Publicado em 20/08/2009 e no livro "Tenho Dito" 2012
DEPOIS
QUE PASSARAM AS PRINCIPAIS FESTAS ANUAIS DA CIDADE...
Ao menos para o
turismo. É o momento de se abrir um canal de diálogo entre a sociedade, a
administração pública e os promotores dos tais eventos.
Ainda carecemos de um
canal participativo oficial – Conselho da Cidade, Conselho de Cultura... ou de
Turismo –, instrumentos legais e ligados diretamente aos eventos, como meios de
manifestação cultural e turístico. Faz-se necessário um espaço para que se
possa avaliar o que foi feito este ano, aparar as arestas e partir para um
projeto mais aperfeiçoado e profissional.
A maior parte das
nossas festas, principalmente as mais importantes, são públicas e ocupam espaço
urbano não projetado para o seu desenvolvimento.
Sendo a construção de
um Centro de Eventos algo para se pensar – falo há mais de 20 anos – em médio
prazo, se faz necessário definir, ao menos, um novo espaço urbano que possa
agregar esse tipo de manifestação, com a mínima infraestrutura necessária. Caso
isso venha a acontecer, muitos serão os benefícios, principalmente quanto à
preservação ambiental, do nosso calçamento e dos prédios históricos e,
principalmente, respeito aos moradores e comerciantes legalmente aqui
estabelecidos.
Já se faz o tempo de
reconhecer que vivemos em uma cidade especial, rica historicamente e de uma
natureza exuberante e protegida por lei. Nossos monumentos históricos, como as
Igrejas, o Theatro Municipal, a Estação Ferroviária, o prédio da Prefeitura e até a nossa centenária Escola “Dr. Brasílio Machado”, merecem ser protegidos
e ficar imunes às intempéries das barracas e de outros utensílios
barbarizantes.
A sociedade deve ser
ouvida. A administração municipal deve assumir suas responsabilidades frente à
cidade e ao evento e impor normas e limites para o uso dos espaços públicos e
principalmente para a exploração comercial.
Se alguma instituição
achar por bem tornar sua manifestação algo público e precisar utilizar os
espaços abertos e urbanos, independente de quem seja: Associação de Bairro,
Entidades Religiosas, Acadêmicas, Clubes de Serviço e até mesmo a prefeitura,
deverá obedecer determinados critérios e limites, garantindo a liberdade de
expressão e o direito de cada cidadão.
Precisamos iniciar um
processo para a melhoria da nossa qualidade de vida. E se as nossas festas são
meios de geração de renda, não deveriam continuar sendo feitas sem nenhum
critério. Precisamos discutir para melhorar. Todos ganham, desde que não
continuem olhando para os seus umbigos.
P.S. Meu convite como
ex-sócio e fundador da Aestur – Associação dos Empreendedores de Serviços
Turísticos de Antonina – para a entidade dar início ao processo.
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