segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ecos do Festival

Quem acompanha o Festival de Inverno há muito tempo, notou visivelmente o enxugamento do evento em sua última edição. O Festival obedece ao formato da terceira edição (1993) e já alcançou todos os estágios possíveis que um evento público poderia percorrer. Tivemos o prazer em ver o primeiro, outras grandes edições – quando digo grande não me refiro ao número de ofertas - e o enfraquecimento do evento em suas últimas edições.

Até as últimas semanas do mês de junho, o 19o Festival ainda não tinha emplacado. Os organizadores não tinham captado recursos para a sua realização. Mas, no último momento, após vários contatos políticos, foi conseguido patrocínio para colocar o evento na rua. Os organizadores enxugaram o máximo a proposta e com muitos esforços realizaram mais uma versão, de um projeto que, posso considerar o mais importante projeto de extensão da UFPR e o melhor evento da nossa cidade.

Agora, após o susto, é hora de se fazer uma avaliação dos erros e acertos, cometidos durante os dezenove anos de sua existência e começar a planejar a sua vigésima edição. A carência de recursos financeiros por parte da Universidade é somente um dos vários problemas em que o Festival vem acumulando em toda a sua história. O próprio afastamento das comunidades envolvidas – universidade/cidade - é um dos ingredientes que deverá ser muito bem pensado e avaliado por todos.

Conversei em particular com várias pessoas envolvidas no Festival, principalmente com a Pró-Reitora de Extensão e Cultura, com o Coordenador de Cultura e com os técnicos que acompanham o evento por vários anos, e ficou muito clara a preocupação deles com o evento. Tomei a liberdade de sugerir a realização de reuniões comunitárias, para que o Festival pudesse ser “Reinventado”. Tese que venho defendendo há mais de oito anos.
Precisamos rever os conceitos, visualizar não somente as formas, mas os conteúdos do evento e encontrar a melhor maneira – e não a maior – para que possamos desde já garantir o sucesso da 20a edição.

É indiscutível o valor do festival para a nossa cidade, mas terá que também voltar a ser importante para a universidade. Não somente em nível de vitrine e divulgação da instituição, mas na relação do aprendizado para os seus alunos e para toda a comunidade paranaense. Vamos ter que voltar a olhar para os nossos umbigos, reorganizar a casa e finalmente “institucionalizar” o evento.

Para os antoninenses pessimistas, que adoram ver as coisas acabando e sempre pensam que este foi o último festival, posso mais uma vez afirmar - como sempre fiz a partir do segundo - que o 20o Festival de Inverno da UFPR já está sendo pensado e será novamente realizado em nossa cidade. Bem onde ele nasceu. Boa nota.

Um comentário:

  1. A Universidade mereçe todo respeito e carinho. Organizar e manter um evento por quase 2 decadas não é nada fácil. Talvez os pessimistas não compreedam a importãncia do festival para a cidade no ambito cultural e economico.
    Sei o quanto ama Antonina e sonha com um futuro melhor para a cidade e seus moradores.
    Um grande abraço.

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