Fala e vive a crise econômica, por aqui, neste pequeno cantinho do planeta, parece que nada acontece. Crise por aqui a gente tira de letra. Sintoma muito bem representado pela maioria da população, que camaleonicamente adapta-se muito bem a qualquer situação de crise. Por aqui – já há mais de trinta anos – tudo vai fechando e nós continuamos achando que.. “Está tudo bem, obrigado”. “Ora, a terra abençoada por Nossa Senhora do Pilar, não sofre as intempéries do mundo” aclama um devoto inconteste. Ora, realmente temos mais que apelar para os santos, santas, senhoras e senhores, pois parece que o racional, há muito tempo deixou de pairar pelos ares da velha e judiada Guarapirocaba.
Realmente, nem o último golpe nos apunhalado – sem a mínima compaixão – por parte do Governo do Estado, em março de 2008 com a cassação da licença para a movimentação de cargas gerais, pelo nosso terminal portuário, não fez com que o nosso já judiado povo reagisse.
Agora, com a crise econômica mundial, que já começa dar um ar de recuperação, ei-nos...
Alegres e felizes, continuando como se nada tivéssemos com isso.
Mas que a crise chegou por aqui...Chegou. O país arrecada menos, por que produz menos, porque se compra menos, porque o dinheiro do salário dá para viver menos.
Para um município que vive dos salários dos aposentados e do maior empregador que é a prefeitura (700 empregos) vai ter que mudar. Hoje, a arrecadação dos municípios brasileiros caiu em média 20%. Ou seja, Antonina também arrecada menos e continua com as mesmas despesas para custear.
Segundo o próprio prefeito (in off) o buraco é de R$200.000,00 (duzentos mil reais mês) que no ano chega a R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
Para a crise não tem muita saída, ou enxuga a máquina administrativa ou “vai prá pedra”, como dizem os mais animados capelistas.
Nem é preciso fazer uma reforma administrativa para conter os gastos. No final da gestão passada foi aprovada uma pequena reforma e da muito bem para acomodar os pares e administrar a cidade. O que não pode continuar acontecendo, são cargos comissionados ocupados aleatoriamente e com desvio de função. Faz-se necessário, e com urgência, acertar os ponteiros e colocar pessoas competentes em seus cargos de competência. Convocar a sociedade, principalmente a organizada, e tocar o barco. Senão a gente vai continuar vivendo em crise sem ao menos notar a diferença.
Aquele que tudo adia não deixará nada concluído nem perfeito. Demócrito
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