Um dos critérios de avaliação que a maioria dos festivos antoninenses se utiliza, para dizer se a Festa de Agosto foi boa ou não, é a quantidade de barracas instaladas pela cidade. Se estiver cheia de barracas – para eles – a festa foi boa.
Queiramos ou não, esse ainda é um dos instrumentos utilizados para que o consciente coletivo julgue a performance da festa.
Temos que reconhecer que o argumento tem um certo sentido. A montagem de barracas altera o cotidiano e dá um certo ar de movimento e mudança de comportamento. Ingredientes necessários para se criar um clima festivo.
Claro que tem que ter barracas se o objetivo da festa for também comercial, pois é através deste tipo de equipamento, que podemos vender e comprar as coisas dos nossos desejos.
De uma simples maçã do amor, até um automóvel.
Na maioria das cidades que conheço, quando a população faz suas festas, o lado comercial também é feito pela própria comunidade. Ela comemora, festeja e comercializa seus produtos. Ou seja, a movimentação de dinheiro permanece na cidade. A cidade ganha com sua festa...Todos ganham.
As barracas são exploradas pelas pessoas da comunidade, onde além de terem um novo espaço para mostrar seus produtos, também poderá comercializa-los. Estranho não entra.
Em épocas anteriores já houve tentativa - não tão bem sucedida - de se liberar espaços em barracas para comerciantes locais. Mas comprovadamente, parece que não temos o perfil de barraqueiro. E poucos aceitaram o desafio da mudança.
Acho que se faz necessário, tentar novamente incutir na comunidade a necessidade de utilizar nossas festas, como meio de geração de renda. Não é possível, em um município pobre, continuarmos perdendo dinheiro pelo ralo. Quando podemos muito bem transformar nossos eventos em acontecimentos lucrativos para o município.
Precisamos planejar junto com a comunidade e principalmente com os segmentos organizados e transformar nossas festas em eventos altamente lucrativos para todos.
Repensar nossos eventos é ter um novo e criativo olhar sobre a cidade. Fazer disso uma festa. Com muita alegria e lucro.
Ou simplesmente, vamos continuar achando que é o número de barracas – dos outros - que qualifica nossas festas.
Concordo com o que você colocou sobre a falta de visão da comunidade antoninense em não oportunizar essas viabilidades.
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