar tem seus pontos fortes e fracos.
Mas expor opinião e ainda publicá-las, não é nada fácil.
Todo mundo sabe! Na política então, é pra criar inimigos em todas as gestões.
Infelizmente, a maioria dos ocupantes de cargos públicos
não admitem críticas, e levam sempre pro lado pessoal, chegando muitas vezes a
agressões físicas e processuais.
Escrevo sobre
as “coisas” da cidade há mais de quarenta anos. Em jornais, folhetos,
filipetas...e há décadas via on-line...e redes sociais.
Nunca tive medo em mostrar a cara e registrar minha opinião
sobre os políticos de plantão, sempre reivindicando um plano de gestão
competente, participativa e transparente.
Sei que
construí uma imagem de “cara chato”,
fiscalizador...mas coerente, dedicado e qualificado nas minhas tarefas. Confesso
sofrer certo grau de paixão (doentia) pela cidade...que mais me atinge que me
conforta. Fiquei fora de Antonina por mais de trinta anos, sem
nunca ter ido embora. Sempre me fiz presente, com meus textos, minhas fotografias,
projetos e opiniões. Em 2005, aposentado, voltei aqui residir...E as
dificuldades se fizeram mais próximas e presenciais.
O descaso no
tratamento da cidade, a falta de um projeto sustentável ou ao menos de gestão,
me torna uma pessoa – como boa parte da
população – sem perspectiva... Triste.
Triste ainda mais, quando diariamente, em cada esquina surge
a possibilidade de encontrar alguém, que no passado ocupou um cargo público:
ex-prefeito, assessores e familiares... Que continuam me tratando como inimigo
–o qual nunca fui. E são muitos...Vamos imaginar...cinco últimas gestões (20
anos) ...Quanta gente magoada e mal resolvida. Pois não aceitar o contraditório
quando se é ocupante de cargo público, é ter uma visão diminuta e autoritária.
É na diversidade das ideias que se constrói o
razoável...Possível.
Dia desses,
num certo evento na cidade, tentei cumprimentar um ex-prefeito, que me acenou
um olhar e educadamente cumprimentei-o, e pra surpresa de todos (até da família)
fui literalmente ofendido com palavra de baixo calão. Fiquei muito triste, mais
com o estado psicológico dele... Do que com o meu. Tadinho... Precisa de um
psicanalista urgente.
Atualmente
tenho publicado poucas matérias sobre a cidade e sobre a atual gestão, pois fui
eleitor e assessor do prefeito José Paulo Vieira Azim, durante o ano de 2017,
na pasta do Turismo e da Cultura. E em determinado momento, fui surpreendido
com uma demissão em massa “todos os comissionados”
para apenas resolver problemas contábeis de uma gestão até então má gerenciada.
Perderam-se nos números e pagaram com cabeças. Fui o único que decidiu não
retornar.
De lá pra cá,
acompanho, como sempre, os desígnios da gestão, mas sem muito deixar meus
pitacos. Pois, com certeza, em determinado momento da crítica, os saudosos olhares
e abraços ofegantes, serão substituídos por comportamentos não tão verdadeiros
e cordiais. E é assim mesmo.
Dois anos e meio de gestão do Zé Paulo, muitas coisas
estão sendo realizadas, mas continuamos sem projeto de gestão, as perspectivas
são muito festivas, onde a palavra planejamento não tem guarida. E vem o trem....E
vem o Iphan...E vem a água...E o asfalto...A iluminação...E os processos...E
vem as eleições de novo...em 2020.
E vamos continuar falando das coisas da
cidade. Cobrando transparência e seriedade no tratamento dos minguados recursos,
no desenvolvimento de políticas públicas de verdade, sem assistencialismo e
clientelismo, gerando emprego e renda para todos.
É preciso muito
trabalho de verdade, e não só da mídia. Fruto de ações planejadas, com critério
técnico-qualitativo e custo justo. Não vou fazer oposição a ninguém...Vou apenas
continuar me posicionando...só. Quando e como quiser. E tenho dito.
E quem não
gostar...que mude de canal. Plim...Plim!