Após três meses...

Vista através de uma janela de residência que está sendo demolida pelo proprietário no Bairro das Laranjeiras.

Da tragédia de 11 de março, a cidade ainda sente as conseguencias. As ruas mais atingidas no centro da cidade, como a Leovegildo de Freitas ainda não foi totalmente desobstruída e as marcas da destruição estão bem presentes. No Bairro das Laranjeiras, várias casas foram demolidas pelos proprietários que até o momento somente escutaram falar que não poderão mais voltar para o bairro. A Mineropar, órgão do governo estadual, deu parecer técnico para desocupação do local, onde poderá ser criado um Parque Ambiental (poderá?) de Proteção Permanente. Mas o que ainda perturba os moradores são as indecisões por parte da prefeitura que somente sinaliza na possibilidade de construir novas casas com os recursos recebidos do Governo Federal (R$9milhões). Mas nada está firmado definitivamente com a comunidade atingida. Não se sabe ainda onde serão construídas tais moradias e quais os critérios que serão adotados para a doação ou financiamento da nova residência. Tudo ainda não passa de ensaios.

Em Audiência Pública realizada pela Câmara dos Vereadores, o prefeito Canduca sinalizou para uma participação maior da comunidade na reconstrução da cidade. Mas até o momento tudo ficou no discurso e o alcaide parece querer resolver sozinho tão grande empreitada. Caso não tenha competência para tal façanha, corre o risco de nadar... Nadar e morrer na praia. Quem mais sofre são as oitentas famílias que se encontram alojadas a espera de uma solução em curto prazo, e a cidade como um todo.

As vias de acesso Antonina-Morretes e Antonina-Cacatu, continuam com parte das pistas a espera das obras de recuperação, tão prometidas pelo Governo do Estado, via DER. Até agora somente as placas foram colocadas. E as obras?

Quando vamos ter acesso as ações que realmente serão realizadas em nossa cidade? Pois não será por falta de recursos que deixarão de ser concluídas. O nosso maior problema sempre foi má gestão. Fique de olho.
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