segunda-feira, 24 de junho de 2024

AGUARDEM: DIA 30 DE JUNHO, TERA INÍCIO O 1º FESTIVAL DE INVERNO DA UFPR, EM ANTONINA.

 

AGUARDEM: DIA 30 DE JUNHO, TERA INÍCIO O 1º FESTIVAL DE INVERNO DA UFPR, EM ANTONINA.

Esse foi o anúncio publicado em vários jornais e emissoras de televisão de Curitiba. No início do mês de junho de 1991.

O Festival (com letra maiúscula mesmo), evento e projeto, inspirado nos encontros mineiros, veio para suprir demandas de produção e reflexão das artes junto as comunidades, então envolvidas, a cidade sede e a universidade.

Inicialmente concebido e formatado dentro de uma realidade política das crescentes dificuldades da instituição e da própria cidade. Abriram-se os muros da instituição e projetou a cidade, como polo histórico e cultural. Foi tudo muito planejado, diminuto e qualificado.

“Acabamos fazendo um festival pequeno, despretensioso, que sirva d embrião para o próximo, daí com mais estrutura e mais tempo para planejar.”  Fala da professora Marcia Simões – Coordenadora de Cultura e do Festival, em entrevista para o jornal Correio de Notícias, 1991.

O festival aconteceu de 30 de junho a 07 de julho de 1991. Ofertou aproximadamente, 22 oficinas, 05 minicursos, 07 palestras, 04 oficinas ao público infantil e 13 espetáculos. A abertura ocorreu as 10h – domingo, 30, com a apresentação da Filarmônica Antoninense e com o Coral da UFPR. Assim nasceu o Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná, em Antonina.

Solenidade de abertura do 1 Festival de Inverno da UFPR - 30 junho 1991.
Na foto: Prefeito Leopoldino de Abreu, Reitor Prof. Dr. Carlos Alberto Faraco e 
Prof. Dra. Marcia Kresten - Pro-Reitora de Extensão e Cultura 
foto: Eduardo Nascimento

O evento teve longa vida, cresceu, passou por avaliações, mudanças e a parceria permaneceu durante 32 anos, até 2022. Consegui furar a barreira da pandemia, com eventos on-line, mas seguiu a continuidade da missão inicial de mesclar os fazeres artísticos da universidade e da cidade.

Ano passado, até foram abertas as inscrições para ofertas de oficinas e espetáculos – instrumentos criados como forma de participação dos artistas, professores e produtores culturais. Mas, a instituição, creio, no meu entender, falhou ao não o realizar em época e período historicamente concebido, no inverno. Com isso, o tradicional projeto de extensão da UFPR, morre, antes de completar seus 33 anos.

 

Apresentação de Orquestra Juvenil da UFPR 1 jul 1991

Até o momento, a comunidade apenas lastima, mas, não obteve justificativas dos responsáveis pela universidade e pela cidade. Com isso, morre o Festival de Inverno da UFPR. Em 2023.

Eduardo Nascimento / Prof. Adjunto do Dep. de Design na UFPR, aposentado. Um dos idealizadores e coordenador do evento. Morador da cidade.

Ler: Como nasceu o Festival de Inverno da UFPR no livro "Antonina frag-men-tos", Nasximento, Eduardo, Ed. Insight, 2020.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

segunda-feira, 17 de junho de 2024

OS 110 ANOS DO PAÇO MUNICIPAL

 

Os 110 anos do Paço Municipal – 1914/2024

Informação nunca é demais, principalmente para nossa comunidade que tem muita história, mas pouca historicidade.

Na minha caminhada matinal, sempre desperta atenção o estado de abandono do prédio da nossa prefeitura, aqui denominei de Paço Municipal.

Notei na desgastada sacada o seguinte letreiro: GOVERNO MUNICIPAL 1914. Isso me causou questionamentos, primeiro que poderíamos estar comemorando esta tão importante data, desde que a cultura fosse algo latente em nossos dias e dos governantes, mas, como deverá passar batido, fui aos meus diminutos alfarrábios, buscar informações sobre a data.

Constatei que, em 1914, (não encontrei referencias sobre dia e mes) a emblemática residência foi comprada do eminente Comendador Antônio Alves de Araújo, pelo então Prefeito Municipal, Antônio Ribeiro de Macedo – 1912/1916 (o mesmo empresário do Armazém Macedo), que após reformado e adaptado passou a sediar Câmara e Prefeitura Municipal. A construção do imóvel data da metade do século XIX construído pelo Coronel Líbero.

A residência, uma das mais imponentes da cidade, hospedou o Imperador D.Pedro II em sua segunda visita a Antonina, a 05 e 06 de junho de 1880.

 Hoje, encontra-se em situação de abandono, a espera de recursos do PAC das Cidades Históricas do Governo Federal/IPHAN, pois é parte de um rol de bens selecionados, que deveriam ser restaurados (Armazém Macedo, Igreja Bom Jesus do Saivá, Estação Ferroviária – já executados). O projeto de restauração do imóvel foi licitado, concluído e pago pelo Iphan-PR em 2016, e já deveria ter sido recuperado, quer com recursos do Governo Federal ou próprios do município.

O Paço Municipal, consta com uma placa de mármore afixada em sua fachada, comemorativa aos 44 anos da visita do imperador a nossa cidade. Fique atento a data, pois está escrito em algarismos romanos, e consta grave erro. O conhecido prédio da prfeitura - como é chamado, é marco importante da nossa história e precisa com urgencia de atenção e recuperação.

Salve!

Fonte: Nascimento, Eduardo. “Antonina Frag-men-tos” Ed Insight, 2020.  Diário de Antonio Ribeiro de Macedo – 1925.

Da série legado.