Se fizermos uma análise comportamental dos nossos governos municipais, vamos chegar a triste conclusão que ainda não passou pelas pobres cabeças dos nossos eleitos, que vivemos em uma democracia e que o melhor caminho para uma gestão saudável e progressista é a participação comunitária.
Os candidatos usam do sistema para mentir e ludibriar as pessoas, principalmente as menos esclarecidas, que já se acostumaram a trocar seus votos por benesses passageiras.
Ninguém até o momento – ao menos a partir da democratização do país – depois de eleito, convocou a sociedade através de suas representações, ou não, para partilhar a difícil tarefa de governar. Acham-se e acreditam que foram eleitos para fazerem o que bem entendem e tornar a prefeitura em um laboratório de experiências más sucedidas.
A maioria usa e abusa do tal assistencialismo, criando uma crescente clientela que poderá lhes garantir a tão sonhada continuidade. Muitos conseguem.
Outros se preocupam apenas em conseguir recursos para fazer obras, muitas vezes desnecessárias, e que jamais encabeçariam uma pequena lista de prioridades, caso realmente houvesse planejamento. Mas servem para vitrine e muitas vezes colaboram com o tão famigerado caixa dois.
Também é costumeiro - após passar metade do seu mandatos e a comunidade ter a consciência que mais uma vez foi enganada - nossos gestores dar início a uma nova estratégia de engodo e criar um discurso que não pega mais: “Agora sim, vamos realizar as obras que a cidade precisa”.
Governar uma pequena e pobre cidade em um sistema político e econômico centralizado, deve ser muito difícil. Os prefeitos naturalmente terão que sair com o “chapéu na mão” até o planalto, para buscar recursos. Mas tentar administrar sem a participação da comunidade, representada através dos Conselhos Municipais é um engodo. Não creio que alguma gestão tenha êxito. Falei gestão e não gestores.
Nossos gestores continuam achando que foram eleitos para mandar na cidade e na vontade das pessoas. Deveriam é mudar o verbo para administrar. Eles foram eleitos para administrar a cidade. A comunidade lhes outorgou este direito nas urnas.
Não precisamos de alguém que nos mande, mas queremos ter alguém que nos escute, atenda nossas reivindicações e participe das realizações dos nossos sonhos. Creio que esta seja a democracia que queremos.
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