quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Oposição é preciso... Governar não é preciso.

Já estamos acostumados e até parece que perdemos a noção de divergência e não mais notamos nenhuma ação ou movimento contrário a nada neste país. Uma pequena mexida na previdência dos franceses fez com que a população saísse a rua para protestar. Aqui, no Brasil é claro, os deputados no calar da noite lhes concedem 67% de aumento e ninguém se manifestou. Aliás, a classe política esta se mexendo para dar um aumento maior que o governo deseja, ao mínimo. Não para melhorar o salário do trabalhador, mas como mercadoria de barganha na divisão do poder, que ainda não foi totalmente mapeado. Bem, não deixa de também ser um movimento da oposição, aliás, da base.
Nossos parlamentares, de Brasília, de Curitiba ou da nossa pequena e diminuta cidade, há muito tempo já são chamados pela população de “Pra-lamentares”, pois no jogo do poder, continuam trocando benesses com o executivo. Em troca de apoio, negociam cargos para familiares e amigos e vão fingindo que cumprem seus papéis.
O verdadeiro espírito do legislador, fazedor de leis e fiscal das ações do executivo não passa de mero discurso de palanque, morre na praia das conveniências. Ninguém quer ficar mal com o poder.
Não vamos também achar que não mais existem políticos sérios, mas a grande maioria nos prova contrário.
Já cancionei algo parecido que me dizia: “minha cidade é o meu país”. E realmente é mesmo. A gente vive na cidade. O estado e o país não passam de figuras abstratas, politicamente organizadas e centralizadoras nas decisões.
Viver democraticamente em qualquer lugar, sem nenhuma dúvida deve ser o melhor regime possível. Mas, viver sem debates de idéias, sem a participação da comunidade, é como se sentir sufocado, sabendo que tudo aquilo que se encontra em seu entorno é puro ar.
Carecemos de oposição. De políticos que defendam uma idéia e convençam parcela da comunidade que é possível viver melhor, neste pequeno cantinho do mundo. É preciso cobrar dos nossos governantes mais seriedade no trato da coisa pública. Um plano de ação, ou simplesmente respeito. Se expuser idéias for reconhecido como oposição, que sejamos opositores. Porque é somente a oposição que oxigena a democracia. Pobre país chamado Antonina.

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